30/12/2004

Boas entradas, Amiguinhos!!

Só devo voltar cá no próximo ano. Por isso, meus Amigos, desejo-vos uma boa passagem de ano, com muita festa e música bem alta para abanar a carola. E tenham cuidado com os desejos que pedem nas doze badaladas. É que, nunca se sabe, o desejo que pedirem pode realizar-se...

29/12/2004

Ando tristinha.

Devia estar contente. Apesar da primeira metade do ano ter sido o pior que eu me lembro (com a ida para o Porto, com o afastamento de uma pessoa muito especial, com a minha saída do Teatro), os últimos cinco meses deste ano correram-me muito bem. Encontrei uma pessoa que me completa, que me acompanha e de quem eu gosto muito. Comecei a trabalhar num sítio que (espero eu) me vai dar muita estabilidade e boas perspectivas de carreira...
Enfim, tenho tudo para acabar o ano em beleza e esperar que o próximo entre com muita força e com muito optimismo. Tenho tudo para me sentir bem e feliz...

... mas estou triste.
Sinto-me sozinha. Nunca pensei que fosse reagir tão mal a esta distância. E não queria acabar o ano com esta disposição. Sou daquelas pessoas que pensa que, para o ano que entra correr bem, temos que sair bem do ano anterior. Mas, entretanto, estou sem vontade de fazer nada.
Jurei que não ia sentir esta solidão nunca mais... Mas sinto-me tão sozinha hoje.
E tão tristinha...

28/12/2004

És o meu amigo mais antigo

(tirando os primos emprestados, claro). Aliás, considero-te mesmo um primo emprestado (e tu sabes bem a minha relação com os primos emprestados).
E hoje fazes anos.
Queria prestar-te aqui a homenagem que tu mereces, mas os comentários que deixam no teu
blog são tão expressivos, que eu não tenho coragem de dizer mais nada. Penso mesmo que, se disser alguma coisa, não vou ser nada original, e vou acabar por repetir as palavras dos teus leitores.
A única coisas que consigo dizer, meu
Amigo, é
MUITOS PARABÉNS.
E que este dia seja o teu dia. E que este ano que agora entra seja o teu ano.

Gosto muito de ti, sabias?

26/12/2004

Comi tanto!

Este Natal fiz duas coisas, apenas: comi e dormi.
Abri todos os presentes com uma dor de estômago daquelas! Deve ter sido das quatro fatias de Molotov que comi à sobremesa. Ou talvez não.
So sei que me sinto balofa. Muito BALOFA.

22/12/2004

A correr...

Os três dias de formação foram cansativos mas até correram bem. Amanhã, é a valer, já na frente de combate. Medo medo.

Entretanto, como não sei a minha disponibilidade nos próximos dias, quero desejar a toda a Blogosfera um óptimo Natal, com muitas prendinhas no sapatinho e mais aquelas coisas que toda a gente sabe. E, para quem mandou mails de Boas Festas, um muito obrigada do fundo do meu coração.

:)

19/12/2004

Muitos nervos.

É amanhã.
É já amanhã que começo um trabalho de muita responsabilidade, e que me pode trazer grandes e boas contrapartidas. Estou muito ansiosa e não me apetece escrever.
Ponto final.

15/12/2004

Tenho teste de Espanhol na quinta-feira, ainda não estudei nada e estou aqui na palheta.
Ele há coisas...

Já está.

Já me refiz da manhã das compras e da tarde sísmica. Já posso contar, assim por alto, o que comprei (não que isto interesse muito, mas também não tenho mais nada para escrever e hoje apetece-me encher chouriços):

- 1 fato de saia e blaser;
- 2 blasers;
- 1 botas de cano alto castanhas;
- 1 sapatos encarnados;
- 1 sapatos castanhos;
- 1 calças;
- 1 cinto;
- 1 camisa branca;
- 3 camisolas de malha fininha, de gola alta;
- uma mala.

Acho que, para os três dias de formação, chega.

P. S. - Não me culpem dos erros que pode ter esta posta. Se eu nunca vesti um blaser, muito menos saberei escrever a palavra. Ok?

13/12/2004

Eu senti

o tremor de terra.

Porque é que,

depois de ter gasto pra lá de um dinheirão em roupa, continuo com esta depressão inverno-pré-natalícia?

Amanhã,

logo de manhã, vou às compras. Não, de Natal, não. Essas já estão todas feitas. Vou comprar roupa. É que, no meu novo emprego, não vou poder andar vestida assim, à "puto das fisgas*", como ando todos os dias. Vou ter que andar vestida como uma verdadeira mulher de 27 anos (que, na verdade é o que sou, apesar de não querer acreditar nessa triste realidade).
Portanto, lista de compras para amanhã:

- 3/4 calças (daquelas com vinco);
- 5 blazers (é assim que se escreve?);
- 2 saias (saias!! AHAHA! Eu de saias!);
- 1 par de botas de matar barata no canto da sala;
- 5 camisas (eu?!?! Eu a usar camisas?!?!);
- 1 casaco 3/4;
- 1 mala pipi (adeus, mochila... Adeus).
(Já tenho os sapatos, que comprei para as entrevistas.)

E mais o que a minha Mãe achar bem, porque ela, pela experiência, sabe mais destas coisas que eu (e, no fim das contas, é quem vai patrocinar tudo).
A partir do final deste mês, e como diz a minha Amiga S., não vou ter tempo para gastar as calças de ganga. (E os meus 12 pares de ténis?? Quando é que eu vou calçar os meus ténis?!?!)
Até lá, vou treinar muito a vestir a minha roupa nova, não vá eu cair dos meus saltos altos ou tropeçar no meu casaco comprido ou escorregar com a saia travada logo no primeiro dia de trabalho. Vou treinar muito para ser uma verdadeira Lili.

Ai vou, vou!

* - que saudades que eu tenho desta expressão e da pessoa que a usava

07/12/2004

Boas e más notícias.

Já me resignei. Fiz tudo para que o meu computador-zinho voltasse a ser o que era. Só não o levei à PC Clinic (obrigada pela dica, Patrícia), porque não valia a pena. Uns amigos especialistas tantaram de tudo, mas não havia já nada a fazer. Ainda recuperei algumas coisas: fotos que tinha em CD, documentos (muito poucos), enfim... O pior já passou.
E estas eram as más notícias. As boas, são mesmo muito boas.
Em primeiro lugar, já comprei as prendas todas de Natal, e quase sem sair de casa. Isto de ter bons conhecimentos, é sempre uma vantagem. Só faltam duas, as mais difíceis. Mas isso também se resolve facilmente. O melhor de tudo é que gastei muito menos do que eu pensava.
Em segundo lugar, e muito mais importante que tudo o que contei atrás (e eu sei que isto vai deixar muitas pessoas que gostam de mim muito felizes), vou mudar de trabalho. E mais não conto, porque só começo no final do mês e não sou pessoa pôr o carro à frente dos bois. Só espero uma coisa: que daqui a comprar a minha casa seja só um pulinho.

E, por último, espero que estas boas notícias me dêem mais ânimo para escrever. É que, ultimamente, não tenho tido muita motivação para andar por aqui, a "encher chouriços", apesar de andar muito atenta ao que os meus blog-amigos escrevem.
We'll see...

24/11/2004

Fatalidade

Ontem à noite, alguém ou alguma coisa entrou no meu computador e apagou tudo o que havia lá dentro: desde o Office até ao documento word mais pequenino, incluindo as quase 1000 fotografias que tirei ao longo deste ano.
Foi tudo.
Fiquei sem nada.

Preciso de miminhos, por favor…

18/11/2004

Era uma menina muito mimada.

Gostava de fazer tudo o que os outros meninos faziam, mas às vezes não conseguia e ficava muito triste. Quando estava triste, a menina mimada chorava e fugia para junto do Papá, que era um senhor muito alto e muito magrinho. Ele dava-lhe miminhos e a menina ficava contente.
Nas fotografias, a menina olhava sempre para os meninos mais velhos porque queria ficar igual eles.
A menina da nossa história gostava muito de ir à praia. Passava as férias grandes entre Faro e Sesimbra. Em Sesimbra, gostava da Tia Mariazinha que era muito velhinha e que ralhava de vez em quando. Gostava dos gelados e da gata Raposinha e de ir ao cinema e de andar no taxi do Tio Pinto. Em Faro, gostava de brincar com a Pita, de passear no Gafanhoto com a Tia Luisinha e de passar os dias com os primos todos. Os dias eram muito compridos e as malas térmicas tinham sempre coisas boas para comer.
A menina mimada cresceu.
Hoje, continua mimada.
A menina sou eu.


[A minha Mãe descobriu um rolo de fotografias por revelar. Ninguém sabia o que era, ninguém o tinha perdido. Resolveu mandar revelar, para que o mistério se resolvesse. Eram fotografias de umas férias de Verão. Eu devia ter uns três anos. São verdadeiros tesouros e vieram arrancar da memória pérolas como estas.
Dizem que sou muito agarrada ao passado. É possível. Mas é normal para quem teve uma infância como a minha: feliz. Acho que estas fotografias revelam bem a sorte que eu tive.]


14/11/2004

Hoje, vi-te. Viste-me?

Descias a rua com a tua farda branca, elegante, charmoso como sempre. Preparavas-te para embarcar outra vez no Funchal, rumo ao Norte de África. Toda a vida foi assim: quatro meses em terra, dois no mar. Passaste por mim, olhaste-me com o teu olhar ternurento, pegaste-me ao colo. Eu tinha dois anos outra vez e tu
- És a bebé mais bonita que eu já vi
com a tua voz de fadista gingão. Agora, já estamos em casa, tu com o cabelo grisalho, eu com dez anos. Pegas na viola e cantas para toda a família, sentado na cabeceira da mesa, que está cheia de gente: filhos, netos, sobrinhos, vizinhos. Estamos todos a ouvir-te cantar, os mais crescidos fazem coros e os mais pequenos tiram bonecos de chocolate da árvore de Natal. É domingo e estamos todos juntos. Como todos os domingos.
Passaram três, quatro anos? Já nem sei...
Nunca mais passámos domingos em tua casa. Nunca mais roubei chocolates da árvore de Natal ou da tua geleira. Nunca mais te vi sentado na tua poltrona. Nunca mais cantámos fados alentejanos. Nunca mais te visitamos ao navio.

Mas eu hoje vi-te.
Descias a rua com a tua farda branca e eu
- Pardinho! Pareces um fanã...
cruzaste-te comigo e nós
- Tenho saudades
seguimos os nosso caminho.

01/11/2004

Há coisas, no quotidiano, que me irritam profundamente.

Uma delas é a luz temporizada nas casas de banho públicas. Até compreendo que seja muito útil para a poupança de energia. Essas coisas ficam sempre bem agora: a poupança do recurso, enfim... O resto já todos sabemos. Mas irrita-me as figuras que se faz dentro de uma casa de banho com luz temporizada.
Ontem fui à casa de banho do restaurante X. Os problemas começaram logo na porta, porque eu perdi, no mínimo, trinta segundos à procura do interruptor para acender a luz. Quando, finalmente, percebi que não tem interruptores, já se fez uma fila enorme atrás de mim, com aqueles olhares reprovadores que só as mulheres sabem fazer.
Entrei e baixei as calças. Estou no meio do “trabalho”, quando, de repente, PUF, apaga-se a luz. Ainda tentei gritar um “tá gente!!”, mas lá percebi a tempo que, se aquela coisa acendeu sozinha, é natural que apague sozinha também.
E segue-se a parte mais desconfortável da cena: eu, de calças pelos joelhos, agachada, com o papel higiénico já devidamente preparado na mão direita, a olhar para a escuridão e a acenar com a mão esquerda, para que o detector de movimentos me detecte, e faça com que a luz se acenda. E não é que, nessas alturas, parece sempre que aquela porcaria avariou? Por mais que me mexesse e abanasse as mãos e me levantasse e saltasse, aquela porcaria não acendia.
Depois de me resignar, só me restou terminar às escuras. Subi as calças, apertei-as, procurei o trinco às apalpadelas e, qual não é o meu espanto, quando abri a porta, a luz volta a acender. Se tivesse cara, de certeza estaria a deitar-me a língua de fora, em tom de gozo.
Mas eu, qual mulher do século XXI, saí da casa de banho cheia de estilo, a olhar para as outras que estavam na fila de cima para baixo, como se tudo tivesse corrido bem, e ainda com direito a rímel e batom.

