30/06/2014

Conta uma história em 6 palavras

No workshop de escrita que fiz este sábado com a Dora, ela falou de um projecto que nasceu de um desafio feito a Ernest Hemingway: contar uma história em 6 palavras. A história que ele contou foi esta:

For sale: baby shoes, never worn.

O desafio foi-nos feito durante o workshop. Estando nós na Lx Factory, em baixo da ponte e com o sol a aquecer o dia, a minha história só podia ser sobre as férias:

Passo a ponte. Voltarei mais morena.

Claro que não tem o drama e o peso de uma história à Hemingway, mas foi o que se conseguiu arranjar em 3 minutos. Quando cheguei a casa, pus-me a ler sobre o desafio e encontrei imensas coisas giras e tenho passado os dias a pensar em novas histórias. Vou tentar encontrar novas histórias para partilhar convosco mas, ao mesmo tempo, lanço-vos o desafio: partilham as vossas histórias comigo?

20/06/2014

O assunto difícil.

- Mamããããã?
- Sim?
- Eu não quero morrer! - voltou a conversa da morte. Assim. Sem aviso nem prefácio.
- Sabes, António, vamos todos morrer! Mas só morremos quando formos muito velhinhos.
- A Dadá* é velhinha. Ela vai morrer?
- Vai. Mas ela não é velhinha. Só é mais crescida.

(silêncio)

- Mamããããã?
- Siiiiim?
- O que é que acontece quando as pessoas morrem?
- Elas param de respirar, o coração pára de bater...
- E depois?
- Então, depois... deeeeeeepooooooiiiiiiiis...
- Elas vão para as nuvens?
- Isso: vão para as nuvens!

(silêncio)

- Mamããããã?
- SIM!!
- Quando as pessoas morrerem todas, o planeta Terra fica vazio?




* O nome que ele deu à Avó materna e que agora também é usado por todos os outros netos.

19/06/2014

O lado obscuro do FB.

Eu gosto do facebook. Tem coisas giras, larachas da malta, já me ajudou a reencontrar muitos amigos (alguns que não via há 20 anos), deixa perto de nós quem está longe, mostramos à família a evolução dos miúdos, que eles não podem acompanhar por causa da distância, aprendemos, trocamos experiências, temos ideias para o jantar, para fazer móveis, para arrumar o quarto dos putos, sei lá! É uma infinidade de informação que nos ajuda a gerir a vida/familia/amigos, desde que não se torne uma obsessão e se saiba ter uma vida para além da cronologia (porque ela existe, apesar de algumas pessoas que eu cá sei ainda não terem percebido).
Mas (há sempre um mas, certo?) com o facebook também nos chega outro tipo de informação e imagens que impressionam e doem e magoam e das quais não podemos fugir. Um delas foi uma fotografia do mundial no Brasil, onde se vê umas largas dezenas de adeptos, de um país qualquer que eu não consegui fixar, que passam por um caixote do lixo. Dentro desse caixote vê-se uma mulher (nova? velha? não se sabe) à procura de comida. 
Se isto foi ficção ou montagem, não sei. Mas é uma coisa que me deixa inquieta e com a qual eu não sei lidar. 
Hei-de aprender. Ou não.

16/06/2014

Nova cara.

O que eu queria mesmo é ter jeito para estas coisas, mas até não me saí mal: a Casca mudou de aspecto e livrado-nos daquele amarelo do passado. 
Acho que está mais clean, mas prometo que em breve a foto é actualizada. 
Espero que gostem!!

12/06/2014

Mamã, não leias isto:

O difícil não é mudar fraldas de hora a hora.
O desafio está em escrever o post anterior sem a palavra merda lá no meio!

A vida perfeita.

Cansei-me de ler bloggers com vidas perfeitas e férias perfeitas e filhos perfeitos passados a ferro e penteados 24 horas por dia. Cansei-me por pura inveja, claro! Não tenho orçamento para passar um fim de semana fora por ano, quanto mais um por mês (ou todos!). E aqueles dois dias que escolhemos para passar fora até porque vão estar 38º à sombra e temos à disposição (e à borla) uma casa com piscina e vista de rio de fazer inveja a muitas bloggers tranco-chiques, 66% dos filhos arranjam uma diarreia de mudar fralda de hora a hora com direito a quatro mudas de roupa por dia, cocó líquido a pingar pela casa e muita nalga assada e empastada em ZN40.

Decisão do mês: apagar bloggers fofis do feed.