16/01/2014

As palavras podiam ser minhas

Li isto e pensei que podia ter sido eu a escrever.
Várias vezes por dia penso que gostava de voltar a ter uma hora apenas sem filhos. Não estou a falar das horas em que os deixo na escola e tenho folga e posso fazer o que me der na real gana. Não!, estou a falar daquele tempo em que eu não vivia com o coração fora do peito, em que na minha vida era eu e só eu, em que tudo o que eu fizesse só teria implicações na minha vida. É aquilo que está ali escrito, sem tirar nem pôr.

Depois há aqueles dias que são invadidos pela nuvem negra da incerteza, que fazem os relógios parar, que nada faz sentido e que tudo gira ao contrário. Nesses dias, é tê-los aqui ao pé de mim, bem debaixo da minha asa e tenho logo a certeza que é assim que deve ser. Assim é que faz sentido.

E não podia ser de outra maneira.


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