27/03/2010

Não gosto de pessoas.

Detesto conhecer pessoas, cumprimentar pessoas que mal conheço, muito menos ser abordada na rua por pessoas que não conheço de todo (tem acontecido muito desde que mudei de casa).
Tenho péssima memória: caras, nomes, datas, filmes, actores, histórias, anedotas, acontecimentos.
Odeio conversas da treta: de cabeleireiro, de taxista, de paragem de autocarro, de sala de espera de médicos. Não tenho paciência e a minha imaginação para a introdução de novos assuntos é nula, portanto a minha parte do "diálogo" limita-se a vários pois, alguns exactos e bastantes hum-hum.
Não sei consolar ninguém: aquela conversa do "ai meu deus, o meu marido isto e a minha mãe aquilo, e o meu patrão o outro", comigo não funciona. Sou excelente ouvinte mas nunca me ouvirão dar conselhos sobre atitudes a tomar (salvo raras excepções que têm a ver com a minha própria experiência e em casos muito parecidos).
Resumindo: não gosto de pessoas. Não gosto mesmo. E se pudesse, trabalhava numa sala sozinha, com um computador e um leitor de mp3. De preferência sem telefone.

Agora, as pessoas que eu conheço, que eu escolhi como "as minhas pessoas", os meus Amigos, a minha família. Esses, eu adoro.
E adorei o jantar de ontem. A conversa. O serão. Os conselhos. Os desabafos.
Sabe tão bem, estar entre Amigas.

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