Um dia destes
pensando bem, já lá vão uns meses. Bolas! Como o tempo passa depressa
eu estava no Centro de Emprego, na sala de espera, e encontro um amigo de longa data, que já não via há algum tempo. Os dias estavam lindos, o verão estava a chegar, mas as coisas não corriam lá muito bem. Ele tinha sido despedido, por qualquer razão que eu não fixei; a mim, não me renovaram o contrato devido a “cortes orçamentais”. Claro que, no Centro de Emprego, dois amigos encontram-se, as novidades nunca podem ser boas.
Nota: este meu amigo, sempre de distinguiu dos outros amigos por andar sempre bem vestido. Enquanto andávamos todos vestidos à puto das fisgas (calças, ténis, t-shirts, o mais prático possível), ele fazia questão de aparecer de fato e gravata, muito cheiroso, como quem acaba de sair do banho.
Continuando, o que te traz cá, que é feito de ti, mas, a sério: como é que estás? E a resposta, das mais pequenas e mais complexas que já ouvi na vida e que, até hoje, nunca me saiu da cabeça
Estou na merda, mas sempre cheio de estilo!
Ou seja, a vida é curta; na sua pequenez, parece que nada está certo, temos uns dias bons e
parece
o dobro de dias maus mas, o que é que isso importa? Por fora, estamos lindos, bem arranjados, animados, cheios de estilo.
Esta foi das lições mais curtas e básicas, e uma das mais importantes que aprendi na vida. Posso estar na lama, devastada por dentro mas, por fora, ninguém nota, ninguém desconfia, ninguém vê.
Estou na merda, mas sempre cheia de estilo.
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