que eu posso chamar casa.
Aqui sinto-me bem. Aqui, fecho os olhos e sei quem sou, onde estou. O cheiro, a luz, as cores. Sinto que é aqui que eu pertenço, apesar de não ser aqui que eu vivo.
S. Julião.
Os dias amanhecem todos iguais. Frescos, em tons de verde e azul, calmos. A luz aqui é diferente. Aqui, a luz tem mais luz, é mais clara e mais fria. Ouvem-se sons estranhos de animais estranhos, e ao final da tarde, quando o dia de praia já ficou para trás, o pôr do sol no Mar é mais calmo e cheio de paz.
Ali, não me importo com as horas, não me importo com as pressas. Basta pôr um CD, e o tempo passa muito devagar e há tempo para tudo e ninguém precisa de correr para lado algum. A banda sonora de todas as noites é o marulhar trazido pela brisa fresca, e eu, sentada na varanda, olho a Lua Cheia e espero pelo sono. Ali, os sonhos são sempre azuis. Ali, não há pesadelos.
E depois, tenho que voltar.
Sinto que pertenço a este lugar, mas este lugar não me pertence.
E volto a esta agonia de não saber onde estou. Sei que é ali que quero estar, mas...
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