Uma delas é a luz temporizada nas casas de banho públicas. Até compreendo que seja muito útil para a poupança de energia. Essas coisas ficam sempre bem agora: a poupança do recurso, enfim... O resto já todos sabemos. Mas irrita-me as figuras que se faz dentro de uma casa de banho com luz temporizada.
Ontem fui à casa de banho do restaurante X. Os problemas começaram logo na porta, porque eu perdi, no mínimo, trinta segundos à procura do interruptor para acender a luz. Quando, finalmente, percebi que não tem interruptores, já se fez uma fila enorme atrás de mim, com aqueles olhares reprovadores que só as mulheres sabem fazer.
Entrei e baixei as calças. Estou no meio do “trabalho”, quando, de repente, PUF, apaga-se a luz. Ainda tentei gritar um “tá gente!!”, mas lá percebi a tempo que, se aquela coisa acendeu sozinha, é natural que apague sozinha também.
E segue-se a parte mais desconfortável da cena: eu, de calças pelos joelhos, agachada, com o papel higiénico já devidamente preparado na mão direita, a olhar para a escuridão e a acenar com a mão esquerda, para que o detector de movimentos me detecte, e faça com que a luz se acenda. E não é que, nessas alturas, parece sempre que aquela porcaria avariou? Por mais que me mexesse e abanasse as mãos e me levantasse e saltasse, aquela porcaria não acendia.
Depois de me resignar, só me restou terminar às escuras. Subi as calças, apertei-as, procurei o trinco às apalpadelas e, qual não é o meu espanto, quando abri a porta, a luz volta a acender. Se tivesse cara, de certeza estaria a deitar-me a língua de fora, em tom de gozo.
Mas eu, qual mulher do século XXI, saí da casa de banho cheia de estilo, a olhar para as outras que estavam na fila de cima para baixo, como se tudo tivesse corrido bem, e ainda com direito a rímel e batom.
Ontem fui à casa de banho do restaurante X. Os problemas começaram logo na porta, porque eu perdi, no mínimo, trinta segundos à procura do interruptor para acender a luz. Quando, finalmente, percebi que não tem interruptores, já se fez uma fila enorme atrás de mim, com aqueles olhares reprovadores que só as mulheres sabem fazer.
Entrei e baixei as calças. Estou no meio do “trabalho”, quando, de repente, PUF, apaga-se a luz. Ainda tentei gritar um “tá gente!!”, mas lá percebi a tempo que, se aquela coisa acendeu sozinha, é natural que apague sozinha também.
E segue-se a parte mais desconfortável da cena: eu, de calças pelos joelhos, agachada, com o papel higiénico já devidamente preparado na mão direita, a olhar para a escuridão e a acenar com a mão esquerda, para que o detector de movimentos me detecte, e faça com que a luz se acenda. E não é que, nessas alturas, parece sempre que aquela porcaria avariou? Por mais que me mexesse e abanasse as mãos e me levantasse e saltasse, aquela porcaria não acendia.
Depois de me resignar, só me restou terminar às escuras. Subi as calças, apertei-as, procurei o trinco às apalpadelas e, qual não é o meu espanto, quando abri a porta, a luz volta a acender. Se tivesse cara, de certeza estaria a deitar-me a língua de fora, em tom de gozo.
Mas eu, qual mulher do século XXI, saí da casa de banho cheia de estilo, a olhar para as outras que estavam na fila de cima para baixo, como se tudo tivesse corrido bem, e ainda com direito a rímel e batom.
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