04/12/2009

Amamentação

Tenho andado com vontade de escrever aqui sobre um assunto... vá, delicado, mas tenho andado a adiar, nem sei bem porquê. Acho que agora será uma boa hora.
Desde que engravidei, andei a informar-me sobre tudo o que iria acontecer ao meu corpo, à minha vida e devorei livros e mais livros sobre gravidez e puericultura. Em todos eles falam da amamentação como uma dádiva, uma oportunidade para estreitar a relação Mãe-Filho, a maior proximidade que podemos ter dos nossos bebés depois do parto. Durante todos os nove meses, nunca sequer me passou pela cabeça não amamentar: seria um processo lógico e natural, para não falar de prático e económico.
O que acontece é que descobri que amamentar é das coisas mais difíceis que alguma vez fiz na vida. Eu, que até me acho bastante tolerante à dor, que tive um parto com ventosas, fórceps e tudo e tudo, já parti dois braços ao mesmo tempo, já andei de colar cervical sem conseguir mexer-me, entre outras coisas, nunca senti dores tão fortes como a dar de mamar. Mas dei. Dei e ainda dou e sei que proporciona o alimento ideal, reforçando o sistema imunitário do António e dando-lhe os nutrientes que ele precisa. As primeiras duas semanas foram as piores, sem dúvida, e tive muita vontade de desistir. Sentir choques eléctricos nas mamas durante 45 minutos, de três em três horas é qualquer coisa que eu dispensava.
Mas não desisti: olhava para o meu bebé e ia buscar forças, sei lá bem de onde, e continuava, sempre com a ajuda preciosa do meu marido. Até que, com um mês e picos, o António chorava desalmadamente e pedia maminha quase de hora em hora. Blá, blá, blá, picos de crescimento, dá mais mama, dá sempre, etc etc. Eu já não podia vê-lo nem ouvi-lo. Uma semana sem dormir foi o que bastou para pegar num leite em pó, fazer um biberão e dar ao meu filho. E que consolado que ele ficou...
... e eu também. Passei a dormir melhor, porque ele também dorme. Passei a descansar, a passear sem medo que ele quisesse comer a todas as horas. Agora, dou-lhe maminha e biberão, e sinto que estamos todos muito mais felizes.

Isto tudo para dizer que não posso ser julgada por não conseguir dar de mamar ou por não ter leite suficiente. Não posso sentir-me menos Mãe porque vou passar a dar biberão ao meu bebé. Prefiro ser uma Mãe descansada e feliz, e olhar para o meu bebé feliz com biberão, do que andarmos os dois que nem nos podemos ver só com maminha. A minha consciência pesou muito e no primeiro biberão fartei-me de chorar. Quando me perguntam o que ele come e digo "aleitamento misto", parece que um peso me cai nos ombros e parece que sinto olhares reprovadores das outras recém-mamãs. Mas olho para o António com dois meses e pouco e quase 6kg, com ar de bebé feliz, e fico muito mais descansada.

28/11/2009

Felicidade

Sou feliz quando olho para eles. São os amores da minha vida!

Partilhem aqui o que vos faz feliz. vos espero!

27/09/2009

Sou Mãe há 5 dias

e parece que o parto já foi há séculos!
Mas não é do parto que quero falar, que apesar de todas as dificuldades e de terem tirado o meu marido do meu lado, foi um momento mágico.
O António chegou há 5 dias e já me ensinou tanta coisa... As coisas são vistas de maneira diferente, agora. Uma pessoa dependente de nós, a 100%, faz-nos avaliar e questionar novas prioridades. Ensinou-me o Amor incondicional, ensinou-me um lado meu que desconhecia, ensinou-me a ser mais tolerante e muito, mas muito mais forte.
O António é um menino que adora colo, não gosta muito de mudar a fralda e adora conversar à noite e dormir de dia. Quando está desconfortável fica muito encarnado. Gosta de ouvir música e qualquer voz masculina capta a sua atenção. Adora mamar e adormecer na mama.
Aos 5 dias de vida, o António faz parte da família que não se cansa de o elogiar. Aos 5 dias, os amigos mandam-lhe mensagens de boas vindas, mesmo aqueles que não o conhecem, mesmo aqueles que estão mais longe.
Aos 5 dias, sinto-o rodeado de carinho e ternura de todos os lados.
E a todos agradeço do fundo do coração e só posso devolver-vos a minha amizade. A nossa amizade e o António, que convosco irá aprender a ser um Homem melhor.

