Ontem fui fazer a ecografia das 32 semanas.
Isto lido assim, não passa de uma informação banal. Simples. Um facto. E para mim, até ontem, até ao momento que saí daquela sala escura onde disseram que a minha filha está óptima e no percentil 75 de comprimento (o que me deixou muito feliz porque gostava que ela fosse alta como a Mãe), também era um facto banal.
Foi quando me deitei que percebi tudo. Como é que não percebi antes??
Esta foi, muito (muuuuito) provavelmente, a última ecografia que farei porque esta será, muuuuito provavelmente, a minha última gravidez. E foi ali deitada na minha cama, com o meu filho mais velho a dormir encostado a mim e o (ainda) mais novo no quarto ao lado, que senti uma tristeza imensa. Porque para mim, isto de ter filhos é muito giro. Acho mesmo que foi para isto que nasci e tenho pena de ter percebido isso tão tarde (ou não, mas isso não interessa para agora). Mas o melhor nesta coisa de ter filhos, pelo menos para mim, é estar grávida. Adoro estar grávida, sempre adorei, era capaz de estar num permanente estado de graça. Adoro sentir-me especial, adoro sentir uma vida a crescer, adoro sentir os pontapés, adoro adoro adoro! (É provável que o facto de não fazer barrigas muito grandes, não engordar mais que 8kg, não enjoar, ajude a sentir-me bem com esta pança.)
E depois desta? Como vai ser? E se o meu marido nunca ganhar o euromilhões, condição declarada para termos mais filhos?
Ontem, tal como disse aqui, foi um bom dia. Mas acabei-o a chorar: de tristeza e de felicidade ao mesmo tempo.
Se é que isso é possível...
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