27/02/2013

Hoje deu-nos para isto (II)



Camisa: H&M
Casaco: C&A
Máscara e Aero-Om: Farmácia Correia
Lenços de Papel: Pingo Doce 
Roupa do Babe: oferecida
Nódoas: NAN 


P.S. - Minutos depois da foto, levei um banho de xixi do pequeno e mudei de roupa.  Posso adiantar que tenho outra roupa mas estou igual (eu bem digo que ando sempre vestida da mesma maneira).

18/02/2013

...

Neste post disse que passei a tarde sozinha com o António. Não foi bem assim...
Lembram-se deste triângulo? Pois então: passamos o dia no chat do WhatsApp (a melhor invenção para quem tem Amigas indispensáveis mas que estão longe). Um dos lados ia dando conselhos, já que foi Mãe de um M. super fofo há menos de quatro meses e tem bem presente na memória tudo o que se passou. O outro lado, naquele dia mais caladinha que o normal, estava também em trabalho de parto e teve um lindo bebé D. uma hora depois de mim.

Obrigada pela companhia, pelos conselhos, pela confiança que transmitem, pela partilha.
Luv u 2!

Ainda o parto... (II)


Ter um filho na MAC... 
Foi como ir a um concerto de Pearl Jam no Pavilhão Atlântico. Gente a mais, más condições de som, gente muito alta à minha frente, uma confusão para entrar, uma ainda maior para sair, casas de banho com meia hora de fila, ainda por cima perdi-me do J logo no início do concerto... Tudo o que eu não gosto para ver uma das minha bandas preferidas. Nos dias seguintes ao concerto, só apetece ficar na cama tais são as dores de pernas e de costas. As fotos são uma bosta, as roupa ficou a cheirar a fumo, as memórias com que ficamos do concerto são francamente más, apesar do resultado ser positivo: afinal, fomos ver a minha banda ao vivo. Ficamos com a sensação que se tivéssemos ficado em casa a ver aquele DVD que nos ofereceram nos anos, teríamos feito melhor.


Ter um filho no Hospital da Luz...
Foi como ir à Aula Magna ver Dave Mathews na primeira fila. A sensação de ter o Dave (sim, quase nos tratamos por tu) a cantar só para mim, a qualidade de som ideal para o espaço pequeno e acolhedor, tudo conjugado na mais perfeita combinação de elementos. Somos alguns, mas parece que somos apenas duas pessoas naquela sala. Vivemos cada pormenor, cada momento, cada nota musical com todos os sentidos apurados na companhia da pessoa que mais amamos. Só nós os dois e os músicos. E a música perfeita envolvendo-nos cada vez mais e fazendo com que nos apaixonemos ainda mais um pelo outro. À saída, ainda temos direito a noite de lua cheia, céu estrelado, passeio a pé por Lisboa de mãos dadas e vontade que o dia não acabe nunca. 

Foi mágico.

Ainda o parto...

O meu primeiro filho nasceu na Maternidade Alfredo da Costa (MAC) por opção minha: era perto de casa, era confiável, é público, foi o sítio onde eu nasci, enfim... várias razões nos levaram a escolher uma médica de lá que nos seguiria no privado. Foi um parto complicado que já foi visto e revisto por mim e pelo J mais de mil vezes, a recuperação do parto ainda foi mais complicado mas, de um modo geral, recomendo a MAC a qualquer pessoa que me peça opinião.
Acontece que quando engravidei a segunda vez, as notícias avançavam o encerramento da MAC até Dezembro. Ficou então a MAC fora do baralho de opções para termos o segundo filho (só mais tarde é que se soube que afinal só encerraria as suas portas em Março deste ano, pelo que podíamos ter feito o parto lá, mas isso agora não interessa nada). Por causa da experiência do primeiro filho, e apesar da troika e da crise e do PPC e dos cortes e de mais um sem número de razões sociais e económicas já conhecidas por todos, fizemos um esforço adicional e optámos por ser seguidos no privado e fazer também o parto no privado. Chamem-nos esquisitos...!

... Continua...

15/02/2013

Já no Hospital,

ao ser observada, a médica olha para mim com "aquela" cara. Não consegui interpretar muito bem o que "aquela" cara queria dizer, mas mantive-me serena, que eu nestas coisas não gosto de misturar os nervos; sei que nunca dá boa mistura. "A Susana está com sete dedos de dilatação! O trabalho de parto está feito e eu vou chamar a equipa de anestesia com urgência, antes que dilate mais e não possa levar epidural. Quem é o seu médico?"
A partir daqui, não tenho  noção nenhuma do tempo que passou. Tenho flashes na minha memória que não sei se conseguiria ligar e fazer uma história: todos a dizerem que valente que eu tinha sido por ter feito o trabalho de parto em casa, a anestesista a gabar-me porque não mexi nada mesmo no meio das contracções, a bolsa de água a rebentar, o J sempre comigo, o médico a chegar e a dizer que tinha acabado de se deitar quando lhe ligaram, eu a pedir desculpa ao médico por tê-lo acordado, a ida para o bloco, o meu marido vestido à Dr. McDreamy e eu a apaixonar-me por ele outra vez, cinco pessoas no bloco, eu a fazer força no sítio certo, e de repente, aquele barulho... aquele som que nunca me há-de sair da cabeça, o momento da expulsão, o momento em que o meu filho nasce, respira pela primeira vez. Aquele som que diz que mais uma vida vem encher as nossas vidas. Aquele som mágico em que tudo começa, o milagre da vida, o primeiro segundo.
Eram 23:57 de sábado, dia 9 de Fevereiro.

