17/08/2010

Acidentes.

O meu filho fez um corte no dedo. O corte é pequeno mas saiu muito sangue. Enquanto tentávamos estancar o sangue, que teimava em não parar de sair, fiquei calma. Ele estava bem disposto, muito activo como sempre, e a parte difícil foi obrigá-lo a ficar com a mão parada. Ele continuava a rir e a querer brincar com tudo o que via.
Conseguimos fazer um curativo com uma compressa e adesivo. Ele, cheio de sono, bebeu o seu biberão da noite e adormeceu. Está a dormir com o dedo espetado.
O meu filho tem quase 11 meses e nunca ficou doente.

Agora, quase uma hora depois do "acidente", só tenho vontade de chorar. Não vou poder evitar todos os acidentes. Não vou poder fechá-lo numa redoma de vidro. Não vou conseguir protegê-lo da dor. Vão haver acidentes piores e eu não vou conseguir evitá-los.

Isso deixa-me triste. Muito triste.
Ser Mãe, às vezes, dói muito.

1 comentário:

disse...

A mim acontece-me uma coisa estranha: sempre que há um acidente, é como se o meu coração parasse e eu entrasse em piloto automático; torno-me a pessoa mais calma do mundo (o que normalmente não é verdade)para tentar acalmá-la a ela, perceber a dimensão da coisa e tratar.
Sim, acho que a parte dura de ser Mãe é essa: aceitar que nem sempre os vamos poder proteger. O importante é estarmos sempre lá para eles!