29/09/2014

Na alcofa (edição extra).

A escolha da foto da alcofa deste mês foi difícil. Consegui tirar a foto que queria da princesa da casa. Mas depois tivemos um pequeno invasor, já no final da sessão de fotos e eu não consegui resistir. Ainda pensei em colocar uma foto dos dois, tal como aconteceu na alcofa do Manu pelos 7 meses. O problema é que não consegui escolher apenas uma. O que tinha piada era mesmo a sequência de fotos, as expressões, os carinhos, os sorrisos.
Ter irmãos é muito bom. Ter filhos é ainda melhor. Poder dar irmãos aos filhos... bom, isso é fantástico!



27/09/2014

Na alcofa.




Cinco meses. Dois dentes. Já come sopa e fruta: deu luta, mas conseguimos! É uma curiosa, atenta a tudo o que a rodeia, não perde nada. Uma risonha, até para quem não conhece. Já vai começar a escola na segunda feira, o que deixa esta Mãe em pequenos sobressaltos. Pequenos mesmo, que isto ao terceiro filho já não dói tanto.
Continua linda de morrer: aqueles olhos cinzentos a olhar para mim, cada vez que precisa de conforto. Caracóis ruivos e rebeldes, pele branca e suave. Uma princesa. 
A pequena princesa Teresa.

24/09/2014

Sem título


Esta foto veio parar-me às mãos. Não sei quando foi tirada, não vi, não assisti ao momento, não conheço o contexto. Mas já é uma das fotos da minha vida.
Quando falo de Família aos meus filhos, quando lhes explico que os irmãos são os melhores amigos, quando ensino que as primas são irmãs que vivem noutra casa, quando lhes mostro que podem andar às turras desde que se respeitem, é isto que eu vejo. Tudo isto está nesta fotografia.
Quem não sabe, este é o meu irmão com o meu filho do meio. É aquela pessoa com quem eu mais impliquei na minha vida com o meu filho rebelde que passa muito tempo a implicar com o irmão. 
Não sei se é a cumplicidade, se a paz, se a confiança que sentem um com o outro. Talvez os sorrisos e as palavras que lhes adivinho. Quando esta foto foi tirada, estávamos num encontro de família com cerca de 60 pessoas. Tiramos várias fotografias ao grupo. Mas se me pedissem para escolher a foto que representa a Família, esta seria a foto.

23/09/2014

Momento emotivo do dia III:

Chegamos à escola mais tarde que o habitual. Entramos e, como de costume, atiramos um bom dia para o escritório que fica mesmo na entrada. Começamos a subir as escadas, olhamos para cima e estão os amigos todos dele lá em cima. Começam a cantar os parabéns, com a Educadora. Paramos com a surpresa. Olho para ele que não sabe muito bem como reagir. Só me apetece chorar e não consigo evitar uma lágrima. 

(Durante aquele minuto, olho para todos aqueles miúdos que conheço desde que têm um ano. Como cresceram. Como cresceu o meu bebé que não gosta de dormir.)

Momento emotivo do dia II:

De manhã, fui buscá-lo e levei-o para a nossa cama. Ficamos os três num abraço bem apertado e cantamos os parabéns. Ele ria baixinho, esfregava os olhos e, de vez em quando, soltava gritinhos nervosos. "Queres os teus presentes?", perguntei. "Sim!". E fui buscar três embrulhos: "este é da Teresinha, este é do Manu e este é dos Papás", expliquei. "Oh, e eu não tenho nenhum??".

Momento emotivo do dia I:

Já passava da meia noite, fui espreita-lo. Adoro vê-lo a dormir, sentir a respiração calma, o corpo quente, o ar sereno. Sussurrei "parabéns, António" e ele nem se mexeu. Voltei para a sala onde o J via um filme, sentei-me no colo dele: "o nosso bebé já tem cinco anos". E desabei.
Ali ficamos um bom bocado a lembrar aquele dia, há cinco anos, e como a nossa vida mudou. 