30/10/2004

Odeio.

Por causa da burrice de outras pessoas, hoje podia estar no Alentejo, a gozar um fim de semana fantástico com a pessoa fantástica, e estou aqui.
Três dias em minha casa. Já não passo um fim de semana em minha casa há que tempos! Não sei se vou sobreviver...
Odeio pessoas burras. Odeio.

27/10/2004

Desculpa por tudo...

Mas:
enxaqueca + temporal = mau feitio.

Sorry...

Já tenho saudades

de dormir a teu lado.
Já tenho saudades de olhar para ti, enquanto dormes. De sentir a tua respiração ao meu lado, o teu calor, o teu cheiro. Tenho tantas saudades de passar um fim-de-semana inteiro contigo...
E ainda nem foste embora.
E só vais na sexta.
E ainda hoje é quarta...

Volta depressa, voltas?

19/10/2004

Muito silêncio,

durante esta última semana. É que, tenho a sensação, não consegui parar. Não me lembro de ter uns dias tão atrapalhados (mentira, eu bem me lembro deles, mas faço questão de os esquecer, de tão furiosos, stressantes, revoltantes e engolesapantes que eram, e há bem pouco tempo, mesmo antes das férias forçadas).
Muito resumidamente, durante a semana que passou aconteceram uma série de coisas interessantes:
- conheci uma pessoa especial,
- arrependi-me de cortar o cabelo,
- arranjei outro part-time,
- voltei a gostar do meu corte de cabelo novo,
- percebi que a pessoa não era assim tão especial,
- voltei a arrepender-me de ter cortado o cabelo,
- perdi esse part-time, mesmo antes de o começar,
- voltei a gostar do meu corte de cabelo novo,
- o meu horário de trabalho mudou,
- arrependi-me, mais uma vez, de ter cortado o cabelo,
- corri Lisboa e meia à procura dos livros para as aulas de Espanhol, e ainda não os encontrei (a culpa é da rapariga do Corte Inglês, que me disse, cheia de segurança e certeza, que os livros demorariam menos de uma semana a chegar e já lá vão três!),
- voltei a achar que fiz bem ter cortado o cabelo,
- chegou o Inverno.
E (quem me conhece bem, sabe) esta última deixa-me arrebatadoramente deprimida (mesmo com este novo [des]penteado que uso, ao qual ainda não me habituei, mas que dá muito menos trabalho e que fica muito mais giro nos dias de chuva e vento.)
Principalmente num dia como hoje, que nem chegou a amanhecer.

Como estou assim-assim meio a confundir tudo e para encher chouriços mais vale ficar calada, vou dar lugar a outro.

05/10/2004

Hoje fazes anos.

Ainda me é complicado escrever sobre ti porque, apesar de sentirmos que nos conhecemos desde sempre, não foi nem há dois meses que nos vimos pela primeira vez. Desde aí, vemo-nos quase todos os dias, e aqueles que não posso ver-te parecem não acabar nunca. Podem dizer-nos que estamos na fase cor-de-rosa, que estamos mesmo no início, que agora corre tudo bem porque ainda nem tivemos tempo para nos conhecermos. Pode até ser verdade. Mas, se depender de mim (e, eu sei, se depender de ti, também), esta fase não irá acabar.
É esta a minha maneira de gostar de ti. E é esta maneira de gostar que eu te ofereço hoje, no teu dia de anos. E amanhã. E todos os outros dias a seguir a esse. Todos, até ao dia em que o Mar evapore e que o Sol se apague.

Parabéns.

28/09/2004

Gabriel García Márquez

"A mis doce años de edad estuve a punto de ser atropellado por una bicicleta. Un señor cura que pasaba me salvó con un grito: ¡Cuidado! El ciclista cayó a tierra. El señor cura, sin detenerse, me dijo: ¿Ya vio lo que es el poder de la palabra? Ese día lo supe. Ahora sabemos, además, que los mayas lo sabían desde los tiempos de Cristo, y con tanto rigor, que tenían un dios especial para las palabras".

21/09/2004

A pressão

está a ficar insuportável. O peso nos ombros é demasiado para este corpo. Não vejo solução, excepto ouvir e calar. Há valores que não se esquecem, independentemente do que toda a gente diz. E eu não fui educada assim. Seria este o objectivo daquela educação?
Eu não me sinto reprimida. Nem frustrada. Nem sufocada. Sinto-me dependente, e a dependência financeira é a pior, porque é a única que me faz ouvir e calar, o que vai contra a minha natureza. Sinto-me cansada, estafada, absorvida, sem forças, vazia.
Bolas...
Ninguém vive com os pais aos 27 anos!!!
Para o bem da sanidade mental desta família, tenho que sair de casa.

20/09/2004

Este post é para ti.

Sim, para ti.
Não penses que eu me esqueço de ti. Às vezes parece, porque ando distante, com mais gente para dar atenção, com mais trabalho a ocupar-me o tempo. Mas eu não esqueço nunca. Não esqueço que a nossa amizade é mais forte que qualquer muralha, que o tempo que já "desperdiçaste" comigo foi muito importante para a minha capacidade de ultrapassar alguns dos meus maus momentos, que tudo o que partilhamos - segredos, conversas, opiniões, músicas e tantas, tantas horas - fez-me acreditar que ia ter a tua companhia para sempre.
Fazes-me muita falta. As nossas brincadeiras, as nossas piadas, as gargalhadas, os silêncios, até. Esta separação tem-me custado muito. Pelas razões que toda a gente sabe e mais aquelas que só nós sabemos. Mas, principalmente, pelas razões que só nós sabemos.
Só quero que percebas que eu ainda estou aqui. À distância de um toque, de uma mensagem, de um telefonema. Quero que saibas que não vou faltar; só que, às vezes, tens de ajudar-me, porque eu também ainda não consigo adivinhar coisas. E só te peço uma coisa: dá uma hipótese. Não vais arrepender-te e é muito importante para mim.

Gostava tanto de partilhar contigo o que estou a viver...

14/09/2004

Comecei a trabalhar.

A primeira semana já passou. Somos poucos, as funções estão bem definidas desde o primeiro dia, há ponto para picar (ao contrário de muita gente, sou apologista deste tipo de controle porque, normalmente, eu sou o mexilhão que se lixa), enfim, uma coisa bem estruturada e organizada.
É um trabalho muito vocacionado para as artes plásticas e antiguidades. Como sempre gostei de ser rato de biblioteca, trabalhar numa galeria de arte não vai ser nada difícil.
Enfim, as perspectivas são boas. Isto, somado à comemoração do primeiro mês de namoro (é hoje, é hoje), são razões para dizer que a vida anda a correr-me bem. Para melhorar, só falta recomeçar o Curso de Espanhol. As aulas começam na próxima segunda.
Que emoção!

Ao que parece,

e com a preciosa ajuda dos meninos do Apdeites, lá consegui resolver o meu problema de escrita. Bom, resolver, não resolvi, mas consegui fintar bem a cena, e agora publico posts com o BlogThis!, em vez de os publicar no blogger.com. Já não tenho as mariquices das cores, dos diferentes tipos de letras, dos diferentes tamanhos de letras e outros que tais, mas também não se pode ter tudo. Um dia destes, vou vencê-lo pelo cansaço. Tanta vez fiz correr o antivírus, tanto spy-ware instalado, tanta pesquisa, tantas horas de sono perdidas, que um dia ainda vou vencer esta máquina.
Ai vou, vou.

06/09/2004

Ele há coisas...

Mãe: Já mataste o vírus no teu computador?
Eu: Não, ainda não consegui.
Mãe: E faz o quê, esse vírus?
Eu: Basicamente, faz com que haja erros nas páginas da Internet. Inclusivamente, não me deixa escrever no blog. Tive que arranjar um truque para poder escrever.
Mãe: Isso não é do vírus! Isso é porque já o encheste. Escreves tanto que já lhe gastaste a memória!

05/09/2004

Findos os posts lamechas,

a volta à realidade.
Amanhã, (re)começo a trabalhar. A desvantagem é ser um part-time. A vantagem é que vou poder acabar o curso de espanhol, vou ter tempo para fazer mais coisas de que gosto, mais tempo para mim.
Não consigo esconder a falta de entusiasmo...

04/09/2004

Não sei o que dizer...

Tenho a folha branca do caderno à minha frente e não consigo escrever nem uma palavra. O que estou a sentir é tão grande que não cabe nesta folha. Não cabe neste caderno azul. Nem neste quarto, nesta casa, nesta cidade, no país, no mundo. Foram três semanas que não cabem em nenhum calendário.
Não estava à tua procura. Já não esperava que aparecesses. A sério: pensava que, com a minha idade, já não fosse possível viver uma paixão tão quente, tão forte, tão intensa. A vida já tinha deixado de ter destino. Limitava-me a vivê-la.
Tu apareceste assim, de repente, sem avisares, sem pedires licença, numa noite em que a alegria se misturou com o álcool e o instinto fez o trabalho todo. Naquela noite, decidimos ir ver as estrelas na praia, mas o dia já estava a nascer. Eu estava perdida nos meus medos, na minha solidão acompanhada quando me lembrei de olhar para o lado. Tu estavas ali, a olhar para mim. Há dias que estavas ali, e eu nunca te tinha visto. Ficámos horas a olhar o céu clarear, o farol ali atrás, os outros a dormir, a tua mão na minha e o nosso silêncio. Não houve perguntas, não houve porquês, não houve palavras. O olhar disse tudo e um beijo fez-me ter 15 anos outra vez.

Hoje, volto a ter 27. Mas o sonho continua e eu não quero acordar nunca.
É tão bom saber que estás aqui, ao meu lado.
É tão bom...

09/08/2004

Lá lá li lá lá...

[esta introdução foi mesmo à la Catarina.]

Esta vossa querida Amiga (que sou eu, claro) vai apanhar chuva para outras bandas. Vou ausentar-me por tempo indeterminado, porque bem preciso.
Não vou esquecer-me de apanhar muitas conchinhas, tirar muitas fotografias e de beber muitos shot's de maçã no Azul.
E espero que o tempo melhore e que faça muita praia e que apanhe muito sol e que durma muito e que leia muito e que ouça muita música e tudo e tudo e tudo.
Porque eu também mereço.

A quem fica... até para a semana!

Existem muitos tipos de pessoas.

Há pessoas que são altas, baixas, magras. Há as antipáticas, as faladoras e as pessimistas. As desajeitadas, as trapalhonas, as cómicas. Há ainda as cuscas, as vaidosas ou as snobes. Depois, há a Susana [eu!].
A Susana distingue-se das outras pessoas porque acontecem-lhe coisas que a mais ninguém acontece. Ninguém parte três braços a cair da cama (não os três ao mesmo tempo, não!!! Um de uma vez, dois da outra, claro). Ninguém tem dois acidentes de carro no mesmo dia. Ninguém rasga a própria Carta de Condução só para provar que tem um papel especial “irrasgável”.
[Aviso da Gerência: Todos os comentários que aparecerem sobre esta última “particularidade”, serão apagados de imediato.]
Enfim... é rara a semana em que não haja uma história absurda na minha vida. Não que haja falta de atenção, não que seja desajeitada. Não!! Acredito mesmo que os Astros estivessem um bocadinho desalinhados, naquela noite de Inverno em que eu nasci.
Mas aprendi a viver com isso... Ao longo destes 27 anos de vida tenho passado algumas vergonhas, mas as pessoas até são simpáticas e, quando passo por elas, apesar de cochicharem umas com as outras, continuam a dar-me os bons dias.
Hoje, aconteceu outro “incidente”. Eu bem que evito e faço todos os esforços para que estas coisas não aconteçam, mas isto persegue-me! E eu não consigo ficar quieta.
Bom, explicando: estava eu na marquesa de um gabinete de estética, com o meu ar muito concentrado, uma vez que sinto sempre algumas cócegas nestas ocasiões. Mas, depois de muito treinar, já vou conseguindo passar aquela hora muito quietinha. Não podem é falar comigo, senão estraga-se a concentração. Então, eu deitada na marquesa, a Esteticista no passa-cera-pega-papelinho-passa-papelinho-e-arranca-pêlo, e no ar uma música portuguesa na Rádio (que eu ouvi depois ser a RCS – whatever that is...). E eu continuava no meu exercício de concentração. Até que, de repente, o animador da Rádio anuncia a próxima música, que eu entendo ser de um grupo chamado Divinos (ou será Divinus?), e com um nome que me é bastante familiar: “Memórias de Um Beijo”. E a música começa trá-lá-lá-tri-li-li (esta é a introdução) até o Senhor Cantor começar a cantar. Realmente, a música era-me familiar. Eu sempre gostei muito de Trovante e sempre considerei a “Memórias de Um Beijo” uma das músicas mais bonitas cantada em português. Mas o Senhor Cantor estava a cantá-la... em canto gregoriano. Aí, eu não resisti, e tive o maior ataque de riso da última semana. Ali mesmo. Aquilo só me fez lembrar a Dori (a amiga do Pai do Nemo) a falar “baleiês”. E eu ria, ria e a senhora a olhar para mim e o canto gregoriano no ar e o papelinho colado à perna e eu só consegui dizer, já a chorar de tanto rir:
- Eu sempre senti muitas cócegas nesse sítio...
Ao que a senhora respondeu:
- No joelho??

