25/08/2013

Um dia de folga (última parte):

Já estamos em casa e até já lanchamos. Os miúdos põem-se a ver o Baby TV como se fosse a última batata frita do pacote, demonstrando bem que o Zig-zag a que estão habituados é uma cena muito atrás. Ficam tão sossegados que eu, no meio daquele silêncio ensurdecedor, pondero pôr Meo em casa só para gozar mais vezes aquele momento. Aproveito para olhar o congelador, pensar numa coisa para jantar e ir adiantando tarefas. O que aí vem não é nada relaxante.
Senhoras e senhores: a hora do banho!
Começo pelo mais velho que faz birra cada vez que o mandamos para o banho. Muita ameaça depois, lá consigo pô-lo na banheira e esfregá-lo com convicção. Fico na dúvida se aquelas manchas nos joelhos, que não saem nem por nada, serão sujidade ou bronzeado. Quando começam a ficar bem encarnados, resolvo parar de os esfregar. Depois, tentem vestir uma criança aos pulos na cama e sair de lá sem gritar e eu dou-vos um bom-bom. Tarefa terminada com o mais velho, passemos ao pequeno.
Banheira improvisada no chão, gel de banho e esponja a postos, o mano a "ajudar" e o puto com o excitex molha a casa de banho toda. As minhas costas, essas, bom... nem vos conto. Limpo-o, visto-o e está pronto.
Faço o jantar, comemos como uma família feliz repetindo até ao infinito a frase "come a carninha" e vamos todos para a cama às 22.30. Eu pareço ser a única pessoa que precisa desesperadamente de fechar os olhos porque os putos têm sempre mais uma pergunta a fazer ou um pá-pá-pá a dizer. Tenho a nítida sensação que adormeço primeiro que eles. Pode cair a bomba atómica ali a 100 metros que eu não dou por nada.

Descansa, Susana. Descansa que amanhã também é folga.

(E ainda faltam 15 dias para as férias!!)

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