O amor é um lugar estranho, dizem. Eu concordo: mas é o meu lugar preferido.

22/09/2014

Carta ao meu filho que ainda não sabe ler.

Não sei se algum dia vais ler isto, António, mas hoje escrevo para ti. Hoje, que fazes cinco anos (inteirinhos!!). Hoje, que faz cinco anos que sou Mãe. Hoje, que faz anos que me mudaste para sempre. 
És um menino muito especial, sabes? Podes pensar que eu digo isto só porque sou tua Mãe. Provavelmente, terás razão. Mas para mim, tu serás sempre o melhor filho, o melhor irmão, o melhor neto, o melhor sobrinho e, mais recentemente, o melhor primo. Gosto de te ver brincar com o mano. Gosto que gostes de fazer rir os teus irmãos: as tuas palhaçadas, as tuas músicas, os teus mimos. Gosto do teu carinho com as primas, o cuidado e preocupação com elas. O que eu gosto mesmo é que vejas a Família como uma Família e que lhe percebas a importância. E eu sei que nessa cabeça (tantas vezes muito distraída) tu percebes quão importante ela é.
Gosto de te ver brincar sozinho. Gosto das histórias que inventas, de te ver no teu mundo de Faíscas e Jakes, gosto que faças de um chinelo o navio pirata, gosto de faças um quadrado de molas e lhe chames de "minha casinha". Gosto que vibres com o futebol (tinhas mesmo de ser do Benfica????), gosto quando vês jogos e discutes com os jogadores que não marcam golo, gosto das tuas dicas ("chuta daí!!"), gosto de te ver a roer as unhas com os nervos.
Há algumas coisas que eu não gosto, António, mas essas agora não importam para nada porque hoje é o teu dia. E neste dia, vais fazer as coisas que mais gostas: vais à escola e vais ao futebol. E vais ser o campeão. Porque ser campeão não é só marcar golos e festeja-los com os outros meninos da tua equipa. Ser campeão é ser o menino que és: aquele que faz massagens à Mamã quando a vê com dores, aquele que dá o brinquedo preferido ao mano, aquele que chora com saudades das pedrinhas que guardou nas férias, mas também aquele que tem coragem de subir à grua do Tibidabo, aquele que come strogonoff duas vezes, aquele que ensina o Pai a jogar Angry Birds.
Parabéns, António. Estes cinco anos fizeram de mim uma pessoa rica. Tu foste o meu primeiro tesouro.

20/09/2014

Kindle

O que é que fomos mesmo fazer a Barcelona? Desde que a Amazon.uk passou a cobrar gastos de envio para Portugal, as minhas compras têm sido feitas na Amazon.es. Esta foi a última e fomos lá busca-la:



E como estou contente!

19/09/2014

Férias 2014 ou Endless Summer - notas soltas

- O Manu ficou sem sapatos a meio das férias: todos os que tinha levado deixaram de servir e eu recusei-me (ainda que por uns dias) a gastar dinheiro nuns novos que iria usar tão pouco tempo. Rendi-me à evidência que o miúdo já não para quieto e que as férias não foram passadas em exclusivo na praia, e descobri uns chinelos por 7€, que comprei no Algarve. Ele andou 90% do tempo descalço. Chorei-os como se fossem 70.


- O António, sempre que chegava à praia perguntava pelo creme de assoar. Só ao terceiro dia é percebemos que era o creme solar.

- Numa brincadeira em casa, a cabeça do António teve um encontro imediato de terceiro grau com a esquina da mesa de cabeceira. Teve sangue e tudo. Partir a cabeça em Barcelona traz algum charme, certo?

- A Teresa adorou andar mais de um mês de colo em colo, de passeio em passeio, de viagem em viagem. Desde que chegamos, está mais rabugenta, mais chorona e mais chata.

- O António pensou que eram as gaivotas que arrumavam a bandeira e que "fechavam" a praia.

- O Manu fala imenso, repete tudo, compreende tudo, faz recados simples (pôr a fralda no lixo, dar a chuchinha à Teresa). Deixou de ser o bebézão e está sempre a chamar o irmão para brincar: "Nóni!!"