Acho que nunca mais vou àquele Salão...

Hoje vai ser

um dia daqueles. Imensas coisas para fazer, e uma entrevista de emprego incluida.
Até vou ver astros!

[Esta teve tanta piada... Um dia explico.]

08/08/2004

Esta música,

de tão banalizada, ainda vai acabar por perder toda a sua beleza. Mas eu não lhe consigo resistir, até porque este excerto explica o turbilhão de sentimentos que tenho tido nos últimos tempos. E porque gosto de ler palavras bonitas na minha Casca.

"Desculpa se te fiz fogo e noite sem pedir autorização por escrito ao sindicato dos Deuses... mas não fui eu que te escolhi.
Desculpa se te usei como refúgio dos meus sentidos, pedaço de silêncios perdidos que voltei a encontrar em ti...
Carta in Esquissos, Toranja

Aviso à tripulação:

o Domingo afigura-se tão ou mais inútil que o dia anterior. É que está a dar na TVI o filme das Tartarugas Ninja.

Socorro: cortem-me os pulsos...

Seja Verão, seja Inverno,

adoro uma caneca de leite quente com mel antes de ir dormir.

Does it make me a strange person?

E num instantinho,

escrevi um post que não interessa a ninguém.
Incrível...

Este fim-de-semana

fiquei em casa. Já devia estar em Milfontes, mas tive que ficar por cá, por imposição familiar, digamos assim. Também podia ter ido para S. Julião, mas achei que estaria muita gente, e não me apeteceu estar numa praia sozinha cheia de gente.
De resto, passei um sábado fútil, a ler a Cosmopolitan e a fazer zapping.
O domingo não vai ser, em nada, diferente. Resta-me esperar por segunda-feira, o dia em que vou ter uma entrevista para um emprego, vou fazer algumas coisas que as mulheres fazem em vésperas de viagens de Verão, e vou fazer as malas.
Isto porque na terça-feira vou acordar bem cedinho e vou rumar ao Alentejo, onde vou encontrar as minhas Amigas (sim, os Verões em Milfontes são sempre só Meninas, não me perguntem porquê), uma Vila cheia de gente com ar saudável, com cores alegres, muita praia, muitas noitadas e pouco sono.
Acho que é mesmo isso que eu estou a precisar, neste momento: estar longe de tudo.

07/08/2004

Preciso crescer

e aprender a lidar com estas situações como uma "pessoa crescida".
Alguém tem a receita?
Por favor...

06/08/2004

Leva-me daqui.

Estou à tua espera. Estou à espera que me venhas buscar e me leves para um sítio bem longe daqui. Apetece-me apanhar uma piela e dançar até de manhã. Fazes isso comigo? Hoje? Fico, então, à tua espera. Vem buscar-me depois do jantar.
Leva-me e faz-me esquecer tudo isto que eu estou a sentir.
Amanhã vai continuar tudo igual, mas hoje... hoje quero sair do meu corpo, nem que seja por umas horas.

05/08/2004

Não consigo simpatizar

com blogs que têm música.
É giro e tal, nota-se que algumas pessoas têm bom gosto nas escolhas musicais. Além disso, pôr aquela coisita a dar música não deve ser muito simples.
Mas irrita-me solenemente que a minha música seja interrompida. Irrita-me estar concentrada em Dave Mathews e, de repente e sem avisar, Carlos Paredes. Ou estar concentrada em Carlos Paredes e, pumba, pan-pipes. [Pan-pipes???!!!]
Irrita-me!

Isto hoje

está tão parado!

Adoro Lisboa em Agosto.
Detesto a Blogosfera em Agosto.

Lisboa

A avenida mais bonita:



E muito mais fica por dizer, mas agora não me apetece.

A ouvir...

... Chambao.

Há duas semanas, deram-me a conhecer este grupo de chill-out flameco. Rendi-me. Apaixonei-me.
Antes de Belém, ainda passo na Fnac. Há necessidades que o MP3 não satisfaz...

Tarde Cultural.

Ordem de Serviços:

  • C. C. B. - World Press Photo;
  • Culturgest - Keith Haring.

Intervenientes:

  • Eu.

Horário:

  • A combinar. À tarde. Daqui a um bocadinho.

Até logo, então.

04/08/2004

Ontem à noite,

os XPTO actuaram pela última vez no Até qu'Enfim. Há quatro anos e meio, às terças feiras, este grupo, essencialmente de covers, animam as noites de Santos. Nunca fui espectadora assídua, mas no Verão passado, noutra fase de "férias forçadas" (isto de ficar desempregada no Verão está a tornar-se um hábito), conheci o seu trabalho, e passei lá algumas noites engraçadas. Acredito que ontem tenha sido uma noite especial por ser a última naquele espaço, e admito ter visto lágrimas nos cantos de alguns olhos. Confesso, até, que eu própria me emocionei em algumas músicas.
Foi uma noite muito bem passada, diria mesmo a melhor que lá passei. Talvez porque nunca mais voltarei vê-los a tocar ao vivo. Eles vão continuar "por aí" - como disseram - mas duvido que eu os procure.
E para que a memória não me falhe, um dia mais tarde, fica aqui o refrão (tenho pena de não saber a música toda) de um dos originais desta Banda :

"Nem sempre o que é comum
É o melhor para nós
Às vezes o mesmo gosto
Nos faz agir sem voz

Nem sempre o que é diferente
É o melhor para nós
Às vezes tanta procura
Nos faz agir sem voz."
Azul - XPTO

03/08/2004

Ainda não ultrapassei o choque

de ter lido que não sou um Pecado.
Não quero ser um Anjo... Quero ser um pecado... Vá lá, vá lá. Nem que seja a preguiça. Agora, não ter pecado??? Eu?!?!?!?!
Humpfff.

É impressão minha,

ou está mesmo a chover??

Eu?!?!?!

Tirado daqui, vejam só que eu descobri...

Which of The Deadly Sins Am I???!!!???

Angel
You are... WAIT! - you're none of the Sins you're
an Angel!Perfect, or close enough, and annoyingly so! Did
you alwaysbehave so 'just right'. ARGHHH . You can annoy the
hell outtapeople with your attitude, but no doubt your church
is real happywith you. The positive side certainly outweighs the
negative,after all, you do chores, are smart, are cute, do
charity work.Least you know what a perfect saint you are. You
just make the restof us sinners vomit. Perhaps you could break the
rules once in a while, go wild - Eat an extra
cookie or something.However - congratulations on being the most pure,
of the entire human race.

?? Which Of The Seven Deadly Sins Are You ??
brought to you by Quizilla

02/08/2004

Este é o sítio

que eu posso chamar casa.
Aqui sinto-me bem. Aqui, fecho os olhos e sei quem sou, onde estou. O cheiro, a luz, as cores. Sinto que é aqui que eu pertenço, apesar de não ser aqui que eu vivo.

S. Julião.

Os dias amanhecem todos iguais. Frescos, em tons de verde e azul, calmos. A luz aqui é diferente. Aqui, a luz tem mais luz, é mais clara e mais fria. Ouvem-se sons estranhos de animais estranhos, e ao final da tarde, quando o dia de praia já ficou para trás, o pôr do sol no Mar é mais calmo e cheio de paz.
Ali, não me importo com as horas, não me importo com as pressas. Basta pôr um CD, e o tempo passa muito devagar e há tempo para tudo e ninguém precisa de correr para lado algum. A banda sonora de todas as noites é o marulhar trazido pela brisa fresca, e eu, sentada na varanda, olho a Lua Cheia e espero pelo sono. Ali, os sonhos são sempre azuis. Ali, não há pesadelos.
E depois, tenho que voltar.
Sinto que pertenço a este lugar, mas este lugar não me pertence.
E volto a esta agonia de não saber onde estou. Sei que é ali que quero estar, mas...

29/07/2004

Senhores vizinhos do terceiro andar:

Eu sei que já não nos conhecemos bem, que a nossa relação agora não passa de bom-dia-boa-tarde. Sei que até me acham uma vizinha simpática porque faço questão de ajudar a trazer as compras do Sr. Teodósio. Sei que simpatizo com o vosso cãozito, apesar de ele ser um bocado assustadiço e não dar muita confiança. Sei até que eu e a vossa filha partilhamos o mesmo nome, tão na moda nos finais dos anos 70 - inícios dos anos 80.
Mas, meus queridos vizinhos do terceiro andar, em memória dos velhos tempos em que os vossos filhos e eu brincávamos na rua, que andávamos de bicicleta até as luzes dos candeeiros da rua se acenderem, que lanchávamos na casa uns dos outros, que fazíamos corridas de caricas e que brincávamos ao macaquinho do chinês, à sirumba e ao elástico, e em nome da boa vizinhança que o nosso prédio (ainda) consegue manter, por favor, digo-vos de alma e coração nas mãos, eu ADORO dormir. Eu deito-me tarde. Eu levanto-me tarde. Eu estou de férias (forçadas, mas não deixam de ser férias). Por isso, senhores vizinhos do terceiro andar, importam-se de dizer aos senhores que ocuparam a vossa casa há mais de duas semanas PARA COMEÇAREM A MER.. DAS MARTELADAS E OS CABR... DOS MARTELOS PNEUMÁTICOS E OS FILHOS DA PU.. DOS BLACK&DECKER'S E OS CARAL... DOS FUROS NAS PAREDES SÓ A PARTIR DAS TRÊS DA TARDE? Já não basta o calor?!?!?
Obrigada.

28/07/2004

Fogo!!

Apesar de nunca ter definido uma temática para a Casca (o que eu acho ser uma grande lacuna deste blog), sempre tentei abster-me dos acontecimentos importantes do país e do mundo. Não falei  do Euro, não falei da mudança do Governo, nem sobre outros assuntos que tais. Prefiro não opinar. As razões são as mais variadas, mas passa também por ler tanta coisa na blogosfera que não ia acrescentar nada de novo. Com certeza só iria repetir-me.
Desta vez, não vai ser diferente. Não vou escrever nada. Não vou dizer o que penso, o que eu acho que devia ser feito, não vou culpar ninguém. O mal está feito (aliás, está a ser, neste momento, feito) e todos os anos vão ser iguais, por mais campanhas que sejam feitas, por mais promessas que os grandes façam, por mais palavras que se digam ou escrevam, por mais gritos que se gritem.
Infelizmente.
Só me resta dizer, citando a autora de um blog bem conhecido e, de certeza, todos os portugueses que vêm o noticiário todos os dias:

Foda-se.
Foda-se.
Foda-se.
Foda-se.
Foda-se.
Foda-se.
Foda-se.
Foda-se.
Foda-se.
Foda-se.
Foda-se.

 Imagens: Portugal Diário

27/07/2004

Am I naked here?

Why am I felling so exposed?

Será que isto faz de mim uma Blogaholic?

43.75 %

My weblog owns 43.75 % of me.
Does your weblog own you?


Apesar de tudo o que foi escrito,

e da maneira desenfreada como foi escrito, estou muito bem!
Obrigada pela preocupação.

Outra coisa que me aborrece horrores é esta bipolaridade.

