A capacidade que eu tenho de desconstruir toda uma mensagem num único e último parágrafo, merecia um prémio de autor...
29/02/2012
28/02/2012
Se apenas por um dia...
pudesse deixar de ser Mãe e mulher e dona de casa. Passar 24 horas sem sentir que o meu coração bate fora do meu peito, mas no peito de um menino reguila de dois anos e meio. Se pudesse sair de casa à meia noite e passear nas Avenidas Novas e sentir o cheiro das flores da Gulbenkian. Se pudesse ir ao cinema se me apetecesse e comer um saco cheio de gomas. Se pudesse voltar a comprar uns ténis de 100 euros só porque sim, sem pensar no abalo que levaria a minha conta bancária. Se pudesse sentir o silêncio absoluto e ler um livro do início ao fim sem pensar no tempo que levaria a faze-lo. Se pudesse sair de manhã e enfiar-me no mar no dia mais frio de inverno, mesmo que estivesse a maior flatada do ano. Se pudesse passar o dia a saber que não tenho jantar feito e nem sequer me importar com isso. E se me apetecesse, ir tomar café a Torres Novas ou ao Algarve ou a Évora.
Se pelo menos pudesse, por um dia apenas, voltar a ficar sozinha, estar sozinha, SER sozinha...
...gostava que nesse dia estivesse de folga.
18/02/2012
Ritual da Manhã.
16/02/2012
Ritual da Noite.
- Mamã, o Kiko? - e dou-lhe o ursinho que dorme com ele desde que nasceu.
- A tataia? - e dou-lhe a chuchinha.
- Óta tataia? - e dou-lhe a outra chuchinha (ele dorme com duas desde que me lembro).
- Me-mé? - é a ovelha.
- Mu-mu? - a vaca Vitória.
- Á-á bólna? - o CD da Leopoldina.
- Óta á-á bólna? - não preciso explicar, pois não?
E quando eu penso que já não há mais nada:
- Mamã?
- Sim?
- Miau uuf? - a luz de presença do Ikea que ele acha que é um gato.
Não sei como é que ele ainda cabe naquela cama...