22/07/2009

Carrinho do Babe

A saída de ontem foi muito proveitosa. Além de termos aprendido quais os sinais de parto e o que fazer quando um deles aparece e de termos almoçado fora numa esplanada fresquinha no centro de Lisboa, foi a primeira vez que saí à rua desde há 3 semanas (o caminho maternidade-casa não conta, ok?). Soube tão bem andar de carro, apanhar o vento na cara, refilar com a condução do J, caminhar um bocadinho...
Mas não foi só esta a parte interessante do meu dia. A parte interessante é que compramos o carrinho do António! Fomos espreitar uma loja que vende coisas de criança e pré-mamã em segunda mão e muito mais barato! Chama-se Kid-to-Kid e fica ali para os lados de Picoas. Lá encontramos o carro que queríamos (ou uma das hipóteses possíveis), com o ovinho incluído, praticamente novo e muito, muito em conta! É este (ignorem o modelo do meio, que eu não quis a alcofa):

Eu, que fui cresci com a roupa das minhas primas (e a bicicleta, e as roupas da Barbie, e as loucinhas), que depois passaram para as primas mais novas, sou uma defensora fervorosa deste conceito e até já tinha ido espreitar esta loja algumas vezes. E ficamos bastante contentes com a compra.
Quem sabe que vai "herdar" este carrinho, quando o António for crescido?

20/07/2009

14/07/2009

O QUÊ???

O Harry Potter e o Príncipe Misterioso vai estrear esta semana e eu tenho que estar em casa em repouso absoluto????

Please, algum pirata generoso poderá resolver esta questão por mim? Com legendas, por favor.

Já em casa,

mas ainda em Maternidade-mode.
Isto é tão verdade que, ao ler as notícias online esta manhã, onde estava escrito "acórdão do Tribunal" eu li "cordão umbilical".

Tztztz

11/07/2009

Turistas de Hospital

Estão internadas como as outras, em repouso absoluto, mas não param deitadas na cama nem cinco minutos seguidos. Vão espreitar os bebés das outras no berçário sem autorização e fazem amizades em todas as enfermarias. Vão em grupo fumar cigarros "às escondidas", como fazíamos na escola secundária aos 15 anos. Opinam sobre tudo e sobre todas, sabem os efeitos de todos os medicamentos e conhecem mais especialidades médicas do que o Directório Clínico da Médis. Têm todas as doenças que existem, até aquelas que causam as dores mais insuportáveis, mas não se calam por dois segundos nem para respirar entre as frases. Dizem mal da comida, das toalhas, das torneiras, dos seguranças, da falta de segurança, das camas, das auxiliares, da equipa de enfermagem (a quem costumam dar umas aulas), dos médicos que nunca viram e ameaçam pedir o Livro Amarelo por tudo e por nada. Queixam-se que a sopa não tem sal, que os brócolos são salgados, que a fruta é sempre a mesma, que o leite é meio-gordo, que o arroz de grelos não tem grelos e que nunca servem esparregado. Trocam receitas e revistas em formato A5 e discutem a vida dos famosos como se da sua própria vida se tratasse. O nível de decibéis da voz é superior ao desejado e ainda é maior quando ameaça a "peixeirada". Recebem visitas com quem falam muito alto e que oferecem ramos e ramos de flores que ficam espalhadas pelo quarto exibidas em jarras de louça made in Caldas da Rainha. Têm o volume do telemóvel no máximo, ligam a televisão na TVI com o volume alto de modo a ouvir bem as novelas todas.
Queixam-se de tudo e de todos mas a atitude é de quem está a adorar umas férias pagas no Hospital público.

08/07/2009

Não se entende...

Eu aqui a fazer um esforço enorme para manter o Babe dentro da barriga, e mesmo ao meu lado uma senhora que só se queixa que está farta da barriga dela.

Como é possível alguém não gostar de estar grávida???

07/07/2009

O que eu estou / vou perder:

- o orgulho de exibir a minha barriga por todo o lado;
- a praia, o verão, o sol;
- as aulas de hidro-ginástica;
- o curso pré-natal;
- a escolha dos últimos pormenores do quarto do Babe;
- a escolha do carrinho do Babe;
- os primeiros dias da casa nova, as decisões a dois, a estreia, as festas de inauguração;
- os vestidos frescos e as sandálias abertas, que tão bem ficam com a minha barriga;
- as férias, as folgas, os dias de trabalho, os fins de semana;
- as ecografias com o Dr. Amadeu e os ataques de riso que elas nos provocam;
- gelados, chocolates, sumos de fruta à beira mar, noites em esplanadas, fins de tarde a ver o pôr-do-sol...