Enquanto num dia o mundo gira todo à volta do meu umbigo no dia seguinte estou toda fora deste planeta e tudo parece obtuso e assim como é que querem que uma pessoa bata bem da bola quando chega a hora H da oportunidade de falar tudo e de tornar tudo transparente mas o que lhe vem à cabeça é falar sobre o tempo e a saúde e nem consegue dizer pão com manteiga foda-se como é que é suposto impressionar alguém assim e se é para dizer aquelas merdas fúteis e superficiais também mais vale ficar calada e nem sequer mudar nada porque o mais frustrante é tentar mudar sem conseguir e como a mim bem me parece que não vou conseguir mudar nada porque estou na fase de estar fora de todo o mundo e a sensação que tenho é que está toda a gente a remar para o lado errado e só eu é que estou certa então para isso é melhor ficar quietinha no meu canto para passar despercebida e ver se me esquecem até à próxima fase em que o centro do universo é o meu umbigo mas também não sei se falta muito para essa fase porque eu sei que tenho duas o que eu não sei é o espaço de tempo entre uma e outra mas estas coisas também só passam pela cabeça de pessoas que dormem 3 horas por noite e não conseguem comer por causa do calor e depois dá este tipo de alucinações a minha Mãe é que tem razão quando diz que qualquer coisa falhou na minha educação só ainda não percebeu o que era e eu também não mas olha bardamerda para esta merda toda e mais uma vez escrevi escrevi e não disse nada mas agora descobri que esta coisa alivia nem que seja pela rapidez alucinante em que estou a escrever estas baboseiras todas qual adolescente problemática do 8º ano com acne juvenil óculos de fundo de garrafa e aparelho nos dentes mas olha sou infantil e nunca neguei e gosto de ser assim e quem gosta gosta e quem não gosta paciência e parece que a minha fase self-centered está a voltar por isso deixa-me aqui sentadinha à espera que ela chegue e que o dia nasça e que o calor venha e que tenha coragem para te dizer que as coisas são assim e nem tudo o que dizemos a brincar é assim tão pouco sério.

Percebes?

Bolas! Que este ainda saiu mais rápido que o outro...

26/07/2004

Queria escrever assim

qualquer coisa mais profunda para tentar explicar isto que ando a sentir mas ou sou eu que estou muito superficial ou então é o calor que anda a derreter as palavras e não sai nada de novo. O melhor é mesmo fazê-lo de uma vez sem procurar a profundidade das palavras porque quer queiramos quer não elas têm todas o mesmo significado e no final nada vai mudar mesmo. E depois há o inconveniente de o cérebro andar preguiçoso por causa do sol e do calor e de não andar a fazer nada e passar os dias na praia e na piscina não faz com que os neurónios trabalhem mais nem um bocadinho o que torna assim esta tarefa muito mais difícil apesar das minhas tentativas hercúleas de começar a bater nas teclas com a maior rapidez possível assim como quem é muito tímido e tem uma coisa muito importante para dizer a alguém muito importante no msn e não tem coragem e de repente escreve tudo e depois clica no enter e depois desliga e ainda desaparece como se fosse uma criança de 8 anos. Por outro lado também há a puta da consciência que me impede de dizer o que quero porque depois quem diz o que quer ouve o que não quer e merda o problema é mesmo pensar demais e afinal não sou assim tão pedra como queria ser ou então sou e o verdadeiro problema é pensar mais nos outros do que em mim e eu que já tinha aprendido há qu’anos que não devo ser assim mas foda-se uma pessoa também tem sentimentos e o meu sentimento dá para não magoar os sentimentos dos outros mas porque é que eu sou assim se eu fosse mesmo pedra seria muito mais feliz e será que seria mesmo? E pronto já disse tudo o que tinha a dizer e afinal não disse nada de jeito ou então disse e o barrete há-de ser enfiado a quem servir ou então ninguém percebe nada mas também que se lixe porque eu também não percebo nada do que estou aqui a escrever merda porque é que eu sou assim?

Percebes?

25/07/2004

Um cheirinho a Verão.

A semana no Algarve teve direito a:
  • fun non-stop;
  • aulas de wind-surf;
  • cinema;
  • Slide & Splash;
  • jantarada de saladas fresquinhas;
  • festas nas muralhas;
  • muitas caipirinhas;
  • muito sol;
  • muita, mas muita praia.

E porque o regresso é sempre nostálgico, cá fica uma foto com cheirinho a Verão.

 


 

13/07/2004

Aos vinte anos,

a vida é feita de sonhos.
O sonho de uma carreira de sucesso.
O sonho de encontrar alguém especial.
O sonho de uma casa, de uma família, filhos, marido, rotina saudável.
Aos vinte anos, morre-se de amor e isso dá prazer. A dor é uma constante e parece que, sem ela, nem se consegue viver. Vive-se de castelos de areia, de ilusões, de desejos, de pequenos momentos, de grandes marcas, de palavras escritas numa ou noutra folha de papel. Escritas com o cinzento claro de um lápis fino.
Depois, cresce-se.
Os castelos caem, a carreira não existe. Não existe alguém especial. Nem casa, nem família. Não se morre de amor (isso é impensável!!) e uma dor de cabeça já é um dia estragado, quanto mais a dor de um coração partido.
O tempo passa a correr, e hoje a folha está em branco.
Hoje, sou uma pedra.
E, acreditem ou não, sou muito mais feliz assim.

Se perguntarem por mim,

digam que estou na praia.

Muito obrigada.

12/07/2004

Do fundo do baú [# 2]



AMO-TE

Para lá do mundo.
Para lá do tempo.
Para lá do espaço.
Para lá da própria vida que se gasta, dia após dia, num incessante desejo de ser amada por ti.
Só por ti.


[18.Mai.1997]

10/07/2004

São as pequenas coisas

que esquecemos com mais facilidade. E só quando chegamos à conclusão que as perdemos, é que lhes damos o merecido valor.

É sábado. Está calor. É Verão...
Vou dormir a sesta. Oh, sim... Vou dormir a sesta numa tarde quente de sábado, porque amanhã ainda é domingo e tenho o dia todo para estar acordada. E na segunda vou poder ir à praia do costume, ouvir os risos das crianças, as ondas suaves a bater nas rochas e o vento no cabelo, sem a multidão dos fins-de-semana. Sem horários, sem pressões, sem tarefas complicadas.
O desemprego tem destas coisas...
É difícil, a vida.

09/07/2004

Do fundo do baú [# 1]

- Dois vezes um, dois; dois vezes dois, quatro; dois vezes três, cinco...
Gargalhada geral na sala de aula, mais uma vez. Acontecia quase todos os dias antes do intervalo, e tu lá ficavas outra vez de castigo na sala a escrever cinquenta vezes a tabuada do dois.
Todos sabiam que a Matemática não era o teu forte. Gostavas mais de escrever composições sobre marcianos e naves espaciais, ou sobre cowboys e índios. Tinhas uma imaginação "fora do comum", como dizia a professora Marília. Quantas vezes ela te chamou a atenção, quando te apanhava a olhar para ontem.
Nesse tempo, já olhava para ti. Quando todos te gozavam, eu era a única que te defendia. Nem eu sei porquê! Duvido até que soubesses o meu nome.
Então o tempo foi passando; veio a tabuada do três, do quatro, do nove, as incógnitas, as equações, as raízes quadradas... Até que, finalmente, tirei o arame dos dentes, pus lentes de contacto, escolhi a Faculdade de Economia, e tu... tu aprendeste o meu nome.
Infelizmente, escolheste as Letras... (confesso que nunca me dei bem nessa área; pelo menos era o que parecia, pois nunca mostraste muito entusiasmo com os bilhetinhos românticos que deixava na tua mala).
... E deixei de ouvir falar de ti. "Foi para Macau...", "Ficou no Porto...", "Não sei bem..."; eram as respostas que ouvia, ao perguntar por ti nas festas de antigos alunos do Colégio.

Hoje, li o teu nome no jornal. Uma crónica assinada por ti, sobre o passado onde, obviamente, não me incluis.
Obviamente...

[14.Mai.1995]

Pintado de Fresco.

O prometido é devido.
A Casca está, definitivamente, de volta. Pintada de fresco, com nova cara, novas cores, novos cheiros. Mais alegre, mais divertida, mais quente, mais acolhedora. Não fosse a preciosa ajuda do T., e ainda agora estava a subir as paredes, a chorar por ter perdido o blog, os comentários, o contador, tudo.
Uma amiga minha uma vez disse:
- É sempre bom termos um leque variado de amigos: um advogado, um informático, um médico e um contabilista.
A advogada, eu tenho.
O informático, é o T.
O médico, está quase a acabar o curso, e é irmão da advogada.
A única lacuna do meu grupo de amigos é, efectivamente, o contabilista. Por isso é que ainda não sei quanto (e quando) é que vou receber do IRS. O que é gravíssimo, porque com a minha nova condição profissional (faço parte da GRANDE percentagem de desempregados), quaisquer cinco tostões dão jeito.
Mas isso já dava pano para mangas, e eu não posso falar agora: estou amordaçada.

06/07/2004

ESTOU DE VOLTA!!

Cheguei.
O Porto acabou. E com ele, acabou um grande Espectáculo, acabou a minha vida no Teatro, e o emprego que eu mais gostei de ter. Sem mágoas. Com muitas lágrimas, mas sem mágoas. O que tem que ficar, fica: a experiência, os Amigos, as memórias. O que tem que ser esquecido, já ninguém se lembra.



A Casca vai mudar de cara, vai limpar o pó, aspirar os cantos, reciclar muito lixo e volta lavadinha dentro de muito em breve.

É muito bom, estar de volta.
Obrigada por tudo. A quem ficou desse lado.

15/05/2004

Aviso na porta:

VOLTO JÁ.

A Casca vai de férias. Por tempo não definido. Deixou de fazer sentido.
O que eu tenho para escrever agora, deixou se enquadrar na temática que eu queria dar à Casca. E, como eu não quero que este se torne um blog maníaco-depressivo com tendências suicidas e prestes a cortar os pulsos, prefiro guardar o que eu escrevo no meu caderno azul de argolas.
Não pensem que isto é um adeus. Digamos que é um "até já", aguardando que melhores dias cheguem.
O meu número continua o mesmo, ok?

Agora é a sério.
Até breve.
We'll keep in touch.
:´(

14/05/2004

Porto, mais de um mês.

Só para dar notícias aos mais preocupados: continua tudo na mesma, com tendência a piorar. Já estou farta de dar o litro por uma causa, e depois não ser reconhecida pelo meu trabalho e pelo meu esforço. Hoje, foi a gota de água, e não me parece que aguente muito mais tempo a trabalhar num sítio onde ainda ninguém percebe o que eu valho. É revoltante. Dá vontade de fugir, atirar tudo para trás das costas. Mas tenho a puta da consciência que não me deixa apanhar o primeiro Alfa para Lisboa, e vou ficar aqui até isto acabar.
O dia-a-dia, só mudou numa coisa: agora, vou ao ginásio. Faço uma aula, depois umas máquinas, e seguir dou umas braçadas e, no fim, um jacuzzi para relaxar. Dá para passar quase três horas por dia sem pensar no que não devo e sem atrofiar num qualquer quarto de hotel, a papar novelas e documentários e durmo que nem um anjo.
Uma boa notícia: faltam (só) quinze dias para chegar o resto da Companhia e mais uns poucos para o espectáculo começar. Vai ser uma emoção ver toda a gente outra vez, voltar a sentir o frenesim do Teatro, os aplausos diariamente, a excitação de uma esteia.
Tenho que aproveitar tudo isto muito bem, porque não vou aguentar trabalhar nestas condições muito mais tempo.
Se eu não gostasse tanto disto seria tão mais fácil....

08/05/2004

Home Sweet Home

Acabei de chegar. Tive a pior semana dos últimos anos, o tempo não ajudou, mas estou em casa, outra vez. Por pouco tempo, porque amanhã é o casamento da Prima Rita e vou gelar lá para os lados de S. Pedro de Moel.

Novidades:
- não fui à Queima (deitei-me às nove e meia da noite, nesse dia);
- descobri que o pouco tempo livre que eu tenho é demais para quem tem a cabeça como eu tenho;
- inscrevi-me num ginásio no Bom Sucesso para ocupar esse tempo;
- o meu Patrão visitou hoje as nossas instalações no Porto... (Bolas, já não estava habituada a tanta aceleração!);
- voltei às alíneas... Tótil!

