12/04/2004

Porto - Dia #1

Só saímos do Teatro depois do almoço.
A viagem foi um stress. Não fui eu a conduzir e eu stresso um bocadinho quando sou conduzida por senhoras com as maminhas em cima do volante, que levam as mudanças até à última rotação (segundos antes do motor explodir), e por isso tentei dormir. Mas, as travagens bruscas no meio da auto-estrada sem ninguém à frente nem atrás nem ao lado acordavam-me 20 vezes por minuto, e devo ter passado pelas brasas entre Torres Novas e Pombal.
Enfim... Não foi mau de todo.
Mau mau foi o trânsito caótico da Invicta.
Mau mau mau foram as obras com que nos deparamos rua sim rua sim.
Mau mau mau mau foi percorrermos a cidade em primeira, a 30 Km/h, completamente perdidas. Foi assustador. Senti-me no limite entre a vida e a morte, entre a resignação e o inferno, no limbo. Mas consegui chegar salva ao destino. Não muito sã, mas salva.
Comecei logo a trabalhar, mas esta é a parte boa da história. Pelo menos, é normal.
O hotel é bonzinho. Nada de muito especial, mas tem bom aspecto, cheira bem e é arrumadinho. Fica mesmo junto à Rotunda da Boavista (que também está em obras) e do Shopping Cidade do Porto – onde jantei bem e barato, lá perto das onze da noite.
A televisão do quarto só tem oito canais: os quatro nossos (que têm a programação que têm) e outros quatro por satélite, dos que não interessam a ninguém: Eurosport, um italiano e dois alemães. Nem tem a SIC Gold! Como é que eu vou ver a Casa na Pradaria?? Como é que eu vou saber como anda a família Ingalls?? Como??
Resultado: fiquei a ver um documentário no canal 2 sobre os Imperadores Chineses e a sua vida na Cidade Proibida, rodeados de Eunucos e Gueixas e, à meia-noite e meia estava a dormir. Lá se vai o exercício de habituar o meu corpo a dormir pouco...

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