- O António roi as unhas. 

- No Algarve, os miúdos passaram uma semana na rua: praticamente só entravam em casa para dormir.

- O Manu, destemido, adora a piscina e já pensava que, finalmente, tinha um filho que me acompanhava dentro de água. Até que caiu na piscina. Pronto, Teresinha, és tu que vais ser a minha salvação...

- Nestas férias, cada um de nós dormiu em 6 camas diferentes.

18/09/2014

Férias 2014 ou Endless Summer - semana 5

O meu marido só tem férias em Agosto. E Agosto é o mês da confusão, é o mês mais caro, é o melhor mês para se trabalhar. Detesto tirar férias em Agosto. Acabamos por ficar sempre entre Lisboa e o Porto e pouco mais.

Este ano, tivemos um bebé. E a licença de paternidade veio alargar as férias da família para o meu mês preferido: Setembro. Partimos rumo ao Algarve. Cabanas de Tavira. Parque de campismo. Bungalow. (Ah! pensavam que eu era menina para dormir no chão e tomar banho em cabines públicas? NOT!)



Foi uma semana muito boa. Perfeita, só mesmo se o vento abrandasse e nos deixasse ir à praia de tarde. Ainda assim, conseguíamos ir de manhã e de tarde ficávamos na piscina do parque que estava mais abrigada. 


Os miúdos cresceram tanto, nessa semana: iam ao parque infantil sozinhos, arranjaram amigos, tiveram a liberdade que quiseram e que precisavam. Principalmente, o António. Foi uma semana muito boa, mesmo. Já está reservado o mesmo bungalow para 2015!! 



(Estão a contar? Cinco semanas, sexta cama.)

17/09/2014

Férias 2014 ou Endless Summer - semana 4

Foi a semana da Costa da Caparica.

Esta semana não foi muito emocionante: íamos à praia de manhã até às 11, voltávamos para almoçar, dormir a sesta (o Manu) e adiantar o jantar (eu), voltávamos para a praia pelas 17 até às 19.30, voltávamos para casa, banhos, jantares, xixi, cama.

No primeiro dia, levamos a Teresa: passou a manhã a dormir. À tarde, estava tanto vento que ela não saiu do ovinho e mesmo assim, quando mais tarde a despi para tomar banho, ela tinha areia dentro da fralda. Den-tro!! A partir daí, passei a ir com os rapazes para a praia e o J ficava com ela em casa: assim como assim, ele não é fã de praia, eu não consigo ficar em casa e a Teresa não pode apanhar sol.

Foi a primeira vez que fiquei na Costa. Nunca tinha feito mais do que umas horas de praia e, há muitos anos, uma passagem de ano. Fiquei bem impressionada com as pessoas, a gentileza, a simpatia, a entre-ajuda que fui reparando: são diferentes as pessoas que vivem ali (ou que ali passam o verão) das que vão só à praia. Fez-me lembrar as férias que eu passava em Sesimbra, todos os anos encontrávamos as mesmas famílias, as mesmas pessoas nos mesmo sítios na praia, a mesma senhora do supermercado.

(Quatro semanas, quinta cama)

16/09/2014

Férias 2014 ou Endless Summer - semana 3

A viagem estava marcada desde 26 de julho.

Para quem não sabe, eu tenho uma parte do meu coração em Barcelona. Por duas razões: uma porque é a cidade que me apaixona e que me fazia deixar Lisboa sem pensar duas vezes; outra, porque é lá que vive (quase há 10 anos) a minha prima-irmã-amiga-maior-que-a-vida, a P.. Se mais razões fossem precisas, eu já não ia a Barcelona desde a minha lua-de-mel e estava a morrer de saudades da cidade.