De resto, está tudo cada vez mais na mesma. Como sempre.

04/05/2004

Porque é que,

por mais que diga "life goes on" e que tente mentalizar-me que é assim que tem de ser, me sinto a pessoa mais miserável no cimo da face terrestre?
Alguém é capaz de emprestar-me uma máscara de pateta alegre?

Invicta ao rubro.

Apesar da chuva molha tolos e das nuvens que não deixaram ver o eclipse da Lua, o Porto ganhou à Corunha, foi dia de cortejo e o José Cid canta no Queimódromo.
Amanhã vou ver Clã e Toranja, beber uns vinhos manhosos e esquecer que o mundo existe.
Depois, vou acordar com dores de cabeça, mal-dizer a vida, e continuar o trabalho.

Life goes on.
Obladi-olbladá.

02/05/2004

Nostalgia da partida...

Primeiro, queria vir.
Depois, achei que não devia ter vindo.
Agora, não quero ir.

Bolas... Ser mulher é muito difícil.

01/05/2004

Escrevi, escrevi,

mas não disse nada.
Desabafei. Era isto que eu precisava. Só isto: arrumar a minha cabeça e começar tudo de novo.
Life goes on.
Obládi-obládá.

Estou no meu refúgio.

Uma praia vazia. Um café sossegado. O Mar e o sol são a minha companhia.
Avencas. Parede.
Sempre que venho aqui, que me sento nestas mesas, que olho através destas janelas, sinto-me a pessoa mais pequenina do mundo. Vejo o Mar perder-se no infinito e tomo consciência de que sou só mais uma pessoa neste mundo tão grande. Ao mesmo tempo, ganho uma força interior enorme, como se este mesmo mundo girasse todo à volta do meu umbigo, como se nada pudesse fazer-me mal, como se nada pudesse deixar-me triste, nem mesmo um arrufo de duas pessoas que se amam mas não se entendem.
É aqui que eu compreendo que a vida tem que continuar, que não vale a pena lamentar os erros, porque esses já estão feitos e não há nada que os apague das nossas vidas: ou os ultrapassamos ou não. E mais que isso, não há muita coisa a fazer. A não ser continuar a viver.
Talvez seja uma fase. Talvez seja definitivo. Isso agora não interessa, porque não vai tornar-me mais feliz nem mais triste do que sou. Há uns anos, talvez importasse; há uns anos talvez não estaria tão calma

Estás tão calma - disseste tu.

como estou hoje. Se calhar, é isto a que se chama crescer. Deve ser isto, amadurecer.
Quando podemos deixar cair as lágrimas sem que ninguém as veja, porque é que havemos de o fazer à luz do dia?
O pôr-do-sol. Pode significar o fim de mais um dia. Pode ser o fechar de um ciclo. Mas é também o início de outro: a noite, tão mágica como o dia.
E a vida é assim: acaba um ciclo, começa outro.
E o que será, será.

Typical Situation - Dave Mathews Band

Ten fingers counting we have each
Nine planets around the sun repeat
Eight ball the last if you triumphant be
Seven oceans pummel the shores of the sea

It's a typical situation
In these typical times
Too many choices

Everybody's happy
Everybody's free
We'll keep the big door open
And everyone'll come around
Why are you different
Why are you that way
If you don't get in line
We'll lock you away

Six senses feeling
Five around a sense of self
Four seasons turn on and turn off
I can see three corners from this corner
Two is a perfect number
But ONE

Everybody's happy
Everybody's free
We'll keep the big door open
And everyone'll come around
Why are you different
Why are you that way
If you don't get in line
We'll lock you away

It's a typical situation
In these typical times
Too many choices
We can't do a thing about it
Too many choices

Estranha sensação...

Tanto tempo a desejar vir para Lisboa, e agora tenho a sensação que devia ter ficado no Porto.

28/04/2004

Com tanta coisa para se dizer,

era mesmo necessário dizermos o que dissemos, da maneira que dissemos?
Já basta distância e a saudade para tornar isto mais difícil.

Merda.

27/04/2004

A Casca está quase a fazer seis meses

e o meu caderno azul de argolas (que já não tem contra-capa) já está quase no fim.
O que começou por ser uma brincadeira, uma experiência, um desabafo, um apoio numa época menos boa da minha vida, é agora um vício, uma necessidade. Com quase 2000 visitantes, a Casca já me ajudou a desabafar, a conhecer facetas da minha personalidade que desconhecia, a deitar cá para fora alguns sapos engolidos vivos, ajudou-me a conviver com Amigos antigos, a perceber onde eles estão, quem eles são e, mais recentemente, proporcionou-me novas amizades.
Desde pequena que escrevo muito: diários, cartas, crónicas, contos, histórias infantis, de tudo. Mas nunca pensei em mostrar aos outros o que eu escrevo, e até escondo muita coisa. Agora, com a Casca, fico muito feliz por saber que sou lida.
Eu não escrevo para ser bonito, para parecer bem, para que os outros gostem. Claro que tenho essa preocupação, e os outros - vocês - passam-me pela cabeça quando escrevo. Escrevo apenas o que eu sinto, o que eu imagino, o que eu gosto. Sei que há uns dias que escrevo melhor, outros pior, outros nem escrevo. Mas também sei que é uma necessidade, esta vontade de escrever. E que me sinto uma pessoa mais calma desde que existe a Casca. Uma pessoa mais conciliadora comigo própria, que reflecte mais, talvez até mais apaziguadora.
E ainda, má ou boa, mal ou bem escrito, com ou sem criatividade, esta sou eu e é bom saber que está alguém desse lado.

25/04/2004

Não tenho nada preparado para escrever...

... e tenho tanta coisa na cabeça para contar.
Vamos por partes:

1. Blind-date #1 (é verdade, há mais que um...) ou Porto - Dia #11
Tenho uma amiga nova. Como a minha mãe diz, a amiga dos blogues. A Inha respondeu ao meu apito e levou-me a jantar na Ribeira, a passear por ali. Conversamos bastante, socializei bastante (coisa que não fazia há uns dias), e foi muito agradável, o meu primeiro encontro proporcionado pela minha Casca.

2. Porto - Dia #12
Fartei-me de chorar ao ver quase duas horas de ballet... A Companhia do Maurice Bejart é fantástica. Para quem, como eu, fez dez anos de ballet, não conseguiu entrar no Conservatório, e teve (sim, imposição) que desistir de dançar, ver um espectáculo daqueles é sinónimo de lágrima no canto do olho o tempo todo. Vale a pena.

3. Porto - Dia #13
Fui sair. Uma colega nova do trabalho levou-me a uma festa de umas amigas dela. Chamámos-lhe "festa inter-cultural", uma vez que estavam cinco tripeiras, uma lisboeta (eu), uma Inglesa de Londres e uma Americana da Califórnia. A salganhada era tanta que acabámos a noite a gritar "Bibó Puarto Cômpiônhe, Biba biba", cada uma com o seu sotaque. É o que faz beber vinho alentejano, num restaurante que se chama "Moinho Holandês", no Porto, e com aquelas intervenientes. Só podia sair salganhada...

4. Blind-Date #2 ou Porto - Dia #14
A minha nova amiga dos blogues apresentou-me outra nova amiga dos blogues, e levou-nos a lanchar em Serralves. Se não fosse a Inha, teria passado o domingo a ver o Ace Ventura ou a ouvir os discursos sobre os temas mais badalados do dia: o F. C. Porto campeão e o 25 de Abril.
Foi uma tarde bem agradável. Estes encontros estão a tornar-se um verdadeiro ritual... Só amigas novas...

Foi uma semana cheia, e o Porto já não é o bicho de sete cabeças que eu via no início.
E pronto.
Já contei tudo, já voltei a pôr alíneas na Casca (há tanto tempo que não escrevia com alíneas...), e de certeza que houve muita gente que pensou que o meu blind-date era com um homem. Enganei-vos bem, hein?

Ou então não...

21/04/2004

Amanhã,

vou ter um bláinde-deite aqui no Porto.
Que emoção!
Vou socializar!!!!

Eu depois conto tudo.

Minha Amiga:

Esta distância deixa-me um bocado impotente.
Sei que estás a passar um mau bocado, e o facto de estarmos tão longe deixa-me triste. Como tu própria disseste, os amigos podem não conseguir levantar-te, mas pelo menos não te deixam cair...
Não gosto nada de saber que estás em baixo, que há pessoas que te deixam em baixo.
Sabes, és das pessoas de quem eu mais sinto falta. Podemos falar muito ao telefone, mas não é a mesma coisa.
Por falar em telefone, tenho que pedir-te desculpas e agradecer-te do fundo do meu coração a seca que apanhaste ontem, quando eu te liguei desesperada. Há momentos que, por si só, são difíceis. E quando há pessoas que os tornam mais difícies, aí é uma revolta que nasce aqui dentro e só me apetece gritar.
Eu sei que é precisamente isso que está a acontecer contigo... Mas, apesar de reagirmos de maneira parecida, ultrapassamos as coisas de maneira muito diferente, e é isso que me preocupa mais...

Amiga...
Não sei o que posso dizer ou fazer para te ver mais contente. Se estivesse aí, podia dar-te aquelas festinhas como tu me dás, daquelas que só tu sabes fazer e que eu digo que não gosto mas gosto tanto.
Podia dar-te o meu colo e abanar-te e dizer pronto pronto já passou já passou.
Podia pegar em ti e irmos jantar ao Chinês e despejar uma garrafa de Casal Garcia e ficarmos encarnadas e rirmos feitas parvas até virem as lágrimas aos olhos e acordar no dia seguinte com uma dor de cabeça brutal.
Podia ir buscar-te e levar-te às Avencas e ficarmos a ver o Mar e falarmos sobre tudo e sobre nada durante horas e horas.
Podia, em último caso, levar-te a casa do Tiago só para estares com ele e com o Chico: eles fariam com que tu te risses, de certeza absoluta.
Mas eu estou a mais de 300 quilómetros de distância...

"Apaga a luz do quarto, abre a janela e deixa entrar o silêncio da noite, escuta o riso das estrelas e sente no teu rosto o beijo que a lua te manda por mim."

Porto - Dia #10

Já estou uma entendida nesta cidade. Já (quase) me sinto uma verdadeira tripeira. Há anos que torço pelo FCP, mas desde que vivo "à beira" da estátua do dragão que pisa a águia, só me falta trocar os vês pelos bês e bice-bersa. E o que esta cidade se agitou ao ver o Major atrás das grades. O Major sim, o Pintinho não, carago!
Bom, já conheço o Andante (para quem não saiba, é o Metro daqui, e até já tenho um cartão recarregável), já andei em dois autocarros diferentes: o 52 e o 3 (até já tenho um bilhete de dez viagens), e até já me conhecem no NetCafé. Mas recuso-me a comer tripas e as francesinhas não fazem o meu género.
De resto, o habitual. Trabalho a mais, "cumbíbio" a menos e algumas ruas novas por onde me aventuro sozinha.

É estranho quando me vejo com novos rituais diários numa cidade estranha, com gente estranha. Rituais completamente diferente dos que tinha. E a rapidez com que o ser humano consegue habituar-se a estas mudanças.
Sinto-me no estrangeiro.
Que estranho...

19/04/2004

E ainda...

Sinto falta dos meus pais, do meu Gato Simão, do meu irmão, da minha cama, da minha almofada, da comida da minha Mãe.
Sinto falta da SIC Gold, da SIC Radical, do meu aquecedor a óleo, dos meus cd's, da minha música, do meu quarto e dos meus peixes nas cortinas.
Sinto falta do meu mais que tudo, das horas que passamos a conversar, dos passeios ao fim de semana, dos cafés que tomamos a correr, do cafuné.
Sinto falta da minha amiga R., das horas no Colombo, no café, sem fazer nada.
Sinto falta de todos os outros amigos que, mesmo que não esteja com eles, sei que, querendo, posso estar com eles daí a 20 minutos.
Sinto falta do meu carro ("I'm blue pa-ra-ri-ra-ri-ra...").

Sinto falta de Lisboa, bolas!

