06/07/2010

Sobre o calor, o passado e o presente.

Estes dias quentes fazem-me lembrar daquele verão de há 8-10 anos. Eu estava desempregada e ninguém aguentava o calor. Em casa (ainda dos meus pais, na altura) não corria uma aragem e apesar de adorar este tempo, já me sentia sufocar.
Mandei um SMS à R., e lá fomos nós andar de carro com as janelas todas abertas só para sentir o vento na cara.
Uma noite, fomos parar à praia (naquela altura ainda se podia ir a Carcavelos à noite sem correr riscos) e até vimos um casal de idosos com um lençol no chão a dormir. Vimos imensas estrelas cadentes e a praia estava cheia.
Noutra noite, fomos ao Bairro Alto e não descansamos enquanto não encontramos uma esquina (assim dito até pode ser mal interpretado, mas esta é a verdade) com uma corrente de ar. Encontramos ali para os lados dos Fiéis de Deus com a R. da Rosa (havia um bar que já não me lembro o nome) e por lá ficamos com uma bebida qualquer até às tantas.
Apesar de tudo, eram boas aquelas noites. Tínhamos sempre o que conversar, mas se não tínhamos também não havia problema porque o silêncio nunca foi desconfortável.

Esta noite, com as janelas todas abertas, não corria uma aragem nesta casa. Levantei-me quatro vezes: uma para fazer xixi, outra para beber água e as outras duas para dar água ao António.
É isto.

1 comentário:

Rafa disse...

Good old days! :)