28/05/2010
27/05/2010
26/05/2010
Sapos
Não gosto de engolir sapos.
Pensei que, a partir de certa idade, pudéssemos mandar à merda certas coisas e deixar de engolir sapos. Mas não. E a culpa é dos meus pais que me educaram e ensinaram a respeitar e essas cenas chatas, resumindo: a ser cínica o suficiente para mostrar o meu melhor sorriso ao fazer o glup.
22/05/2010
O primeiro e único bebé que eu peguei ao colo em toda a minha vida, foi o meu filho...
... até hoje.
Peguei no G., que estava a chorar desalmadamente e eu senti que devia tentar acalmá-lo. Pu-lo no meu colo, bem aconchegado ao meu peito, levei-o até à rua (porque o calor apertava) e ele, por dois breves minutos, parou de chorar. Depois, abriu a goela e continuou. Era fome e eu fui chamar a Mãe dele que ainda estava no ensaio.
Só depois é que caí em mim e percebi que nunca tinha feito uma coisa deste género. Nunca, antes de ser mãe, me passaria pela cabeça pegar num bebé de livre vontade. E mesmo depois de ser mãe, demorei oito meses a ter coragem (ou o instinto, se quiserem chamar-lhe assim).
E foi fixe.
Serviço Público #4
Convém verificar os bolsos das camisas antes de as pôr na máquina. Se já viveram a "agradável" experiência de lavar calças com lenços de papel, experimentem lavar uma camisa com um maço de cigarros no bolso.
21/05/2010
15/05/2010
Tempo.
O tempo é escasso e escasseia cada vez mais. O tempo livre, esse, nunca é o suficiente e há sempre mil coisas para fazer.
Odeio perder tempo.
Simplesmente, odeio.
14/05/2010
13/05/2010
Achei bem esperar pelo 13 de Maio para escrever sobre este tema.
Não sou católica. Tive uma educação baseada em princípios católicos, andei num colégio católico, fui baptizada, fiz a Primeira Comunhão, andei na catequese. Ia à missa todos os domingos e aquilo fazia sentido: aquelas histórias, aquelas palavras, os valores. Mais do que um complemento à minha educação, aquilo era um complemento à minha formação.
O Padre Jardim era o culpado disto tudo: fazia uma missa especial para crianças, ajudava-nos na confissão e tratava todos os meninos pelo nome. Perguntava se nos tínhamos portado bem na escola, se ajudávamos a Mãe em casa e se brigávamos muito com os irmãos. Contava-nos as histórias da Bíblia como se fossem histórias de encantar ou contos modernos. Ensinava-nos a respeitar o próximo, quem quer que ele fosse. E nunca se esquecia de ir ver-nos nas festas de Natal ou de final de ano lectivo.
Até que chegou o dia em que o Padre Jardim foi embora: sabíamos que tinha ido para outra paróquia, mas éramos muito pequenos para perceber que Carnide fica mesmo aqui ao lado e que a mudança nem sempre traz algo de bom. Com o Padre novo era tudo uma seca e tínhamos imensas coisas para decorar e dizer todos ao mesmo tempo durante a missa. As músicas não eram aquelas que conhecíamos e já não tinham palmas. Para mim, toda a Igreja se tornou sisuda e só ouvia falar de castigo e penitência.
Mais ou menos por esta altura, lidei pela primeira vez com a dura realidade da morte. Sim, as pessoas morriam, mas era lá longe, nos filmes e nas novelas. Como é que, de repente, aquela pessoa que eu via todos os dias podia simplesmente desaparecer? Aquele mesmo Deus com quem eu estava a zangar-me permitiu que isso acontecesse a mim: que sempre tinha ajudado a minha Mãe, que fazia sempre os trabalhos de casa!
Zanguei-me definitivamente com Ele. Mais tarde, ainda houve uma tentativa de reconciliação, quando conheci Roma (quem é que não se torna católico em Roma?), mas logo a seguir outra rasteira ainda mais cruel, ainda mais injusta e tornei-me definitivamente ateia.
No sábado passado, tive uma das maiores (e melhores) surpresas da minha vida. Fui ao casamento do meu amigo mais antigo, que por acaso casou com a minha prima. E qual não é o meu espanto quando vejo, na sacristia, o Padre Jardim. Quando fui dar-lhe um beijinho, ele disse "lembro-me tão bem desse sorriso, mas já não me lembro do nome; afinal, já lá vão 20 anos...". Confesso que fiquei comovida.
