27/04/2004

A Casca está quase a fazer seis meses

e o meu caderno azul de argolas (que já não tem contra-capa) já está quase no fim.
O que começou por ser uma brincadeira, uma experiência, um desabafo, um apoio numa época menos boa da minha vida, é agora um vício, uma necessidade. Com quase 2000 visitantes, a Casca já me ajudou a desabafar, a conhecer facetas da minha personalidade que desconhecia, a deitar cá para fora alguns sapos engolidos vivos, ajudou-me a conviver com Amigos antigos, a perceber onde eles estão, quem eles são e, mais recentemente, proporcionou-me novas amizades.
Desde pequena que escrevo muito: diários, cartas, crónicas, contos, histórias infantis, de tudo. Mas nunca pensei em mostrar aos outros o que eu escrevo, e até escondo muita coisa. Agora, com a Casca, fico muito feliz por saber que sou lida.
Eu não escrevo para ser bonito, para parecer bem, para que os outros gostem. Claro que tenho essa preocupação, e os outros - vocês - passam-me pela cabeça quando escrevo. Escrevo apenas o que eu sinto, o que eu imagino, o que eu gosto. Sei que há uns dias que escrevo melhor, outros pior, outros nem escrevo. Mas também sei que é uma necessidade, esta vontade de escrever. E que me sinto uma pessoa mais calma desde que existe a Casca. Uma pessoa mais conciliadora comigo própria, que reflecte mais, talvez até mais apaziguadora.
E ainda, má ou boa, mal ou bem escrito, com ou sem criatividade, esta sou eu e é bom saber que está alguém desse lado.

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