25/09/2009

31/08/2009

Segunda-feira.

Hoje, é o dia de regresso ao trabalho de muita gente.
Hoje, seria o dia do meu regresso ao trabalho, depois de 15 dias de férias bem divertidas, não estivesse eu em casa de baixa há dois meses.
E que saudades que eu tenho de ir trabalhar...

Hoje, é o dia de regresso ao trabalho daquele que foi a minha companhia durante o último mês. Aturou-me, consolou-me, ralhou comigo, amparou-me, enfim... tudo o que um homem pode aturar de uma mulher grávida e com as hormonas desreguladas, ele aturou. E agora, vou ficar sozinha.
Hoje, apesar de não ir trabalhar, estou com uma disposição de segunda feira. Não falem comigo, por favor...

26/08/2009

Eu não sei como se faz. Se acreditasse em astrologia, poderia culpar o signo Aquário ou o ascendente Balança. Pode mesmo ter tudo a ver. Posso também culpar a minha educação ou os genes, aos quais não podemos fugir e sempre têm uma explicação com base científica.
Posso também culpar toda a situação dos últimos dois meses, que não tem sido fácil. Mas também sei que há situações bem piores que a minha, por isso não pode ser desculpa.
Não sei o que mais posso culpar, mas gostava de saber porque é que sou este stress todo e porque é que esta ansiedade não descola.

13/08/2009

Aos 32 anos de vida e na fase final de uma gravidez, nunca mais digo a minha célebre frase
"calor a mais não existe".

Existe sim, e não me tem deixado respirar/ dormir/ descansar/ arrumar/ comer/ pensar.

22/07/2009

Carrinho do Babe

A saída de ontem foi muito proveitosa. Além de termos aprendido quais os sinais de parto e o que fazer quando um deles aparece e de termos almoçado fora numa esplanada fresquinha no centro de Lisboa, foi a primeira vez que saí à rua desde há 3 semanas (o caminho maternidade-casa não conta, ok?). Soube tão bem andar de carro, apanhar o vento na cara, refilar com a condução do J, caminhar um bocadinho...
Mas não foi só esta a parte interessante do meu dia. A parte interessante é que compramos o carrinho do António! Fomos espreitar uma loja que vende coisas de criança e pré-mamã em segunda mão e muito mais barato! Chama-se Kid-to-Kid e fica ali para os lados de Picoas. Lá encontramos o carro que queríamos (ou uma das hipóteses possíveis), com o ovinho incluído, praticamente novo e muito, muito em conta! É este (ignorem o modelo do meio, que eu não quis a alcofa):

Eu, que fui cresci com a roupa das minhas primas (e a bicicleta, e as roupas da Barbie, e as loucinhas), que depois passaram para as primas mais novas, sou uma defensora fervorosa deste conceito e até já tinha ido espreitar esta loja algumas vezes. E ficamos bastante contentes com a compra.
Quem sabe que vai "herdar" este carrinho, quando o António for crescido?

20/07/2009

OBA OBA!

Tenho autorização da médica para ir ao curso pré-natal amanhã.
Contenti.

14/07/2009

O QUÊ???

O Harry Potter e o Príncipe Misterioso vai estrear esta semana e eu tenho que estar em casa em repouso absoluto????

Please, algum pirata generoso poderá resolver esta questão por mim? Com legendas, por favor.

Já em casa,

mas ainda em Maternidade-mode.
Isto é tão verdade que, ao ler as notícias online esta manhã, onde estava escrito "acórdão do Tribunal" eu li "cordão umbilical".