Sinto falta...

Sinto falta da Baixa pela manhã, do senhor que dá milho aos pombos na Praça dos Restauradores e do senhor que me vende o jornal, sempre à espera que eu compre mais uma "revistinha".
Sinto falta dos colegas, de chegar ao Teatro de manhã cedo, de tomar café na SolMar, de dizer bom dia ao arrumador, do Sr. A., todos os dias com a sua piada nova.
Sinto falta do dia que começa calmo e vai ficando cada vez mais atarefado, com o stress, com o reboliço do "é preciso para ontem".
Sinto falta das meias doses do Sr. Raul que me faz sempre uma "atençãozinha na conta porque a menina é do Teatro e a vida anda mal para todos".
Sinto falta da música, das vozes, dos cantos, de ouvir os passos no chão de madeira antigo.
Sinto falta dos telefones a tocar, do corre-corre.
Sinto falta do burburinho do público a chegar, dos olhares de espanto, outros maravilhados com o espectáculo que se criou para eles próprios assistirem.
Sinto falta da arte de representar, de dançar, de cantar, do mundo do faz de conta onde vivo, todos os dias.
Porque o Teatro é assim: o mundo do faz de conta, onde se representa, onde se canta, onde se dança, onde tudo e todos lutam por um mesmo ideal, que é dar a este país um Teatro de qualidade, feito por pessoas apaixonantes e apaixonadas pela sua profissão.

Mas, há coisas que têm de ser feitas, e para que o espectáculo possa "viajar", há imensas coisas que têm que ser feitas e preparadas e organizadas e produzidas. E cá estou eu... A fazer isso mesmo...
...no Porto

18/04/2004

Fim-de-semana em casa.

Na sexta-feira, a constipação que andava a ameaçar-me conseguiu invadir o meu corpo. Nariz tapado... Dor de cabeça... Corpo mole... Necessidade de miminhos. Casa.
Cheguei por volta da seis da tarde, de avião (história muito comprida...) e, mal chego a casa e vejo a Mamã, o Papá, o Gato Simão e todos os miminhos afins, o nariz desentope e sou uma nova mulher.
Pena que dure tão pouco tempo, e hoje lá vou eu para cima outra vez. Comprei o bilhete de comboio no Multibanco (uma aventura sem fim) e amanhã recomeça a rotina.
Até logo, carago...

14/04/2004

Porto - Dia #3

Só me apetece dizer asneiras.
Encontrei um cyber-café no Shopping Cidade do Porto. Até aqui nada de mal, certo? Saí à hora que devia ter saído do trabalho, meti-me dentro do 52, na Praça da Liberdade (já começo a conhecer isto, hein?), saí perto da Rotunda da Boavista e cá estou eu no cyber-café. Até aqui, também tudo bem. Agora, pergunta-me quanto é que custa uma hora nesta merda?? Pergunta!!!

- Quanto é que custa uma hora nessa merda?

E eu respondo: 2,60€. DOIS EUROS E SESSENTA CÊNTIMOS. Ou seja, 500 e tal paus por uma hora à frente de um computador escáfia, só para matar esta porcaria deste vício. Bolas!!!
(não posso dizer muitas asneiras, que a minha Mãe pode vir aqui espreitar o blog: ela agora está viciada na net...)
Bom, ao menos já vi os meus mails, já actualizei a Casca (sim, escrevi estes dois posts anteriores agorinha mesmo e mudei-lhes a data para pensarem que estou a viver bem por aqui por cima), já falei com alguns dos meus amigos pelo MSN, já vi alguns dos outros blogs, enfim... Já pus a escrita em dia.

A partir de agora, os dias começam a ficar todos iguais, e não há muita coisa por contar. Tirando o facto de me sentir um pouco sozinha por não conhecer ninguém. Mas isso também parece que vai acabar: já combinei uma saída com as minhas colegas novas.

E já agora... Inha: PPPIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII (isto é um apito).

13/04/2004

Porto - Dia #2

Hotel bonzinho?? Eu disse isto????
O dia começou com uma inundação na minha casa de banho. O poliban é minúsculo e tem umas cortinas carregadas de electricidade estática que se colam a mim. Devo ter apontado mal o chuveiro (que, pendurado na parede chega-me ao obro e tenho que baixar-me para lavar a cabeça) e molhei a casa de banho toda. Salvou-me a toalha de banho sobresselente que ficou empapada.
Manhã:
Trabalho, trabalho, trabalho.
Almoço:
Vou engordar. Aqui come-se bem, muito e barato. Lá se vai a linha. Quando chegar o dia do casamento da Prima Rita já não caibo no vestido... não pode ser! Próxima acção: cuidar da linha.
Tarde:
Trabalho, trabalho, trabalho. E mais 50 telefonemas e 30 SMS dos meus queridos amigos, para saber se estava tudo bem comigo. Obrigada, meus queridos. Só quero ver se vêm visitar-me como prometeram. Posso dar dormida, mas não aconselho o banho. E avisem antes de virem: esqueci-me de uma série de coisas importantíssimas em casa, nomeadamente os meus cintos. Solução: engordar para as calças não me caírem. Mas não posso engordar senão não caibo no vestido. E cá estou eu com mais um dilema de mulher fútil...
Jantar:
Não haverá nenhum restaurante que sirva um quarto de dose? Mais uma refeição boa, grande e barata. Mais de metade do prato ficou por comer.
Hotel. Documentário na 2 sobre as mudanças físicas e psicológicas durante a puberdade. Novela brasileira. Ler um pouquinho. Dormir.
Nada de novo. Amanhã vou descobrir um cyber-café para despejar todas estas baboseiras.

12/04/2004

Porto - Dia #1

Só saímos do Teatro depois do almoço.
A viagem foi um stress. Não fui eu a conduzir e eu stresso um bocadinho quando sou conduzida por senhoras com as maminhas em cima do volante, que levam as mudanças até à última rotação (segundos antes do motor explodir), e por isso tentei dormir. Mas, as travagens bruscas no meio da auto-estrada sem ninguém à frente nem atrás nem ao lado acordavam-me 20 vezes por minuto, e devo ter passado pelas brasas entre Torres Novas e Pombal.
Enfim... Não foi mau de todo.
Mau mau foi o trânsito caótico da Invicta.
Mau mau mau foram as obras com que nos deparamos rua sim rua sim.
Mau mau mau mau foi percorrermos a cidade em primeira, a 30 Km/h, completamente perdidas. Foi assustador. Senti-me no limite entre a vida e a morte, entre a resignação e o inferno, no limbo. Mas consegui chegar salva ao destino. Não muito sã, mas salva.
Comecei logo a trabalhar, mas esta é a parte boa da história. Pelo menos, é normal.
O hotel é bonzinho. Nada de muito especial, mas tem bom aspecto, cheira bem e é arrumadinho. Fica mesmo junto à Rotunda da Boavista (que também está em obras) e do Shopping Cidade do Porto – onde jantei bem e barato, lá perto das onze da noite.
A televisão do quarto só tem oito canais: os quatro nossos (que têm a programação que têm) e outros quatro por satélite, dos que não interessam a ninguém: Eurosport, um italiano e dois alemães. Nem tem a SIC Gold! Como é que eu vou ver a Casa na Pradaria?? Como é que eu vou saber como anda a família Ingalls?? Como??
Resultado: fiquei a ver um documentário no canal 2 sobre os Imperadores Chineses e a sua vida na Cidade Proibida, rodeados de Eunucos e Gueixas e, à meia-noite e meia estava a dormir. Lá se vai o exercício de habituar o meu corpo a dormir pouco...

06/04/2004

A inveja é um sentimento muito feio.

É verdade.
Mas toda a mulher sente inveja, em algum momento da sua vida. Não neguem, meninas. Eu sei que sentem.
Ontem, morri de inveja. Confesso: roí-me toda.
Estava a passear nas Amoreiras com a minha amiga R.. Estávamos para ir ao cinema, mas o filme que queremos ver - Kenai & Koda - tem a última sessão às 20 horas. Essa é a hora que eu saio do Teatro (e é quando saio), e portanto, não conseguimos ver. Devem pensar que só as crianças é que vêem filmes de animação. Ah, ah! Pois, enganem-se: eu gosto de filmes animados e outros filmes para crianças e papo-os todos e até já vi o Peter Pan e adorei e chorei e tudo.
Continuando...
Estávamos as duas nas Amoreiras a ver montras e lojas (só a ver, porque a crise bate a todos) e as tendências da moda, quando vemos um grupo de garotas (16-17 anos, talvez menos) a passear por ali. Eram iguais a todas as garotas daquela idade, com uma diferença (e, atenção, aqui é que entra a parte da inveja): estavam todas com um bronze!!!
Dois dias de sol, meninos, DOIS! E aquelas miúdas já tinham o ar mais saudável do mundo. Eu, aqui, branquela-transparente-lixívia, e elas saudáveis, encarnadas, felizes!
Ainda por cima, perseguiam-me: por acaso ou não, entravam nas mesmas lojas que eu, passavam nos mesmos corredores e, quando conseguia despistá-las, pimba, cruzavam-se connosco outra vez.
Resumindo: odeio esta combinação:

estudante + férias + calor = BRONZE

Ou seja,

trabalho + trabalho + calor = INVEJA

Eu... não sei.

Não sei, não.
Há alturas que parece que o mundo está todo louco, errado, virado do avesso. Parece que anda tudo ao contrário, e eu é que estou certa.
Bolas!
Odeio estes dias do mês.

05/04/2004

Ainda não fui para o Porto.

Era para ter ido no dia 1, mas houve mudança de planos. Talvez na próxima semana.

Pela primeira vez, assisti ao primeiro ensaio de uma peça.
Quando comecei a trabalhar no Teatro, encontrei uma peça já no meio da sua carreira. Portanto, a próxima peça, estou a acompanhá-la desde o início, ou seja, desde o pedido de direitos (uma vez que não é um original).
A parte burocrática demora sempre mais tempo. Meses, até. Mas depois, com uma semana de ensaios, já quase todo o elenco sabe o seu papel de cor.
Estava eu a falar do primeiro ensaio...
Foi muito interessante. Foi explicado, aos actores, como é que surgiu aquela história, toda a conjuntura social, política e económica da época. Depois, quem é autor, um pouco da história da sua carreira, da sua vida. Por fim, a história da história, isto é, as várias versões que foram feitas: a original no Teatro, a primeira versão no cinema, a versão no Teatro Português, a versão contemporânea (anos 90) no cinema.
Fez-se ainda o estudo dos personagens (personalidade, maneira de estar, tiques, etc.), e alguns acertos importantes, como por exemplo, se se devem pronunciar os nomes em inglês ou “aportuguesá-los”.
Leu-se o texto todo, cada um com o seu papel (o elenco é pequenino). Uns interpretaram-no, outros leram-no, apenas. E, no fim, vimos o primeiro acto das várias versões acima referidas, em vídeo ou DVD.
Foi uma noitada interessante. Eu, que estava a trabalhar desde as nove da manhã, esqueci as horas tardias, as dores nas costas, o frio (e se aquele lugar é frio), esqueci tudo. Senti-me, eu própria, dentro da história, como se fizesse parte dela.
Fascinante, este Mundo do Teatro.

01/04/2004

Já chega!

Basta!
Estou farta de pessoas de má conduta e formação.
Vou fechar este blog hoje. Já chega de aturar pessoas que não sabem viver em sociedade.
Perdoem-me aqueles que já são assíduos.

Isto custa-me bastante, mas é hora de dizer

Adeus...

31/03/2004

ZZZZZZZZZZZzzzzzzzzzzzzzzzzZZZZZZZZZZZZZ...

A minha caminha...
O quarto quentinho...
Pijama... Almofada...
ZZZZZzzzzzzzzzzzzzzzZZZZZZZZ...

Acorda!!!

Hoje só vou dormir às duas.
Se as pessoas normais conseguem dormir seis horas por noite, eu também vou ser capaz...

ACORDA!!!

Estou a habituar o meu corpo

a dormir menos. Eu, que já tenho tão pouco tempo livre, acho um disparate perdê-lo a dormir.
Abre o olho, Susana, abre... Ainda agora é meia-noite!!!

