Desde que a Teresa nasceu, hoje foi o primeiro dia que fui levar os rapazes à escola e não tive com quem deixar a pequena princesa. Ou seja, de manhã tive que me arranjar, vestir os rapazes, vestir a Teresa, dar-lhe um biberão, sair com um no colo e outra no ovinho (já disse que o Manu ainda não anda??), pôr tudo no carro e ainda ir buscar a minha sobrinha e leva-la connosco, porque anda na mesma escola. Não correu mal, se não tivermos em conta o atraso de meia hora dos putos, que quando chegaram já as reuniões de início de dia/semana tinham acabado.
Mas não é disto que quero falar: é engraçado levar quatro putos dentro do carro, com berros, birras e músicas pelo meio, mas este não é o tema.
O que se passou é que, depois de os deixar na escola, fui com a Teresa ao Continente fazer umas compras (coisa pouca) que me esqueci de pôr na lista do fim de semana. Como sempre, passei no corredor dos artigos de escritório e quem me conhece sabe que adoro olhar para canetas, lapiseiras e que me pelo por um caderno de capa rija com bonecada engraçada na capa. Claro que me apaixonei por um destes cadernos, de linhas, capa castanha a imitar uma claquete de cinema, giro giro. E pus logo no cesto e comecei, toda empolgada, a fazer planos sobre o que ia escrever: um diário da Teresa?, um diário dos filhos todos?, projectos e ideias?, ou receitas?, ou o sonho da minha vida: histórias para crianças?
Agora que cheguei a casa, apercebo-me que não escrevo no blog há quase um mês, os meses de Abril e Maio foram os menos produtivos da Casca, e que entre fraldas, sopas, banhos, colos e os quilos de roupa e de brinquedos que brotam na minha casa, pouco tempo me sobra para dormir, quanto mais para escrever.
E tenho vontade de chorar os 3,99€ que dei pelo raio do caderno, rajparta este impulso consumista.
Deve ser do pós parto...
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