Tztztz

11/07/2009

Turistas de Hospital

Estão internadas como as outras, em repouso absoluto, mas não param deitadas na cama nem cinco minutos seguidos. Vão espreitar os bebés das outras no berçário sem autorização e fazem amizades em todas as enfermarias. Vão em grupo fumar cigarros "às escondidas", como fazíamos na escola secundária aos 15 anos. Opinam sobre tudo e sobre todas, sabem os efeitos de todos os medicamentos e conhecem mais especialidades médicas do que o Directório Clínico da Médis. Têm todas as doenças que existem, até aquelas que causam as dores mais insuportáveis, mas não se calam por dois segundos nem para respirar entre as frases. Dizem mal da comida, das toalhas, das torneiras, dos seguranças, da falta de segurança, das camas, das auxiliares, da equipa de enfermagem (a quem costumam dar umas aulas), dos médicos que nunca viram e ameaçam pedir o Livro Amarelo por tudo e por nada. Queixam-se que a sopa não tem sal, que os brócolos são salgados, que a fruta é sempre a mesma, que o leite é meio-gordo, que o arroz de grelos não tem grelos e que nunca servem esparregado. Trocam receitas e revistas em formato A5 e discutem a vida dos famosos como se da sua própria vida se tratasse. O nível de decibéis da voz é superior ao desejado e ainda é maior quando ameaça a "peixeirada". Recebem visitas com quem falam muito alto e que oferecem ramos e ramos de flores que ficam espalhadas pelo quarto exibidas em jarras de louça made in Caldas da Rainha. Têm o volume do telemóvel no máximo, ligam a televisão na TVI com o volume alto de modo a ouvir bem as novelas todas.
Queixam-se de tudo e de todos mas a atitude é de quem está a adorar umas férias pagas no Hospital público.

08/07/2009

Não se entende...

Eu aqui a fazer um esforço enorme para manter o Babe dentro da barriga, e mesmo ao meu lado uma senhora que só se queixa que está farta da barriga dela.

Como é possível alguém não gostar de estar grávida???

07/07/2009

O que eu estou / vou perder:

- o orgulho de exibir a minha barriga por todo o lado;
- a praia, o verão, o sol;
- as aulas de hidro-ginástica;
- o curso pré-natal;
- a escolha dos últimos pormenores do quarto do Babe;
- a escolha do carrinho do Babe;
- os primeiros dias da casa nova, as decisões a dois, a estreia, as festas de inauguração;
- os vestidos frescos e as sandálias abertas, que tão bem ficam com a minha barriga;
- as férias, as folgas, os dias de trabalho, os fins de semana;
- as ecografias com o Dr. Amadeu e os ataques de riso que elas nos provocam;
- gelados, chocolates, sumos de fruta à beira mar, noites em esplanadas, fins de tarde a ver o pôr-do-sol...

E muitas mais coisas que eu não consigo escrever porque já não vejo o teclado por causa da água que sai dos meus olhos.

06/07/2009

Nada de novo...

Ainda vou ficar por aqui. As contracções voltaram, o colo do útero não aumentou e o repouso absoluto tem de continuar. As boas notícias é que o Babe está bem, está a crescer normalmente e já pesa pouco mais de um kilo.
Saber que tinha de ficar despedaçou-me o coração.
Saber que o Babe está bem, encheu-me de vontade de fazer tudo bem desta vez, tudo o que os médicos obrigam e tudo o que a minha Mãe e o que toda a gente me exige. Isto é: repouso absoluto onde quer que seja. Se me deixarem ir descansar para casa, irei toda contente. Se tiver que continuar por aqui, ficarei. Menos contente, mas ficarei.

O que eu já perdi:

- o casamento em Gaia;
- o espectáculo anual do Conservatório Nacional;
- dias de trabalho e marcações de rotinas mensais (isto são coisas de gaja);
- a Feira Internacional de Artesanato (e o que me custou esta...);
- a Wolrd Press Photo;
- vários episódios do Project Runway (sorte é que já tinha visto esta série);
- os Contemporâneos de ontem.

E ainda vou perder Dave Mathews no Optimus Alive.

05/07/2009

O que é ser boa Mãe?

Acho que só agora me dei conta que o António podia mesmo ter nascido de 6 meses por erros meus.


E isto dá-me uma vontade incontrolável de chorar.