E muitas mais coisas que eu não consigo escrever porque já não vejo o teclado por causa da água que sai dos meus olhos.

06/07/2009

Nada de novo...

Ainda vou ficar por aqui. As contracções voltaram, o colo do útero não aumentou e o repouso absoluto tem de continuar. As boas notícias é que o Babe está bem, está a crescer normalmente e já pesa pouco mais de um kilo.
Saber que tinha de ficar despedaçou-me o coração.
Saber que o Babe está bem, encheu-me de vontade de fazer tudo bem desta vez, tudo o que os médicos obrigam e tudo o que a minha Mãe e o que toda a gente me exige. Isto é: repouso absoluto onde quer que seja. Se me deixarem ir descansar para casa, irei toda contente. Se tiver que continuar por aqui, ficarei. Menos contente, mas ficarei.

O que eu já perdi:

- o casamento em Gaia;
- o espectáculo anual do Conservatório Nacional;
- dias de trabalho e marcações de rotinas mensais (isto são coisas de gaja);
- a Feira Internacional de Artesanato (e o que me custou esta...);
- a Wolrd Press Photo;
- vários episódios do Project Runway (sorte é que já tinha visto esta série);
- os Contemporâneos de ontem.

E ainda vou perder Dave Mathews no Optimus Alive.

05/07/2009

O que é ser boa Mãe?

Acho que só agora me dei conta que o António podia mesmo ter nascido de 6 meses por erros meus.


E isto dá-me uma vontade incontrolável de chorar.

04/07/2009

Casa Nova

Com toda esta confusão de urgências, internamentos e grandes sustos, deixei a casa nova de pantanas e com tudo por arrumar. Não fosse a ajuda preciosa da minha sogra, ainda estaria tudo por arrumar. O meu marido, que é o melhor do Mundo, sabendo o que me tem custado não participar na arrumação da casa nova, tem enviado updates regulares.
Tipo isto:


A minha casa nova está a ficar um espectáááculo! Até tem uma cozinha a sério!

03/07/2009

Ah!

Entretanto, esqueci-me de dizer que estamos bem: as contracções já pararam, o babe está calminho e eu também. Vou ter de ficar aqui no fim de semana (seca) e na segunda feira logo se vê.

MAC

Directamente da enfermaria da Maternidade Alfredo da Costa, onde estou desde 4a feira.
O António pensou que já estava na hora de vir ajudar as mudanças e como sentiu a mãe dele a carregar móveis com um stress do caraças (acho que carreguei mais móveis do que os senhores sul-americanos que contratei), começaram as contracções e o colo do útero diminuiu.
Não estava à espera que me obrigassem a ficar aqui, por isso o choque foi bem grande quando ouvi as médicas nas urgências a dar-me a notícia. Depois de desesperar muito e de me sentir a grávida mais idiota do mundo e de ter chorado baba e ranho durante horas, acho que aqui estou realmente melhor. Primeiro, porque a casa nova (onde só consegui dormir uma noite) ainda tem muita coisa por arrumar e eu não ia conseguir ficar a olhar para o caos sem o arrumar. Depois, porque estou a ser muito mimada e muito bem tratada por toda a gente: a minha médica vem ver-me todos os dias, estamos a ser vigiados regularmente, como a horas certas e comida saudável e durmo muito bem. Não podia estar melhor.
É uma valente seca, ouvir falar de gravidezes e bebés e dilatações e placentas o dia todo. Mas é um mal necessário.

Moral da história: aquelas frescuras das grávidas dos pesos e do descanso e dos mimos e etc., não são frescuras. Sempre acreditei que gravidez não é doença e sempre fiz questão de fazer tudo o que fazia antes de engravidar. Pois, não se pode. Agora, sim, acredito que as frescuras não são de todo frescuras. Agora, sei. Mas foi preciso ver o António a ameaçar que nascia aos 6 meses pra acreditar...