30/03/2004

Estava aqui a ouvir Dave Mathews

e lembrei-me de ti.
Sabes, às vezes tenho medo que não saibas a importância que tens para mim.
Sempre vivemos longe, mas a distância de um telefonema era a certeza que estavas aqui. Ou, apenas, saber que íamos passar as próximas férias de Verão juntas, era o suficiente para encurtar, ainda mais, essa distância.
Desde que vieste para Lisboa, apesar de nos vermos poucas vezes (eu, com o meu horário de trabalho, tu com o FMH, o curso de Hidro-Ginástica, as aulas de Capoeira, a fisioterapia e o treino de Ginástica Acrobática), fez-me sentir que podia proteger-te ainda mais. Tu, a mais nova, a mais pequenina, a mais frágil de todos. Acho mesmo que só me apercebi que tinhas crescido naquela noite em que te arranquei de casa e fomos para a praia conversar, ouvir o Mar e olhar o céu. As duas, sozinhas, sem cafés, sem gente à volta, sem horários. Só as duas.
Inevitavelmente, acabamos sempre por lembrar coisas do passado. As primeiras directas (só para ver o nascer do sol), a primeira bebedeira no Bar da Universidade, na Rua do Kream, aquele filme (que eu não lembro o nome, mas tu lembras, de certeza), em que o actor principal se chamava Keith (eu sempre disse que se tivesse um "filho estrangeiro", ia chamá-lo Keith), as noitadas a roubar baba de camelo da geleira... Sei lá! Coisas de miúdas!
Mas, é nestas alturas que eu chego à conclusão que talvez tenha sido uma referência na tua vida. Muito mais do que na vida das minhas verdadeiras primas. Isso assusta-me. Uma coisa é ver-te como irmã mais nova, e, às vezes, filha mais-velha-do-que-o-normal. Outra coisa é perceber que tu, por vezes, me vês como irmã mais velha, ou apenas um exemplo, um ombro com que podes contar sempre. Assusta-me porque tenho medo de desiludir-te, de falhar (a ti e à Tia L., que deposita em mim bastante confiança). Também sei que, se um dia falhar, tu vais perdoar-me, como já aconteceu, e já falámos nisso. E isso assusta-me ainda mais.
Às vezes tenho vontade de conhecer-te ainda mais. Que me conheças ainda mais...
Hoje, estás mais longe que nunca: Gent, Bélgica. Estás a fazer uma coisa que eu nunca tive coragem de fazer: Erasmus. Falamos bastante por mail, pelo MSN, através de notícias que vou tendo da Tia L.. Parece que falamos mais agora do que quando vivíamos na mesma cidade.
É esquisito quando, como hoje, penso em ti o dia todo, e já não estás tão perto. Já não basta pôr-me no carro e buscar-te. Já não basta pegar no telefone e convidar-te para jantar.
Nós, que nos conhecemos tão bem, que somos tão parecidas (as nossas Mães são as primeiras a dizer que, se fossemos irmãs, não seríamos tão iguais), que comunicamos tão bem, parece que estamos ligadas por uma espécie de cordão umbilical telepático. Há uma distância de segurança que ainda consigo suportar. Quando ultrapassa essa distância, quando o cordão é muito esticado, dói o peito, queima a saudade.
Sei que estás feliz. Mas estás longe...
Dá notícias.

29/03/2004

Eu:

Não percebo... Já chegou a Primavera, já mudámos os relógios para o horário de Verão, e continua um frio do caraças...
R.:
Pois é... Hoje (domingo), saí cedo. Tinha uma palestra no Pavilhão do Conhecimento. Como estava frio, levei um cachecol, em vez do casaco. Rapei cá um frio!!!

Mas, será esta miúda boa da cabeça???

27/03/2004

Dia Mundial do Teatro

Não queria deixar passar este dia em branco, uma vez que o Teatro, neste momento e desde há seis meses, é o meu mundo.
E, se antes eu já gostava de Teatro, agora ainda gosto mais.

Só quero lembrar uma coisa: "A Paixão de Cristo" teve 19.000 espectadores em Portugal, só no dia da estreia. Há peças que não chegam a este número de espectadores em toda a sua carreira (por vezes um ano, ou mais).
Não me venham dizer que o Teatro está caro: lembrem-se das despesas de manutenção de uma sala, dos actores, dos técnicos, do pessoal de sala, dos bilheteiros, dos reservas, da produção.
Tu vês um filme no cinema, e os actores nem sequer sabem quem tu és. No Teatro, os actores estão ali porque TU estás, também. É por tua causa que tudo aquilo existe, que tudo aquilo é feito, construído, trabalhado.
Lembra-te disto. Vai mais vezes ao Teatro. Não só hoje. Não só ao meu (que é um dos maiores, melhores e mais activos em Lisboa), mas a todos.
Não te arrependes, de certeza.

E já agora, dá uma espreitadela à mensagem do Dia Mundial do Teatro.

Odeio sentir-me

uma bola de ping-pong.

22/03/2004

Fundamentos irreversíveis do século XXI

1 - O amor eterno chega a durar seis meses.
2 - Não entres no mundo da droga! Somos muitos e há pouca...
3 - Ter a consciência limpa é sinal de má memória. Toma suplementos.
4 - No casamento, vale mais enganar que ser enganado.
5 - Os honestos são simples inadaptados sociais.
6 - O que luta contra a corrente pode morrer electrocutado.
7 - O último a rir não percebeu a anedota.
8 - A escravatura não foi abolida. Passou a oito horas por dia. Ou mais...
9 - Se a montanha vem até ti, foge. Trata-se de um desmoronamento.
10 - Se não atropelares o tipo da frente, serás atropelado pelo tipo de trás.
11 - Não tomes a vida muito a sério, não sairás vivo dela.
12 - A piada não é ganhar mas fazer o outro perder.
13 - Príncipe Encantado só há um e está na cama com a Cinderela.

(recebi isto por mail, não sei quem escreveu)

Dilema de Mulher Fútil - Parte 3

Graças à minha amiga Lili, que me deu umas dicas fabulásticas sobre modelitos (e não só) para casamentos, já encontrei o tão procurado vestidinho para o casamento da Prima Rita.
Para toda a gente que se interessou por este assunto, cá vai uma pic do dito.


(ignorem a foto amadora, as sobras, a etiqueta e o cabide...)

Agora só espero que (já estava com saudades das alíneas):
- não chova;
- não faça muito frio;
- não apareça alguém com um vestido igual;
- encontre sapatos e mala a condizer;
- que os sapatos e a mala sejam baratos (já bastou o que dei pelo vestido, bolas!!!).

19/03/2004

Andar de táxi

tem sido, para mim, uma experiência verdadeiramente alucinante. Algo entre o Twilight Zone (não sei se é assim que se escreve), e o Espaço 1999.
Ele é travagens bruscas, é metidelas a papo-seco, é passagens de sinais fechados, eu sei lá! Só sei que, cada vez que saio de um táxi, doem-me os músculos todos, fico com duas rugas a mais e os nervos em franja. Saio, também, meio hipnotizada pela rapidez do taxista no reflexo abre-sinal-toca-buzina. É alucinante!
Os taxistas, como seres sociais que são, adoram conversar. E aprende-se imenso com eles: os caminhos alternativos, as mudanças de tarifas, com variantes que vão desde a reclamação sobre todos os partidos políticos e seus intervenientes principais, que o Santana é um malandro, que o Durão é um oportunista, até ao estado da Nação, em que a inflação sobe, mas toda a gente tem carros novos.
Houve um que me disse, muito transtornado, que os portugueses saem de carro, até para comprar um botão. Outro que me confidenciou, muito revoltado, que as nossas laranjas são as melhores, mas só consumimos as espanholas. Outro ainda, que detectou, imediatamente, que a minha tosse é de tabaco, e que uma menina tão nova não devia fumar, e que ele, jovem de 53 anos, tinha uns pulmões de uma criança.
Enfim, entre a tarifa 5 e o preço da gasolina que não pára de subir, lá vou eu perdendo anos de vida dentro de um táxi, mas ganhando uma bagagem cultural e mais temas de conversa para a próxima corrida.

18/03/2004

Blog do Meio

A Casca d’Ovo tem o enormíssimo prazer de apresentar o mais recente, o mais brilhante, o mais magnífico, o mais delirante, o mais imaginativo, o mais fantástico endereço da blogosfera (logo a seguir à Casca, claro):

o Blog do Meio

É um blog (a)político, que não é de esquerda, nem de Direita, nem de Centro, nem anarca, nem coisíssima nenhuma. É o Blog do Meio, uma criação de duas pessoas completamente distintas:

- uma mulher muito, mas muito à frente, pra lá de inteligente, sempre atenta ao que se passa no mundo da moda, da culinária, do Teatro, da música, das Artes em geral e muito, mas muito mais: moi-même;
- um homem invulgar, uma mistura de cientista maluco com Cocas, o Sapo, passando pelo famoso Ótóiósóiófóió, recentemente instalado num anexo, algures numa azinhaga qualquer, que ele próprio insiste, pomposamente, em chamar de “quinta”: o Hugo.

E pronto. Feitas as apresentações, só espero que visitem e que se divirtam no Blog do Meio.

Casca d'Ovo no Apdeites

A Casca está na Galeria de Fotos do Apdeites.



As coisas que se descobrem... A Casca, que já ultrapassou os 1000 visitantes, está a tornar-se um blog sério e responsável. Ui ui... Qualquer dia (ler com o ênfase do Diácono Remédios), tem comentários na Visão e tudo!

(reparem bem na foto. lá estão elas, todas contentes, a saltitarem de nenúfar em nenúfar, as alíneas. agora toda a gente vai pensar que este é mesmo um blog de alíneas... será que perde credibilidade?? é que, agora sem brincadeiras, este é MESMO um blog sério e responsável, ok??)

17/03/2004

Dilema de Mulher Fútil - Parte 2

O que é que uma mulher faz quando as calças 34 ficam apertadas, as 36 ficam largas e as que ficam bem custam 74 €.

(viram? podia ter posto alíneas e não pus!!!)

Promessas de Verão:

(ao contrário das pessoas normais, que fazem promessas de ano novo, eu faço promessas de Verão, que é a minha estação do ano preferida, e por isso, para mim, é quando o ano começa)

- fumar menos;
- andar mais;
- sair mais aos fins de semana (que isto de trabalho-casa-trabalho está a dar cabo de mim);
- comprar mais roupa mais barata;
- visitar / ligar a todos os meus amigos que já não vejo há muito tempo;
- ir ainda mais ao cinema;
- perder menos horas a dormir;
- ir ao médico tratar das minhas costas (porque não é normal doerem-me o Inverno todo);
- inventar mais motivos para festejar;
- passar mais fins-de-semana fora (nem que o fim-de-semana se resuma aos sábados à noite e aos domingos).

16/03/2004

Será

que a minha casa tem buracos?
Depois do episódio das botas de equitação, desaparecidas misteriosamente há uns anos (entretanto já comprei outras...), os casos mais recentes são:
- o desaparecimento das fotos do Verão;
- a evaporação da minha Palm Top.
(cá estão, outra vez as alíneas...)

Eu até já atei uma guita ao pé da mesa (juraram-me, lá no Teatro, que era o truque infalível para descobrir coisas perdidas), mas nada.
Acho tudo isto muito estranho... Eu nunca perdi uma carteira, um chapéu de chuva, sequer! e vou perder coisas TÃO importantes como estas?!?! É que além de importantes, não são assim tão pequenas... E o meu quarto não é assim TÃO grande.

Mistério...

Epá...

Assim, de repente, dou conta que este blog está a tornar-se um blog de alíneas...

Está a chegar a Primavera!

Estou tão feliz...

Vou voltar a:
- comer gelados;
- passear descalça na praia;
- beber batidos de morando com laranja, na esplanada, à noite;
- vestir camisolas sem alças;
- vestir as minhas calças azuis que fazem shlep-shlep quando ando, ou os corsários brancos que eu adoro;
- ver o sol brilhar mais horas;
- conduzir com a janela toda aberta;
- passar fins de semana na Ericeira ou em Milfontes.

Daqui até ao Verão, é só um saltinho!

Eu sei que...

... sou um bocado desatrada;
... tenho umas pernas compridas;
... muitas vezes, não sei onde ponho os pés;
... estou sempre a cair, a tropeçar, a chocar com pessoas...

