Nunca gostei muito do Benfica. Aliás, devo ter gostado há muitos muitos anos, por influência paternal, mas depois ganhei juízo e fiz a minha própria escolha clubística (é verdade que dou às competições desportivas a mesma importância que dou à taxonomia vegetal, ainda assim tenho o meu clube do coração, claro).
Hoje, apenas e só por proximidade (e um bocadinho pelo preço, confesso), fui inscrever o António na natação do Benfica. Às dez da manhã encontrei a piscina da catedral e disse à senhora da secretaria que queria fazer a inscrição do meu filho.
Senhora da secretaria: E que idade tem a criança?
Eu: Tem um ano.
Senhora da secretaria: Pode ver o folheto dos horários mas não há vagas.
Eu, a olhar para os horários que já sabia de cor porque já tinha feito a pesquisa: Como não há vagas? Tem estas turmas todas e não há uma vaga?
Senhora da secretaria: Não.
Virei as costas e vim embora. A minha frustração não cabia naquele estádio. Devem pensar que têm 6 milhões de adeptos e por isso podem dispensar mais um.
Pois se até ontem ia deixar o meu filho escolher livremente o clube, a partir de hoje vou influenciá-lo o mais que puder. Ou melhor, vou deixá-lo escolher, desde que a escolha seja por aquele clube do norte de cor azul.