05/01/2008

# 5

Esta foto foi tirada na Praia do Amado em Julho de 2007 pelo A.
Hoje, não houve surfada. Marés vivas e ondas de 6 metros.
Nada melhor do que uma recordação do Verão.

02/01/2008

# 2


Há novidades na Casca.

É uma ideia roubadíssima da Sofia, mas que achei que seria uma boa desculpa para tornar isto mais activo. Uma foto por dia tem o objectivo de chegar ao dia 31 de Dezembro com 366 fotos diferentes e, consequentemente, 366 postas. Além disso, o Pai Natal ofereceu-me a máquina fotográfica que andava a namorar desde Setembro, e tenho de lhe dar uso.
Ignorem a pouca ou nenhuma qualidade das fotos e sintam-se à vontade para comentar.

31/12/2007

2007

Despeço-me deste ano sem saudades. Este não foi, de todo, um bom ano. Pelo contrário: foi um ano que começou difícil, com uma grande desilusão. Desilusão essa que levou a optar por cortes com pessoas, com referências, com Amigos. Foi um ano com decisões (deixar de fumar, voltar a dançar), com descobertas (o surf), com aproximações (do meu irmão, do Primo J.), mas também de grande solidão, de amadurecimento, de grande frustração. Foi o ano em que percebi da pior maneira que sou uma mulher adulta e percebi também que não estava preparada para isso. Não sei se este foi o pior ano mas não me lembro de um tão mau como este.
Não tenho muita vontade para festas mas estou contente por saber que vou deixar este ano para trás. E vou também tratar de o apagar do meu calendário com a maior brevidade possível.

Bom 2008 para todos.

26/12/2007

Xmas Eve

Superou todas as expectativas. Eu, que este ano comprei nada mais, nada menos que três-presentes-três, que estava sem pica nenhuma para jantares de Natal, para reuniões de família e para fretes de qualquer espécie, até achei piada à coisa.
Éramos 15, com idades compreendidas entre os 14 meses e os 82 anos, com direito a bacalhau (não era cozido com todos, mas assado com batatas a murro também não caiu nada mal), a salmão fumado, camarão cozido e outras iguarias. E um belo vinho. Tão belo que me deixou as bochechas encarnadas por algumas horas.
Houve também teatro infantil, muito parecido com aquele que fazíamos quando éramos daquela idade. Este teve banda sonora e tudo, mas as crianças de hoje já tratam a tecnologia por tu, enquanto no meu tempo ter um ZX Spectrum era um luxo que nem todos podiam ter.
Abrimos os presentes bem depois da meia noite, tal foi o convívio e a diversão da peça de teatro. Ninguém teve que adiantar os relógios para acalmar os ânimos, porque estávamos bem assim. Por alguns momentos esqueci-me de tudo: das frustrações, dos sonhos, dos desejos, das tristezas, das angústias. Porque foi Natal.
E, para mim, isto é que é o Natal.

21/12/2007

"O coveiro que o diga quantas vezes se apoiou na enxada
E o coração que o conte quantas vezes já bateu para nada."

Balada da Rita, Sérgio Godinho

08/12/2007

Ou então, não...

Sim, algo mudou. E não foi apenas o template da Casca (aproveito para avisar que com esta mudança perdi os links e só pus os que sei de cor, e por isso peço desculpa a todos os linkados que deixaram de o ser mas que podem mandar-me o link pró mail que eu reponho).
Mudei o corte de cabelo. Arrependo-me de o ter feito a cada duas horas e nos intervalos, adoro.
Mudei de óculos. Um bocadinho mais antiga, mas não deixa de ser uma mudança. Ninguém gosta (só tu, R.), mas eu adoro esta armação arrojada.
Nem por isto mudou a minha atitude perante a vida.

Adorei a viagem. Foi uma semana a andar muito, a dormir muito e a partilhar muito. Muitas saudades foram aniquiladas naqueles dias e na despedida, como há 20 anos, tinha uma lágrima no canto do olho. (Btw, adoro-te tanto, miúda. Obrigada pela semana fantástica!)
Mas quando cheguei, tudo continuava igual.

Recomecei a dançar. Quinze anos depois de ter desistido do Ballet, ganhei coragem e inscrevi-me numa aula para crescidas. Esta semana já fui três vezes. A dançar sinto-me preenchida, sinto-me realizada. Sinto que o tempo parou, sinto-me com 15 anos outra vez, sinto que nunca houve uma interrupção e que o Ballet sempre fez parte da minha vida. Ontem, na aula de Contemporânea, fui feliz. Respirei paz. Pela primeira vez desde há muito tempo, voltei a ser eu.
Ao deitar-me, olhei para trás e pensei no tempo que separou aquela decisão do dia de ontem. E confirmei que a minha vida está cheia de opções erradas. Desistir do Ballet e do Conservatório foi, talvez, a primeira e a mais dolorosa de todas estas opções. Depois veio a escolha da área D, a escolha do curso de Comunicação Social, a escolha da Universidade, a escolha dos empregos... Até hoje, ao emprego que tenho hoje que não me completa nem me faz feliz. E volto outra vez à frustração que sinto e que tenho tentado desabafar mas este feitio filho da mãe amordaça-me e não me deixa explicar. E chorei durante horas. Nem sei quantas horas, mas as suficientes para acordar com a cara inchada e umas olheiras até ao chão. E chorei e gritei e solucei para ver se esta coisa que me tem apertado o peito e roubado o sorriso saía daqui de dentro e eu voltava a ver o sol.

E isto tudo foi escrito em turbilhão e nem vou reler para não me arrepender de ter escrito.
Peço desculpa por eventuais erros.

24/11/2007

@ Barcelona. Again.

Fora.
Uma semana longe daqui.