Em julho, no final de um almoço com a família de coração, em que eu e a P. estivemos juntas mas que não chegou para os mimos que precisava (ela também teve uma bebé este ano e eu ainda não tinha beijado aquelas mega-bochechas as vezes suficientes), perguntei ao meu J, muito chorosa, "e agora, quando é que as vejo outra vez?". "Mas vocês passam os dias a conversar no viber!!", "não é a mesma coisa...","então, vamos em agosto!" E o meu rosto iluminou.

Fizemos contas à vida, às horas de viagem, à revisão do carro, e no dia 16, pouco faltava para a uma da manhã, fizemo-nos à estrada. Fizemos, praticamente, metade da viagem de noite com os miúdos a dormir (e eu também). A segunda metade foi dura, não pelos mais pequenos, mas pelo António que já está mais difícil de distrair. Jogamos o jogo das rimas, do "eu estou a ver", das adivinhas, dos números, das matrículas, paramos de duas em duas horas, comemos farnel que trazíamos de casa e só chegamos ao destino no final do dia. Mas valeu a pena, oh se valeu!



Visitar uma cidade com crianças é toda uma nova experiência: fiquei a conhecer todos os parques infantis da Horta até Gràcia! Mas também conseguimos ir às Ramblas, a Barceloneta, molhar o pé no Mediterrâneo e ao Tibidabo (para nós, ir a Barcelona sem ir ao Tibidabo é como ir a Roma sem ver o Papa), onde andamos várias vezes nas diversões à pala de uma família de emiratis que nos deram umas 12 senhas de entrada. Roda gigante, avião, grua e carrossel: tivemos direito a tudo!

A roda gigante

O avião que saía fora da montanha

A roda gigante vista da grua: era mesmo muito alto!

No regresso, fizemos ao contrário: saímos de manhã e chegamos a Lisboa de madrugada. Mas claro que a viagem de volta foi mais cansativa, mais longa e mais chata: a motivação não era a mesma. 

Nesta altura, em três semanas de férias, cada um de nós já tinha dormido em quatro camas diferentes. Ainda as férias iam a meio...

15/09/2014

Férias 2014 ou Endless Summer - semana 2

Na verdade, de "summer" estas férias não tiveram muito. Tivemos azar com o tempo, o vento perseguiu-nos, não senti aquele calor abrasador que gosto e que me faz vibrar.

Na segunda semana das férias, os miúdos voltaram à escola. Com cinco pessoas num t2, tivemos que fazer umas mudanças para nos encaixarmos sem ter de saltar por cima de móveis. Assim, trocamos de quarto: os miúdos ficaram com o quarto grande e nós mudamos-nos para o pequeno. Com a ajuda preciosa da minha sogra, montamos um beliche, melhoramos o espaço, destralhamos um bocadinho, mudamos a decoração (deixamos o mundo azul, porque agora há uma menina no quarto). Foi uma semana de "Querido, muda aí a casa que eu tomo conta dos filhos".


O mais engraçado foi ver a reacção dos rapazes, que só viram o trabalho final. O António ainda vê coisas novas todos os dias, "oh Mamã, ainda não tinha visto isto!", o Manu anda todo entusiasmado com tantas coisas para explorar (e desarrumar, o patifezinho) e a Teresinha já dorme no quarto com eles. 

Confesso que a minha parte preferida foi ir ao Ikea com a lista de compras. Senti-me uma verdadeira designer de interiores. Mas quisemos fazer tudo em pouco tempo, porque tínhamos algo em mente há já algum tempo... Mas sobre isso, escrevo amanhã!

11/09/2014

Na alcofa.




(Perdoem-me o atraso, por favor.)
Está comprida, pesada, com cara de princesa. É super mimada, reclama colo (e com razão, coitada, que tem dois manos que chamam muuuuito a atenção). Já dorme no quarto dos manos, dorme noites inteiras, baba muito. Já passa mais tempo acordada, dá gritinhos porque descobriu a voz, passa longos minutos a brincar com os pés e com as mãos. Tudo o que apanha, leva à boca, mas de uma maneira tão trôpega que nos faz rir.
Depois destas férias, posso dizer que esta miúda é uma resistente. Mas sobre isto, falarei noutros posts.