Eu andava a abusar,

bem sei. Mas já estava cansada daquela azia e, sinceramente, dava imenso jeito ao meu marido que o Manuel nascesse naquele fim de semana. Ainda assim, estava a abusar para que acontecesse no domingo.
Ainda no sábado, depois do almoço, começaram as contracções. Sem dor, muito irregulares (ora de 20 em 20 minutos, ora de cinco em cinco) e eu em casa sozinha com o António a brincar: puzzles, pistas de comboios, corridas de carros, tudo! A partir das seis da tarde, as contracções começaram a chegar com dor. Numa escala de 0 a 10, alternavam entre o nível 4 e o 6. Mandei mensagem ao meu médico, que me disse para ir andando para o Hospital para ser avaliada. "Humm" - pensei eu - "se eu for, mandam-me para trás porque isto ainda está atrasado". Pelo sim, pelo não, fui fazer uma sopa para deixar aos rapazes. Liguei ao J para saber se ele continuava alerta. "Mas queres que eu vá já?", pergunta. "Não! Isto ainda está atrasado!"
Comecei a apontar as horas das contracções, pus tudo na Bimby e continuei a brincar com o mais velho. Uma das brincadeiras era-me muito conveniente: a estátua. Quando eu dissesse "estátua", tínhamos que ficar muito quietinhos (aqui para nós que o puto não ouve, até a contracção passar). 
Pelas oito da noite, depois da sopa feita e do mais velho jantar, elas começaram a apertar: três em três minutos. Toca de ligar ao marido outra vez:: "é melhor vires andando. Mas janta antes que eu não fiz nada para ti". 
OK, estava decidido que iria ao Hospital, quando é que seria a próxima vez que ia lavar o meu cabelo? Nem pensar: toca a tomar banho. Um banho quente para relaxar antes de parir é das melhores coisas do mundo. Já da outra vez foi assim e recomendo. Claro que tive um pequeno deslize hormonal e chorei no banho. Nervos? Ansiedade? Felicidade? Medo? Não sei... talvez tudo ao mesmo tempo.
Quando acabei o J já tinha chegado (sem jantar!!!), sequei o cabelo, vesti-me, tiramos as fotos da praxe antes de sairmos, e  fomos deixar o mais velho nos Avós. 
Eram 10 e meia da noite.

...Continua... 

O Manel já chegou

e agora é só encaixar mais horas no meu dia para vir aqui contar as novidades.
E são tantas...

E tão boas!!

08/02/2013

Sai uma cesariana para a mesa do canto, s.f.f.

Se há coisa que eu gosto é de estar grávida. Gosto de sentir os pontapés a toda a hora, gosto de ser mimada por todos, gosto das perguntas das vizinhas, gosto dos palpites ("com essa barriga, só pode ser menina"), gosto das conversas com o médico. Dispensava as milhentas análises e a azia. Do resto, não me posso queixar.
Nunca percebi as outras Mães que diziam que estavam fartas, que queriam já os bebés nascessem logo, que já não aguentavam estar grávidas. Muito menos aquelas que diziam que não gostaram de estar grávidas. Nunca disse isto a ninguém, mas sempre considerei que quem dissesse uma coisa dessas era um bocado esquisita.

Até agora...
Ora bem: estou, praticamente, há quatro meses em casa a ver se o puto não nasce antes do tempo. Há quatro meses com contracções, colo vigiado, ameaças de parto prévio, o diabo a sete. Quatro meses nisto, e chego às 38 semanas sem sinais de que o miúdo queira vir cá para fora. Eu nem me importo muito com isso: enquanto aqui está dentro, vou podendo dormir quando quero, fazer o que quero à hora que quero. Mas, enquanto aqui está dentro, ele está a crescer (e o médico já me assegurou que este vai ser maior que o primeiro)! E ponho-me a pensar que ele vai ter de sair por algum lado, a bem ou a mal.

Desejos para Fevereiro? É voltar a ler o título, por favor.

01/02/2013

36


Entretanto fiz anos. 36. TRI-TA-E-SE-IS!!! Ofereci-me uma máquina de lavar louça e sou a mais feliz. As malas estão prontas, a casa está pronta para receber o novo membro da família, eu estou pronta.... Bullshit!! Estou com mais medo do que da outra vez. Agora sei ao que vou e o que me espera. Não tenho medo do parto, nunca tive. Tenho medo do depois, da má experiência com a amamentação, da falta de paciência para algumas visitas, da privação do sono, da recuperação. Se por um lado me sinto mais madura para enfrentar algumas situações complicadas, por outro lado sinto-me insegura porque tenho outro filho a quem dar atenção e mimo sem mudar muito a rotina. 

Além de inútil, sou uma  medricas!
Prometi uma série de coisas quando fiquei em casa de baixa: escrever mais, ler mais, aprender a acalmar-me mais. Olhando agora para trás, vejo mais um bullshit! O livro está na mesma página, comecei a ler outro com a desculpa que este não estava a interessar, li umas 50 páginas, e ali está ele, pronto para levar para as consultas onde consigo ler mais duas ou três páginas. 
O blog estava parado há quase um mês. 
Continuo a stressar com pequenos nadas.

Sou uma inútil.

E contra todas as previsões,

cheguei a Fevereiro grávida. Todos os dias digo que amanhã é que vai ser, porque já conheço os sinais, porque da outra vez aconteceu assim ou assado, porque sinto isto ou aquilo. Bullshit!! O excesso de confiança está a mostrar-me que não sei nada de nada e muito menos de sinais de parto. Ainda faltam três semanas para o fim de tempo. Tudo pode acontecer.