E sempre a esperança que, quando voltar, algo tenha mudado.

31/10/2007

Hoje estava disposta a abrir o jogo. Estava disposta a descarregar esta angústia toda para aqui sem pensar no que os outros vão pensar quando lerem. Ando farta de medir palavras de pensar primeiro dos outros antes de escrever. Tenho de começar a aprender a encarar os meus sentimentos e a vivê-los e a mostrá-los como antes mostrava. Talvez se os escancarar fique mais fácil suportar. Há muito tempo que ando a sentir-me um nada. Há muito que ando a pensar no que é que eu estou aqui a fazer. Há muito que descobri que não era nada disto que eu queria fazer na vida. Os sonhos foram desfeitos há muito tempo e o copo está meio vazio há muitos muitos anos. Ultimamente já nem vejo o copo! Tento disfarçar mostro-me forte. Finjo estar tudo bem digo a toda a gente que adoro esta coisa de ser independente. Uma mulher moderna e cosmopolita e independente. Com um emprego e uma casa e um carro. Mostro que posso fazer o que eu quero a toda a hora. Que não estou condicionada por nada nem por ninguém. Passo férias sozinha e vou para a praia sozinha e compras sozinha e noites sozinha e viagens sozinha e cinema sozinha e fins-de-semana sozinha. Tudo sozinha. E que adoro. E que estou realizada. E que sou feliz. Mas a verdade está toda distorcida. A verdade não é esta nem nunca foi. Talvez tenha sido em algum momento do passado. Talvez seja em alguns (muito poucos) momentos do presente. A verdade é que estou farta de estar sozinha. Estou cansada de adormecer e acordar sozinha. Falta a partilha. A cumplicidade. A companhia. Na maioria das vezes bastava uma companhia. Simples assim. Companhia. Saber que alguém está ao meu lado e se importa. Saber que eu me importo com alguém que está ao meu lado. Merda. O medo que eu tenho de não conseguir apaixonar-me outra vez. Medo que isto fique assim para sempre. Merda. O medo. Sempre o medo.

22/10/2007

14/10/2007

Não percebo porque é que insistes em fazer as coisas mais difíceis do que elas são. Quando, na verdade, bastava teres-me puxado para dançar.

08/09/2007

Cena Estranha

Não se passou nada de especial.
Não aconteceu nada de novo.
Não chegou o Verão, porque esse já cá estava.
Não estamos na Primavera, que essa já lá vai.
Não vou de férias, que essas ainda vêm longe.

Pois que não sei o que se passou.
Só sei que ando com uma pica enorme para aproveitar todos as minutos da vida, com pica para sair de casa, para acabar com esta letargia, com pica para acabar com esta preguiça e esta auto comiseração em que vivo há uns meses - not - anos.

E isto não tem nada de especial, mas resolvi escrever aqui para que toda a gente veja. Porque o importante disto é que deixei de ser invisível.
A mim e aos outros.

28/07/2007

Vazio

As férias acabaram. Correram muito bem, apesar de tudo. Mas o pior de passar férias sozinha é ficar sozinha em Lisboa, a trabalhar, quando todos estão de férias. Ou seja, continuo sozinha... O que também não é mau de todo, porque acabo por fazer o que me dá na real gana às horas que me apetece.

Apetecia-me desbaratinar com um monte de coisas que me têm passado pela cabeça e que me deixam meio revoltada apesar de querer mostrar ao mundo que está tudo a correr bem e que estou feliz e contente com a vida. Mas está muito calor e não me apetece e prefiro não mostrar este vazio que sinto há meses e que não há verão que derreta esta solidão.

17/07/2007

Pensão Boa Esperança

Cá está uma experiência nova.
Depois de uma breve passagem pela capital para exercer o meu direito de voto, que prefiro não desperdiçar, e para arranjar a direcção assistida do Banana Car, que com um mês já deu o berro, rumei, desta vez, para terras alentejanas. Para variar um bocadinho: Porto Covo (Milfontes não me escapa, mas mais para o final da semana, e, desta vez, com companhia).
O mais importante destas férias: o surf. Apesar de tudo (e tudo leia-se aulas por telefone, visualização de dvd's de iniciação e muita prática autodidacta), já consigo pôr-me de pé em todas as ondas e, mais ainda, manter-me de pé! Foram precisas muitas cabeçadas, nódoas negras, muitos músculos doridos e muitas idas para a cama às 11 e meia da noite. Não fossem as horas esquecidas na Praia do Amado até os lábios ficarem todos enrugados (como quem come pevides como se não houvesse amanhã) e hoje ainda estaria na fase 0 (zero) do surf.
Mesmo assim, uma evolução.

07/07/2007

Férias

Depois de muito pensar, tomei a decisão de não levar o pc de férias comigo. Anti-social como sou, e tomando em conta que conheço apenas uma pessoa com quem vou de férias, achei melhor não levar mais nada que me possa afastar das pessoas, para além dos meus livros. Por isso, vou ficar afastada destas coisas durante a próxima semana.
Na minha segunda semana de férias, algo completamente novo se aproxima. Novo e diferente! Mas sobre isso falamos depois.
Por agora, vou aproveitar para não pensar em Banco, em Lisboa, em trabalho, em colegas nos próximos sete dias. Durante estes dias só vou pensar em ondas, dores musculares, escaldões e nódoas negras.

Boas férias para mim!

20/06/2007

Julho vai ser...

Não vou para o fundo do poço, como o Sr. Pássaro de Corda fez, mas vai ser muito parecido. Há sempre uma primeira vez para tudo, e para umas férias-a-um também! A um, não: a duas!!!
Porque a minha nova SurfBetty* vai comigo!
Contenti!

*Fotos daqui a uns dias.