04/07/2009

Casa Nova

Com toda esta confusão de urgências, internamentos e grandes sustos, deixei a casa nova de pantanas e com tudo por arrumar. Não fosse a ajuda preciosa da minha sogra, ainda estaria tudo por arrumar. O meu marido, que é o melhor do Mundo, sabendo o que me tem custado não participar na arrumação da casa nova, tem enviado updates regulares.
Tipo isto:


A minha casa nova está a ficar um espectáááculo! Até tem uma cozinha a sério!

03/07/2009

Ah!

Entretanto, esqueci-me de dizer que estamos bem: as contracções já pararam, o babe está calminho e eu também. Vou ter de ficar aqui no fim de semana (seca) e na segunda feira logo se vê.

MAC

Directamente da enfermaria da Maternidade Alfredo da Costa, onde estou desde 4a feira.
O António pensou que já estava na hora de vir ajudar as mudanças e como sentiu a mãe dele a carregar móveis com um stress do caraças (acho que carreguei mais móveis do que os senhores sul-americanos que contratei), começaram as contracções e o colo do útero diminuiu.
Não estava à espera que me obrigassem a ficar aqui, por isso o choque foi bem grande quando ouvi as médicas nas urgências a dar-me a notícia. Depois de desesperar muito e de me sentir a grávida mais idiota do mundo e de ter chorado baba e ranho durante horas, acho que aqui estou realmente melhor. Primeiro, porque a casa nova (onde só consegui dormir uma noite) ainda tem muita coisa por arrumar e eu não ia conseguir ficar a olhar para o caos sem o arrumar. Depois, porque estou a ser muito mimada e muito bem tratada por toda a gente: a minha médica vem ver-me todos os dias, estamos a ser vigiados regularmente, como a horas certas e comida saudável e durmo muito bem. Não podia estar melhor.
É uma valente seca, ouvir falar de gravidezes e bebés e dilatações e placentas o dia todo. Mas é um mal necessário.

Moral da história: aquelas frescuras das grávidas dos pesos e do descanso e dos mimos e etc., não são frescuras. Sempre acreditei que gravidez não é doença e sempre fiz questão de fazer tudo o que fazia antes de engravidar. Pois, não se pode. Agora, sim, acredito que as frescuras não são de todo frescuras. Agora, sei. Mas foi preciso ver o António a ameaçar que nascia aos 6 meses pra acreditar...

19/06/2009

09/06/2009

Paciência

Estou a perder ligeiramente a paciência com a minha casa nova. O crédito está aprovado há praticamente dois meses e ninguém se decide a marcar a escritura. As minhas férias estão a acabar, e nada de mudanças. Contando que a casa tem de ser toda pintada antes das mudanças e que a partir de 1 de Julho já não temos onde morar, acho que as perspectivas são... vá lá, boazinhas. É isso ou pôr baixa com uma barriga até aos joelhos para carregar caixotes e arrumar prateleiras.
Eu tento pensar no babe e não acumular muito stress, mas há coisas que me irritam profundamente e que me tiram do sério.
A sério.

07/06/2009

Todos os anos que tem sido assim: meses de ensaios, preparativos, nervoso-miudinho e frio na barriga. Desde Janeiro que este espectáculo tem vindo a ser preparado e alguns nervos, muitas vezes, dão-nos vontade de desistir ou mesmo questionar: para quê?
E finalmente, o dia chega e a adrenalina a correr pelo sangue faz-nos sentir mais vivas que nunca. Afinal, o para quê? encontra todas as respostas em hora e meia. Foi bom. Foi mesmo muito bom. Mau, foi ter passado tão rápido.

Foto daqui.

02/06/2009

Não sou poeta nem letrista e o único músico da família, por enquanto, és tu. Mas não queria deixar este dia passar sem que soubesses que contigo tudo é muito mais fácil e muito mais divertido.
Tudo começou há um ano. E desde aí...

05/05/2009

Dia da Mãe

O melhor presente foi, sem dúvida, ter sentido o António pela primeira vez. Mas esse foi um presente antecipado, como que a avisar o fantástico primeiro Dia da Mãe que eu ia ter.
Uma ida à Feira do Livro (grande falha do ano passado por causa do gesso na perna esquerda) e surpresa:


Um livro que andava a namorar desde os 18 anos e que ia lendo aos bocadinho nas breves visitas à Fnac.
Mais tarde, outra surpresa:

E tudo isto oferecido por um marido que nunca esquece.

