18/09/2017

Perguntas.

A minha cabeça está cheia de perguntas. Perguntas que me perseguem, umas que me atormentam, outras que só me acompanham. Umas tiram-me o sono, outras levam-me às lágrimas. Umas que, tenho a certeza, farei um dia, outras que morrerão sem resposta. Umas mais simples, outras mais complexas.
Podia fazer aqui uma lista, mas são tantas e, cada uma delas, dirigida a uma pessoa diferente. Trazê-las para aqui não lhes vai dar respostas.

(Será que quero saber as respostas?)

Um dia, quando tiver coragem (ou quando perder o filtro), faço-as todas de rajada. Como as metralhadoras. 

Entre mortos e feridos, alguém há-de escapar. 


16/09/2017

Das dores boas.

O Ballet recomeçou há pouco mais de 15 dias: barra de chão, como todos os meses de setembro. Eu, que não parei nas férias (corridas, caminhadas, exercícios em casa), percebi que os meus abdominais foram esquecidos. Coitados. O que eles sofreram naquela hora.

Na quarta feira passada, ainda doridos, foram massacrados em mais uma aula de barra de chão. Esforcei-os ainda mais e eles ressentiram-se: doía-me só de tocar. 

Não contente com isso, quinta feira fui correr em passadeira. Experiência nova para mim, mas até nem desgostei. Acordei no dia seguinte com ainda mais dores nos abdominais e umas dores novas nos gémeos. Como doíam...

Não contente com isso, hoje de manhã decidi que seria uma boa ideia fazer outra aula de barra de chão.

À tarde, tive um ataque de tosse.
Ia morrendo.


11/09/2017

Como já devem ter percebido, o Facebook está démodè.

Ah, não sabiam? Apanhei-vos desprevenidos? Ainda usam o FB como a rede social por excelência? Pois é. O FB está moribundo e completamente fora de moda. Agora, o que está a dar é o Instagram. Isto é uma verdade absoluta e, se não acreditam, perguntem a qualquer pessoa com menos de 20 anos e ela confirmar-vos-á.
Adiante...
Tenho passado algum tempo a passear no Instagram, sobretudo nos meus tempos livres. (Ahahahah!, tempos livres... Tão gira, a míúda a dizer piadas!). Se carregarem naquela lupa em roda pé da aplicação, surge todo um mundo novo de contas Instagram de pessoas mais ou menos conhecidas, mais ou menos bonitas, mais ou menos interessantes, mais ou menos fúteis, com mais ou menos conteúdo. Ali, aparece de tudo.
A conlcusão a que chego é que, para teres uma conta Instagram da moda, tens de andar sempre acompanhada por alguém que te tire fotos. De preferência, daquelas fotos em que parece que estás à procura da moeda que deixaste cair, ou que estás desprevenida a rir para o ar, ou ainda daquelas em que apareces acabada de acordar (sem olheiras, sem mau hálito e sem as marcas do lençol na cara, como é óbvio).


Óbvio também é que eu quero ter uma conta de Instagram da moda! (Btw, diz-se conta ou perfil? Respostas nos comentários, por favor.) Para isso, tenho de aparecer a olhar para o chão, a rir para o ar ou, a cereja no topo do bolo, com uma bóia em forma de flamingo numa piscina qualquer (esta última, foi logo descartada por falta do requisito principal chamado, lá está, piscina). Para tirar as outras, e como os caríssimos leitores bem sabem, tive que contar com a ajuda de três crianças, com idades entre os 3 e os 7 anos, e os seus belíssimos dotes fotográficos.



Vá, digam lá de vossa justiça. Não nos saímos muito mal, pois não?

10/09/2017

O regresso

Cinco meses depois, o regresso.
As férias acabaram, os sonhos morreram, as borboletas foram enterradas.
A rotina voltou, os miúdos estão enormes, setembro chegou cheio de novidades.

Respondendo ao pedido de várias pessoas durante estes cinco meses, vou tentar voltar.
Não vos prometo assiduidade, qualidade, quantidade. Não vos prometo boa disposição todos os dias. Nem prometo o mau feitio regular. Prometo, sim, voltar a usar a Casca como o refúgio que é desde 2003.

Já tinha saudades.

Stay tuned!

09/09/2017

Quimeras.

É perigoso sonharmos ser mais do que aquilo que podemos ser. "A morte de um sonho não é menos triste que a própria morte*" e eu já estou cansada de enterrar quimeras.
A maldição da mulher moderna é esta mesmo: foi-nos dada a ilusão que podíamos ser o que quiséssemos: óptimas profissionais, excelentes mães, esposas perfeitas, donas de casa exemplares. E com tantas bolas no ar neste malabarismo patético, há sempre alguma que cai ao chão. Ou mesmo no meio da tua testa.
"Não te preocupes, vais refazer a tua vida com alguém". Como se uma vida refeita tenha, obrigatoriamente, que passar pelas mãos de outra pessoa. Como se fosse fácil ter espaço para um emprego e filhos e casa e uma vida pessoal. Como se fosse dado a escolher "com quem é que agora queres passar o resto dos teus dias?". Como se fosse uma escolha só nossa. Como se o dia tivesse 50 horas. Como se fosse possível. Como se fosse fácil.

Sonhar é fácil
Difícil é sobreviver aos sonhos.


* Frase de António Lobo Antunes que eu costumo usar muito.