02/05/2010

Dia da Mãe

Eu podia escrever tanta coisa sobre a minha Mãe e sobre mim que sou Mãe e sobre este dia que faço imensos meses de namoro e bués de meses de casada e sobre a importância do dia 2 nas nossas vidas...
Mas não vou escrever nada. Estou a namorar o meu bebé.

Costas.

Se alguém souber um truque ou mezinha para que estas dores de costas, estas aqui mesmo no meio que parecem paus a espetar de dentro para fora e que vem a subir até ao pescoço e que não deixam dormir nem estar confortável em posição nenhuma e que agravam na hora do banho diário de uma determinada criança de 8,5kg, agradeço que me informem.
Muitíssimo obrigada.

23/04/2010

Friday's Ritual - #1


Este ritual encontrei na Paixão Fotográfica, que por sua vez encontrou no Rummey Bears, que foi encontrar no Soul Mama. É apenas uma fotografia, sem palavras nem explicação, de um momento especial da semana. Um momento que queremos guardar.

Um bom fim de semana!

Bublé.

Serei eu a única pessoa do país que não percebe qual a piada do Michael Bublé? Querem explicar-me?

22/04/2010

C'a nervos!

Agora que a Veronica ia entender-se com o bonzão do Chris, pumba, um assalto, mata um bandido, volta o stress pós-traumático e o ex-marido.
Ainda não é desta que se entendem, e isso irrita-me!

Nota: para quem não percebeu nada disto, estou a falar do Mercy, quintas-feiras na FoxLife, pelas 22.15.

Blogues

E no primeiro de quatro dias de folga, consegui ler os 473 posts que tinha em atraso, ver dois Mercy's, dois So You Think You Can Dance, e ainda tive tempo para ir pôr o carro na oficina, ir buscá-lo, lanchar com a R. e ir ao Pngo Doce.

20/04/2010

Vulcão

Se eu puser o António a martelar o teclado do computador, ele escreverá o nome de um vulcão islandês?

10/04/2010

Reconsidero.

Caro S. Pedro,
Depois de uma análise exaustiva ao meu roupeiro e principalmente, ao meu espelho, decidi que afinal já não quero o Verão. Seis meses depois de parir, quase dois anos depois da última ida à praia, algures entre orca e elefanta banhada em lixívia, sinto-me melhor toda tapada com as roupas de Inverno. Manda lá vir o dito.
Obrigada.

05/04/2010

Sou só eu que acho?

Evan, So You Think You Can Dance

Este miúdo é genial em todos os estilos e muito expressivo. Não sei se devia ganhar, mas gosto muito de o ver dançar.

Todos os dias tristes deviam ser dias cinzentos.

Daqui, consigo ver o mar.
Depois daqueles prédios laranja e do casario branco, lá ao bem longe vejo o mar.
Hoje, está muito azul. Talvez o dia do ano que se vê mais azul. A linha do horizonte estende-se e vejo dois tons de azul: o do céu e o do mar.
Às vezes acho que teria mais lógica se chovesse. Um dia triste é um dia de chuva. Cinzento. Escuro. Assim deviam ser todos os dias tristes. Com o sol assim a brilhar, parece que não está a prestar a devida homenagem a quem parte. Todos os dias tristes deviam ser dias cinzentos.
O nascimento de alguém é sempre mágico e fantástico.
A morte de alguém, essa, é sempre dolorosa e revoltante. Por mais pessoas que morram à nossa volta, nunca nos habituamos a esta realidade.

Viver é fodido.

03/04/2010

Mais sobre filhos.