28/04/2009

Gosto / Não gosto

(Eu não queria que a Casca se tornasse um babyblog, mas acho que é inevitável; nunca consegui que este blog fosse impessoal, portanto também não é agora que eu vou tentar...)

Gosto de estar grávida. Gosto de estacionar nos lugares para grávidas no Colombo ou no MacDonald's. Não gosto quando a minha barriga não se vê, mas nos dias que está maior (sim, ela só se vê às vezes) sinto um orgulho enorme. Gosto dos mimos dos pais, dos sogros, dos amigos. Gosto de imaginar o babe com as roupas que já lhe ofereceram. Gosto das roupas de grávida; não gosto que o verão esteja demorado. Gosto da sensação de bem estar quando ouço uma música especial ou quando como um sundae de caramelo. Gosto de sentir o meu filho feliz quando ouvimos o J ao piano ou na viola. Gosto de adormecer com a mão quente do J na minha barriga, como se quisesse proteger-nos para sempre. Não gosto das nuvens negras que às vezes pairam sobre nós e que me fazem ligar à médica com dúvidas existenciais. Não gosto de conversas negativas à minha volta. Gosto quando o J me faz rir até chorar (e gosto de o deixar confuso sem perceber se eu estou a rir ou a chorar). Gosto das emoções todas à flor da pele; não gosto da insegurança e dos medos. Gosto de ouvir o coração do babe a bater e de o ver nas ecografias.
Gosto de acreditar que vai sair ao Pai.
Gosto de acreditar que vou ser uma boa Mãe.
Estou a gostar tanto de estar grávida...

27/04/2009

Não sei se repararam, mas há ali uma novidade do lado direito, com cascas de ovos e pintaínhos e tudo!!
:)

25/04/2009

Coisa de grávida.

Gostava que alguém me explicasse a necessidade que as pessoas têm de contar desgraças sobre gravidezes a uma grávida. Falar de desgraças já me parece, por si só, um tema de conversa bastante parvo. Mas enfim, elas acontecem a toda a hora e a toda a gente, umas maiores, outras menores, isto é um facto. Agora, quando uma mulher está grávida, e eu tenho a certeza que posso falar por todas as grávidas, dispensa qualquer história desgraçadinha, e muito mais se for sobre gravidezes.
No outro dia perguntavam-me onde é que o babe vai nascer, e quando eu respondi ouvi um "tchiiii, tás lixada... esse é o pior sítio. bom bom é o outro hospital xpto", e logo a seguir veio um rol de casos em que as coisas correram mal e blábláblá (nesta parte eu fiz questão de desligar e não ouvi mais nada).
Ok, houve casos que correram mal ali, mas isso pode acontecer (e já aconteceu) em todo o lado! É uma maternidade, é natural que haja casos que correm bem e outros menos bem. Eu não quero saber agora disso. Não quero, ok?
Mas vá-se lá pôr isto na cabeça das pessoas! Tztztz...

18/04/2009

Quem escondeu as minhas pantufas?

Ultimamente, tenho tido uma vontade incomensurável de dormir (ou o puto sai ao Pai ou não pára de se mexer). Se a fome deixasse, dormia todos os dias, o dia todo.
E apeteceu-me escrever isto porque só tenho sono e associei-o a pijamas e lembrei-me que não sei das minhas pantufas há alguns meses.

05/04/2009

E para acabar com os enganos:

o babe vai chamar-se António. Não é Toni, Tó, Toninho e muito menos Tony.
É António, ok?

