18/02/2013

Ainda o parto... (II)


Ter um filho na MAC... 
Foi como ir a um concerto de Pearl Jam no Pavilhão Atlântico. Gente a mais, más condições de som, gente muito alta à minha frente, uma confusão para entrar, uma ainda maior para sair, casas de banho com meia hora de fila, ainda por cima perdi-me do J logo no início do concerto... Tudo o que eu não gosto para ver uma das minha bandas preferidas. Nos dias seguintes ao concerto, só apetece ficar na cama tais são as dores de pernas e de costas. As fotos são uma bosta, as roupa ficou a cheirar a fumo, as memórias com que ficamos do concerto são francamente más, apesar do resultado ser positivo: afinal, fomos ver a minha banda ao vivo. Ficamos com a sensação que se tivéssemos ficado em casa a ver aquele DVD que nos ofereceram nos anos, teríamos feito melhor.


Ter um filho no Hospital da Luz...
Foi como ir à Aula Magna ver Dave Mathews na primeira fila. A sensação de ter o Dave (sim, quase nos tratamos por tu) a cantar só para mim, a qualidade de som ideal para o espaço pequeno e acolhedor, tudo conjugado na mais perfeita combinação de elementos. Somos alguns, mas parece que somos apenas duas pessoas naquela sala. Vivemos cada pormenor, cada momento, cada nota musical com todos os sentidos apurados na companhia da pessoa que mais amamos. Só nós os dois e os músicos. E a música perfeita envolvendo-nos cada vez mais e fazendo com que nos apaixonemos ainda mais um pelo outro. À saída, ainda temos direito a noite de lua cheia, céu estrelado, passeio a pé por Lisboa de mãos dadas e vontade que o dia não acabe nunca. 

Foi mágico.

2 comentários:

Rafa disse...

Aí está uma analogia q eu entendo perfeitamente! ;)

Marta disse...

Não sei se já o tinha dito, mas esta analogia está genial!!! Até eu que nunca tive um filho percebi logo o que querias dizer :)