Li algures alguém que criticava os casais que "depois de terem filhos deixavam de viver", porque abdicavam de saídas com os amigos, noitadas e outros programas sociais. O post era bem crítico, apesar de bem escrito e com algum fundamento. Notava-se, contudo, que quem escrevia não tem filhos. Pobrezinha...
Não é pobrezinha por não ter filhos!! Eu própria, até ter decidido engravidar, não queria filhos, e era muito feliz sem eles. A verdade, é que sou muito mais feliz com um filho! E quando há saídas ou noitadas, não apetece ir, porque já temos um dia cheio de mimos e sorrisos que só queremos partilhar com quem mais amamos. E não, não damos em malucas por deixarmos de sair. Damos em malucas sim, se ficamos longe dos nossos bebés mais que uma hora seguida.
As Mães trabalhadoras (praticamente todas, que hoje em dia é muito difícil ser uma stay-at-home-mum em Portugal) têm que deixar os filhos em infantários ou amas; as que têm sorte, conseguem deixá-los com os avós; as que têm ainda mais sorte trabalham 5 horas e voltam a correr para junto dos seus filhos (eu sou uma sortuda ao quadrado). Mesmo essas, como eu, que passam o dia de trabalho a correr para que tudo fique feito em 5 horas, com objectivos a cumprir e a pressão da hierarquia, têm tempo para sentir saudades. Acredito que os Pais também as sintam.
Não pensem que deixamos de viver: a vida, a partir daí, tem um sentido diferente e tudo à volta passa a ser olhado de outra maneira. As prioridades são outras e o mundo deixa de rodar à volta do nosso umbigo.
Não pensem que nos deixamos passar para segundo plano: nós estamos em primeiro plano mas já não estamos sozinhas.
Não pensem que deixamos de sair: saímos com Amigos, jantamos fora e até vamos ao cinema ou fins-de-semana a dois. Mas quando eles não podem ir, as coisas não sabem tão bem porque pensamos que podíamos aproveitar aquelas horas com os nosso bebés.
É sempre "mais um bocadinho".
E é sempre tão pouco.
O que eu não quero é olhar para trás e ver que perdi a melhor fase de crescimento, descoberta e conquista do meu filho. Que se lixem as noitadas. Já tive tantas!!

27/03/2010

Não gosto de pessoas.

Detesto conhecer pessoas, cumprimentar pessoas que mal conheço, muito menos ser abordada na rua por pessoas que não conheço de todo (tem acontecido muito desde que mudei de casa).
Tenho péssima memória: caras, nomes, datas, filmes, actores, histórias, anedotas, acontecimentos.
Odeio conversas da treta: de cabeleireiro, de taxista, de paragem de autocarro, de sala de espera de médicos. Não tenho paciência e a minha imaginação para a introdução de novos assuntos é nula, portanto a minha parte do "diálogo" limita-se a vários pois, alguns exactos e bastantes hum-hum.
Não sei consolar ninguém: aquela conversa do "ai meu deus, o meu marido isto e a minha mãe aquilo, e o meu patrão o outro", comigo não funciona. Sou excelente ouvinte mas nunca me ouvirão dar conselhos sobre atitudes a tomar (salvo raras excepções que têm a ver com a minha própria experiência e em casos muito parecidos).
Resumindo: não gosto de pessoas. Não gosto mesmo. E se pudesse, trabalhava numa sala sozinha, com um computador e um leitor de mp3. De preferência sem telefone.

Agora, as pessoas que eu conheço, que eu escolhi como "as minhas pessoas", os meus Amigos, a minha família. Esses, eu adoro.
E adorei o jantar de ontem. A conversa. O serão. Os conselhos. Os desabafos.
Sabe tão bem, estar entre Amigas.

21/03/2010

Super-fantástico.

Sou uma mulher bafejada pela sorte. Quem conhece a Casca sabe que nem sempre foi assim. Desde há quase dois anos que posso dizer com todo o orgulho e peito inchado que sou uma mulher de sorte. Não vou aqui dizer as razões porque toda a gente já conhece e tem a ver com uma família fantástica constituída por um filho fantástico e um marido fantástico. Temos uma casa fantástica, vamos ter um carro fantástico e ainda por cima tenho os amigos mais fantásticos.
Então, se é assim tudo tão fantasticamente fantástico, porque é que eu tenho esta nuvem cinzenta colada a mim e uma tristeza pesada e peganhenta que não se vai embora?
Pode ser que seja da chuva.

Cheiros.

Gosto do cheiro do meu bebé. Não é o cheiro Mustela acabado de sair do banho. Não! É o cheiro dele, mesmo. O cheiro que tem antes do banho, depois de um dia de actividade e alguns momentos de calor. Chamem-me maluca, mas gosto deste cheiro.
Sempre tive um olfacto muito apurado (uma amiga esotérica dizia que era por causa da posição da Lua - ou Júpiter, ou Saturno, ou Plutão, um deles - da minha carta astral) e muitas vezes tenho déjà-vu pelo cheiros (será que existe déjá-senti?). Identifico perfeitamente do cheiro da casa da porteira do prédio onde vivi a minha infância: um cheiro forte e amargo, nada agradável, que a filha levava com ela quando íamos brincar na rua. O cheiro do roupeiro do quarto dos meus pais, de alfazema. O cheiro da casa dos meus avós paternos, que cheira a livros antigos, a alfarrabista. O cheiro do hálito do meu professor de Francês da faculdade, cheiro forte a café acabado de tomar depois do almoço. O cheiro do meu irmão, que tem maresia e primavera. Tenho a certeza que os identificava, se tivesse os olhos fechados.
O cheiro das pessoas nem sempre é agradável. Incluindo, obviamente, o cheiro da transpiração (aka sovacum), principalmente sentido em transportes públicos ao final do dia. Mas quando é o cheiro mesmo da pessoa, aquele cheiro sem perfumes nem cremes, sem máscaras ou disfarces, pode até ser bastante sensual. (Tenho a certeza que o cheiro do meu marido influenciou imenso a minha paixão por ele).
Agora, o cheiro do meu bebé, aquele cheiro mesmo dele sem Mustelas ou Adermas, é viciante.