Mas 10 nódoas negras em cada perna, é demais.
Porque é que estas gavetas que estão coladas às secretárias não se desviam quando me vou sentar???

Dilema de Mulher Fútil

O que é que eu visto no casamento da minha prima Rita?!?!?!

14/03/2004

Meia noite e meia.

Botica.
Santos.


Homem Bêbedo vindo do nada: Viste o filme?
Tiaguinho: Qual filme?
Homem Bêbedo vindo do nada: O que passou.
Tiaguinho: Passou? Passou onde?
Homem Bêbedo vindo do nada: Na televisão.
Tiaguinho: Nã' vi...
Homem Bêbedo vindo do nada: 'Tavas a dormir!!!!

11/03/2004

Mas porque é que

eu ainda vejo A Casa na Pradaria?
Acabo todos os episódios com a lágrima no cantinho, a querer cair. E depois penso, bolas!, já não tens 8 anos, pelamordedeus!!!
Amanhã, à mesma hora, no mesmo sítio, vou viver as aventuras da família Ingalls, que são todos muito bonzinhos, muito bonitos, nunca fazem mal a ninguém mas passam as passinhas do Algarve e no fim acaba tudo bem, ai meu Deus que não estava nada à espera.

Agora, o que eu já não consigo ver é o Archie Banker, d'Uma Família às Direitas. Não consigo!

Eu até podia...

... escrever sobre o empadão delicioso que comi ao almoço, no refeitório do Ateneu Comercial (que é perto e é barato e come-se bem);

... divagar sobre o choque que foi, logo de manhã, acordar com as notícias dos atentados de Madrid;

... falar sobre o trabalhão que me está a dar, os preparativos da ida para o Porto;

... maldizer a F. D. P. da dor nas costas que não me deixou dormir, nem me deixa ficar sentada, nem de pé, nem deitada, nem me deixa dobrar para apertar a PO*** dos atacadores, nem consigo ficar duas horas seguidas em frente ao CA**** computador sem que comecem a dar-me umas PU*** dumas guinadas de dores agudas na zona dos rins, só estou bem é a andar mas se ando muito também me canso e afinal de contas o meu trabalho é sentada e não a andar porque para andar já há lá muita gente, fod****, a semana passada era a cabeça, hoje são as costas, se isto é envelhecer, P. Q. P., a P. da idade.

Mas agora não tenho tempo.

10/03/2004

Tenho andado

com muito trabalho, por isso não tenho muito tempo para escrever.
Mas eu não me esqueci!!!

08/03/2004

Feliz Dia da Mulher

Apesar de ainda haver descriminação em relação às mulheres;
Apesar de achar que, hoje (8 de Março), as mulheres não deviam trabalhar;
Partindo do princípio que a maioria dos blogs são de mulheres;
Aqui estou eu, Mulher, desejando a todas as Mulheres um dia muito feliz.

05/03/2004

Há cinco dias

que acordo com dores de cabeça.
Bolas!

Não me canso de ler:

100Nada

Fica mesmo bem,

a foto na Casca.
Estou tão orgulhosa.

Isto, depois dos 3 visitantes EM SIMULTÂNEO na Casca, deixa-me mesmo muito feliz.
(E lá está o meu amigo Miguel: "a minha má'nova, tão linda!!")

Por razões profissionais,

vou para o Porto, durante três meses e picos, a partir de Abril.
Não sei se vou ter tempo / oportunidade / disponibilidade / dinheiro / etc. para me esconder na Casca. Gostava de poder contar o meu dia-a-dia, de partilhar as minhas experiências, os meus medos, as novidades... Mas, como não sei sequer onde é que vou lavar a minha roupa (uma vez que vou viver num hotel, e não ganho o suficiente para visitar o 5àSec todos os dias), muito menos saberei se vou ter um computador ligado à net, e qual a minha disponibilidade para usá-lo.
Foi por isso que publiquei um post, que perguntava onde é que há cyber-cafés no Porto, na zona do Coliseu. Em último caso, há-de haver, na Blogosfera, alguém do Porto que me emprestará o seu computador por umas horas.

Ou então, não...

04/03/2004

Post de "gaja".

Inauguro as fotos da minha Casca, com uma "nova" descoberta minha (onde é que eu andava com a cabeça??):

Jude Law


Eu ainda não sei como é que este "facto" me passou despercebido durante tanto tempo (ou, se calhar sei: o A.I.-Inteligência Artifical foi uma experiência traumatizante na minha vida - como é que foi possível um filme TÃO mau??), mas Cold Moutain abriu-me os olhos. E, se houvesse um Oscar para o homem mais bonito do cinema, Jude Law ganhava, de certeza.
Uns três ou quatro.
Por ano!!
Ai, ai...

03/03/2004

As minhas duas melhores amigas

são tão diferentes, como a noite e o dia. Às vezes, chego a pensar como é que é possível eu dar-me tão bem com duas pessoas tão diferentes.

S.
Amiga dos tempos do colégio, onde as aulas e os rapazes ocupavam as longas conversas ao telefone.
Disciplinada, coerente, metódica, trabalhadora. Sempre foi a melhor aluna da turma (20 a Filosofia?!?! Como é que é possível??).
Apesar da distância a que a vida nos obriga, é sempre bom saber que me ligas com as novidades, que tens tempo para um jantar de massa, picanha e queijo da serra. É bom saber que é de mim que te lembras, quando tens medo de dormir sozinha em casa.
Maus momentos, quase toda a gente os tem na vida. Mas foi uma grande lição que nos deste, a forma como ultrapassaste o teu mau momento.
Desculpa, se não tive mais tempo para estar mais presente. Desculpa, não ter feito mais por ti. (Será que havia mais alguma coisa que eu pudesse fazer?)

R.
No início, ódio de estimação. Mas uma bebedeira juntou-nos e agora, olha!, é o que se vê. A partir daí, estamos todos os dias juntas, pelo menos um bocadinho. E, se não estamos, falamos sempre ao telefone (não me lembro de um dia que não tivéssemos falado ao telefone).
Louca. Doida varrida.
Uma festa, é uma festa, nem que se tenha 30 exames no dia seguinte e nada de especial para comemorar. Consumista de primeira, é uma bebé grande (mas porque é que tenho de ser EU a marcar a TUA consulta?).
Companhia certa para tudo. És a Amiga que está. Sempre.

Mal ou bem. Perto ou longe. Com telefone, ou sem ele. As minhas Amigas estiveram, e estão, sempre comigo. Nos piores e nos melhores momentos. Elas não se conhecem! Mas conhecem-me muito bem. E sabem que, basta um olhar, uma palavra, um gesto, um SMS, um toque, para perceber que eu estou feliz, triste, angustiada ou, simplesmente, a precisar de conversar. Porque as pessoas são assim: ligam-se por laços muito mais fortes que o Amor. Chega a ser uma Irmandade, algo que nos está no sangue, e que faz o coração pedir mais e mais.

"Quand on aime, on s’attache. L’amour empêche de vivre librement."
Y.K. Centeno

Pedido de Ajuda.

Alguém conhece Cyber-Cafés BARATOS no Porto?
Zona: Coliseu.
Horário: noite (até às 2h ou mais).

Obrigada.

28/02/2004

Trabalhar ao sábados

é uma chatice.

Pronto. Já disse, está dito.

Que orgulho, a minha má'nova...

Como diz o meu amigo Miguel.

Record, record!!!

Tenho 3 (três!!!) ovos na Casca!!! Em simultâneo!!!
Record total!

Estou tão orgulhosa...
Não tarda, chego aos 1000 visitantes. Aí é que vai ser: jantarada paga por todos.

São bons,

estes rebuçados do BES (sim, é isso mesmo que estás a pensar: o Banco).
Um bocado grandes, mas bons...

Para os mais distraídos,

aviso que tenho pequenas alterações no meu blog.
Num futuro próximo, surpesa-surpresa...
...
...

vou ter FOTOS!!!

26/02/2004

Não sou pessoa de muitas paranóias.

Não ligo a horóscopos nem a sextas feiras-13 (como já tive oportunidade de escrever); tenho um gato preto, que não só se atravessa à minha frente todos os dias, como dorme na mesma cama que eu; não tenho problemas em passar por baixo de escadotes…
Mas, curiosamente, há coisas que eu faço / não faço, que posso chamar "superstição", como por exemplo:
- entro sempre com o pé direito, onde quer que seja (excepto quando entro no lugar de pendura de um carro, por razões óbvias);
- não digo a palavra AZAR (será que posso escrevê-la??) dentro do Teatro (e quando alguém a diz, bato três vezes na madeira, de baixo para cima);
- digo "dá licença", em voz bem alta, antes de entrar num picadeiro, e antes de montar um cavalo, mesmo que não haja ninguém à minha volta;
- quando aperto os atacadores, dou sempre a volta do laço pela direita;
- mexo o café sempre para o lado direito (com a ideia que o açúcar se dissolve mais rápido);
- como sempre as bolinhas dos Maltesers aos pares;
- guardo todos os bilhetes de cinema / teatro / museus / etc. (e antes até escrevia os nomes das pessoas com quem tinha ido, e, numa escala de 1 a 5, pontuava a qualidade do "evento");
- escrevo sempre com caneta preta ou lápis.

E acho que são todas estas, as minhas "paranóias".
Para mulher, até nem sou muito complicada, pois não?

Três copos de vinho, 58 fotografias e muitas gargalhadas depois...

10 pratos sujos (frango com uma sopa de cebola da Knorr e natas, com arroz "unidos venceremos")
10 pratos sujos de sericaia
10 copos sujos das mais variadas bebidas (que vão entre coca-cola, água e vinho Terras d'El Rei)
uma tijela suja de ração para cachorro (afinal, o Bekas só tem três meses)
um sofá molhado de xi-xi de cahorro
e muitos cigarros com muitas beatas (um dia ainda vou escrever sobre a beata de um cigarro)
e o balanço:

ai ai... estou que nem posso...

25/02/2004

Estou

na Festa da Zizi.
Eu e as Meninas (quase) todas.
Ah! E o sobrinho Bekas, e o Fábio, que não é menina, mas também está cá.

E pronto!

A Zizi faz anos hoje.

A segunda mais velha (bem vinda aos 27…) do "grupo", e a nobre impulsionadora da moda "Orange é Fashion".

Parabéns, Amiga!
Quero que saibas que é especial a tua gargalhada histérica, a tua voz de Calimero e os teus 40 kg de gente.

Eu ainda aqui estou!!!

Abri. Li. Escrevi. Apaguei. Fechei.

Hoje, a noite foi dedicada a ler blogs dos outros.
Não me apetece escrever nada.
Estou cheia de sono. Amanhã dou notícias.

Parece que está a chover...

21/02/2004

Hoje, estou aqui

para falar de uma das piores sensações que uma pessoa pode ter.
Não me venham cá falar de desgostos de amor, de corações partidos, porque esta sensação é pior do que estas todas juntas. E, com certeza, muita gente vai concordar comigo: a comichão no pé.
É terrível termos comichão no pé. Ainda é pior, quando temos uns sapatos apertados, onde não cabe nem o dedo mindinho. E quando a comichão é mesmo no meio da planta do pé, onde nenhum dedo lá chega, dá mesmo vontade de dizer os piores palavrões que se conhece.
Reparem na cena: um jantar, com a pessoa especial, onde queremos mostrar o nosso lado mais sexy (estou a falar de exemplo de mulheres, óbvio), em que aparecemos com o nosso vestido mais sexy, o nosso cabelo impecável, maquilhagem "just perfect", saltos agulha de 8cm e, de repente, a p*** da comichão no pé. Sentadas, num restaurante "finésimo", o que é que podemos fazer? Desatar a bater com o pé no chão, a ver se aquela porcaria passa? Descalçar o sapato, pôr o pé em cima da mesa, e coçar? Ou, simplesmente, fugir para a casa de banho? Que coisa tão deselegante...
Pior pior, é ter comichão no pé quando estamos a conduzir.
Pior pior pior, é comichão no pé, a conduzir, com botas altas.
Pior pior pior pior, é comichão no pé, a conduzir, com ténis-bota (daqueles que têm uns dez buraquinhos para os atacadores, e que demoramos, normalmente, 15 minutos a calçar).

Haverá sensação pior que esta?