[humpf]

Wishlist

Lembrando uma música de Pearl Jam (que bem sabe voltar a ouvi-los na rádio), pensei que seria importante colocar aqui uma wishlist mais ou menos real. Aqui vão, então, alguns dos meus maiores desejos. Gostava de:


- conseguir ser feliz para sempre, como tenho sido nos últimos 10 meses;
- conseguir fazer o J. feliz como ele me tem feito, como ele merece e como eu (acho) que tenho feito até agora;
- saber se vou ser boa Mãe e se vou estar à altura da responsabilidade;
- ter jeito para a cozinha;
- voltar a ter tempo e vontade de surfar;
- saber se o meu crédito habitação foi aprovado;
- (no caso de ser aprovado) fazer as mudanças com um estalar de dedos, porque detesto mudanças e arrumações;
- ter mais jeito para as tarefas domésticas;
- ganhar mais 1000€ por mês;
- ter mais tempo para os meus Pais;
- ter mais tempo para as minhas Amigas;
- ter o emprego que sempre sonhei;
- escrever livros para crianças;
- saber cantar, dançar e desenhar...
(Esta é e há-de ser sempre uma lista sem fim. Há-de ser actualizada.)

03/04/2009

Ando muito out da blogosfera. Apesar de continuar a seguir os blogs de sempre e espreitar as novidades todos os dias, as mudanças de vida e o sono galopante que sinto o dia todo têm-me impedido de ideias ou quaisquer pensamentos lógicos que aqui possa escrever.
Estou a adorar os estado de graça. Começou por ser esquisito no início. Ainda antes de estar grávida, a vontade de chorar por qualquer razão (comover-me com o Jogo Duplo?!?!?!!?), as digestões difíceis, o sono e as birras. Depois de saber que estava mesmo grávida, o medo de ser Mãe, de falhar, de não estar à altura, de não saber compreender os sinais ou não estar preparada para abdicar de certas coisas. Quando ultrapassei estes sentimentos non-sense, veio o medo de perder o babe, de não saber lidar com a perda de algo que, na verdade, nunca tive mas tive e o medo de encarar o mundo com essa perda.
Agora, já não sinto nada. Ou antes, sinto, mas nada de negativo. Sigo, com alegria, as modificações do meu corpo. Espero, com ansiedade, a próxima ecografia. Leio e devoro toda a informação que me chega sobre bebés e gravidezes e alterações hormonais. Adoro ser mimada e apesar da minha barriga ainda não ser muito evidente, quando posso aproveito o estacionamento especial ou as filas prioritárias. Estou a sentir-me amadurecer e dou por mim a pensar em escolas públicas ou privadas, em aprender a cozinhar e a fazer contas à vida que nunca fiz.
Entretanto, estamos com 14 semanas e (quase) com a certeza que é um rapaz.
E estamos bem felizes!

25/01/2009

Casa.

Hoje, pela primeira vez em muito tempo, passei o dia sozinha na ronha. Soube pela vida, apesar de pensar que é sempre um tempo desperdiçado. Ainda pensei em sair de casa, porque até se via o sol a brilhar lá fora, mas uma carga de água convenceu-me com facilidade a ficar deitada no sofá.
Amanhã, tenho outra energia para ir trabalhar. E preciso mesmo dessa energia, porque mais novidades estão aí a chegar.

17/01/2009

E o primeiro presente do marido foi...

... um pc baby!!
Contenti.

Lua-de-mel

Está a acabar. Foram 2000km de carro e uma passagem rápida mas fantástica por Barcelona. Umas férias que souberam pela vida!
O dia do casamento foi um dia de sonho. Teve tudo o que sonhamos para o nosso dia: família, amigos, carinho, calor e muita música. Ficamos embasbacados com tanto carinho e durante uns três dias não conseguíamos falar de outra coisa.
Do fundo do coração, agradeço todos os comentários deixados na Casca. Agradecemos todos os Amigos que nos acompanharam naquele que foi, sem dúvida, o dia mais feliz das nossas vidas.
Obrigada.

01/01/2009

2009

Esta vai ser a minha última noite de solteira. Amanhã vou casar-me com o Homem mais bonito que conheci, mais inteligente, mais humano, mais altruista. Aquele que eu admiro e que confio.
Nervos? Já foram. Ansiedade? Nem por isso.
Estou feliz. Mais feliz do que alguma vez fui na vida e estou a partilhar com o mundo porque já sou pequena demais para este sentimento.
Amanhã, será o início de um ciclo, um "a partir de agora" pensado a dois.
2008 teve o pior e o melhor que se pode esperar.
Para 2009, desejo apenas isto. Nem mais, nem menos:
TU.