17/03/2010

Adenda ao post anterior

Apesar de tudo, o António tem sempre sopa feita, cá em casa raramente há louça por lavar, e gosto as tarefas da roupa: lavar (ou pôr a máquina a lavar), estender, dobrar meias e cuecas enquanto vejo o Project Runway (ou o Mercy ou o Glee ou o So You Think You Can Dance) e até nem me importo de passar a ferro. Não passo (D. Lurdes), mas não me importo de passar.
Mas não passo.

Juro!

Eu juro que gostava de ser boa dona de casa. Estou-me nas tintas para o feminismo e adorava ter a casa sempre a brilhar, a cadeira do quarto sem roupa nenhuma e as camisolas dobradas nas gavetas. Adorava que o meu marido chegasse a casa e visse o jantar acabado de fazer em cima do fogão ou, quando chegasse mais tarde, um prato impecavelmente preparado dentro do microondas. Gostava de entrar na sala e ver as almofadas milimetricamente arrumadas em cima do sofá. Gostava de ver a cor da mesa de centro e ter todas as facturas, declarações e todo o tipo de correspondência importante arrumada no arquivador. Gostava que o cabide da entrada não tivesse 8 casacos, mas sim apenas aquele que usei naquele dia. Gostava de entrar no meu quarto e não tropeçar nos chinelos que ficam espalhados. Principalmente, gostava de saber onde deixo as sapatilhas do ballet todas as terças e quintas feiras, só para não perder tempo a procurá-las no dia seguinte.
Juro que faço um esforço enorme para isto: gravo todos os programas da Nigella e tenho óptimos livros de cozinha. Quando vejo tudo a brilhar às quartas feiras (dia de D. Lurdes), prometo a mim mesma que vai continuar assim e que agora é que mudar e vou aplicar-me.
Juro que adorava cozinhar todos os dias.
Juro que adorava ser uma fada-do-lar.

Mas não consigo porque não tenho paciência nenhuma nenhuma isto.
Ne-nhu-ma!

08/03/2010

Sabemos que S. Pedro está a gozar com a nossa cara quando...

- tiramos a roupa da corda no domingo de manhã (porque está a chover), mas não chove a tarde - e noite - toda;
- estendemos a roupa na segunda feira de manhã (porque não está a chover), e chove a tarde - e noite - toda.

06/03/2010

Por mais estranho que possa parecer,

aos cinco meses, esta é a música preferida do meu filho.


(e a culpa é minha)

O metro e os bebés

Não entendo como é que uma estação de metro relativamente recente e muitíssimo concorrida como o Colégio Militar/Luz não tem elevador.

Não entendo como é que uma estação recentíssima como a Quinta das Conchas tem o elevador avariado.

Pergunta: como é que as mães que não conduzem levam os seus bebés de um lado para o outro?

03/03/2010

Tempo (de weather, não o do relógio)

Sim, eu também estou farta da chuva e do frio e do Inverno e tudo. Mas se estivermos sempre a falar da mesma coisa insistentemente*, vezes sem conta até ao limite da exaustão, o gajo não se vai embora! A sério que não!

* acho que é a primeira vez que escrevo insistentemente.
Nota: por "gajo" leia-se "o mau tempo".
Nota 2: a minha Mãe que não leia este post, que ela não gosta nada que eu diga "gajo".

Farmácias

Ideia genial (que saiu desta cabeça pensadora que, nos últimos tempos, passa mais tempo nas urgências de hospitais do que em casa):

Era ou não de valor que todos os hospitais tivessem uma farmácia de serviço 24h? É que sair das urgências de um hospital às cinco da manhã cheia de dores, com a bela da receita para aviar e ver que a farmácia mais próxima é no Casal da Mira (só do nome já tenho arrepios) ou na Venteira (ven-quê??), e sabendo que daí a três horas temos de nos levantar outra vez, dar biberão ao puto, deixá-lo nos avós e ir trabalhar, dá vontade de uma pessoa se deitar no meio da Avenida Lusíada e esperar que o próximo carro que passe depressa seja bem pesado.