Foi uma cerimónia bonita, e, naquele momento, voltei a ter 10 anos e tudo voltou a fazer sentido: o Padre Jardim estava a tratar-nos pelo nome e batemos palmas a cantar. Apesar de não ter conseguido assistir à cerimónia toda (não tinham nada que casar na hora do lanche do esfomeado do meu filho) posso dizer que foi um dos casamentos mais bonitos que já vi.
Gostava que o meu filho conhecesse a Igreja que eu conheci e vivi com o Padre Jardim. Tenho a certeza que faria dele um Homem melhor.
10/05/2010
Serviço Público #3
Os adesivos protectores dos calcanhares da Compeed são tão bons, mas tão bons que só hoje, três dias depois de os pôr é que me lembrei que ainda não os tinha tirado. Quando olhei para os pés, lá estavam eles bem coladinhos no mesmo sítio, desempenhando orgulhosamente a sua função.
Se calhar, e porque não são baratos, deixo-os postos até ao próximo casamento...
...
...
... que é em Julho.
07/05/2010
06/05/2010
05/05/2010
Sou uma mulher simples, mas gostava de gostar de ser coquette.
Não me lembro de falar aqui de vestidos-sapatos-maquilhagem-e-afins. Sim, já falei de roupa e tal, mas não é tema de conversa que eu goste de ter e muito menos de puxar. Odeio ir às compras, experimentar roupa e normalmente, vou sempre comprar uma coisa muito específica: uma camisa branca, umas calças verdes, uma camisola azul. Quando olho para o roupeiro e o vejo vazio (aconteceu duas vezes: uma quando comecei a trabalhar num sítio onde não podia usar calças de ganga e ténis, e outra depois de parir porque nada me servia e tudo me incomodava), telefono à minha amiga R. que faz o sacrifício (not) de ir comigo às compras.
Não arranjo as mãos, não pinto o cabelo, já fiz madeixas uma vez (devia estar distraída) e nunca arranjei os pés.
Não perco nem um minuto em maquilhagem, simplesmente porque não uso. De todo! Uso creme hidratante e é quando não me esqueço de o pôr. Seco o cabelo porque sou uma flor de estufa e tenho medo de sair com ele molhado, e escolho a roupa do dia três minutos antes de sair de casa.
Por tudo isto, não percebo porque é que a cabeleireira que me corta o cabelo duas vezes por ano há uns 10 anos ficou em choque quando eu marquei hora para sábado para fazer um rabo-de-cavalo para o casamento da M. e do S.
- Um rabo-de-cavalo? Vais pagar para te fazerem um rabo-de-cavalo? - pergunta ela.
- Mas não quero um rabo-de-cavalo qualquer. Quero este:
Nota: o leitor que não pense que sou uma desmazelada-amarrotada; faço depilação de 3 em 3 semanas, religiosamente. Ok?
02/05/2010
Dona de casa quase desesperada.
Estou aqui a pensar que:
também tenho uma D. Lurdes uma vez por semana que me limpa arruma passa,
também tenho um filho porreiro que dorme 10h por noite,
tenho um marido que come fora na grande maioria dos dias (almoço e jantar),
raramente cozinho,
ainda por cima, trabalho 5 horas por dia.
Então porque raio não consigo:
ler duas páginas de um livro sem adormecer,
ver 15 minutos de um filme sem adormecer,
encostar a cabeça por mais 5 segundos sem adormecer?
Há pessoas que sabem o segredo e não querem partilhar.
Não há?
Dia da Mãe
Eu podia escrever tanta coisa sobre a minha Mãe e sobre mim que sou Mãe e sobre este dia que faço imensos meses de namoro e bués de meses de casada e sobre a importância do dia 2 nas nossas vidas...
Mas não vou escrever nada. Estou a namorar o meu bebé.
Costas.
Se alguém souber um truque ou mezinha para que estas dores de costas, estas aqui mesmo no meio que parecem paus a espetar de dentro para fora e que vem a subir até ao pescoço e que não deixam dormir nem estar confortável em posição nenhuma e que agravam na hora do banho diário de uma determinada criança de 8,5kg, agradeço que me informem.
Muitíssimo obrigada.
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