04/12/2013

10 anos

Não sou muito de comemorar efemérides. É muito comum esquecer-me de aniversários importantes. Datas que marcam... não me marcam: marcam-me pessoas, acontecimentos, cheiros, imagens. As datas, pouco me importam.
Mas passaram-se 10 anos desde este post. O primeiro. E 10 anos é muito ano. Olhar para trás e ver tudo o que aconteceu neste período de tempo é um exercício engraçado mas remexer no histórico do blog abriria algumas feridas que há muito estão saradas e não vale a pena fazê-lo.
Gosto, sim, de pensar nas pessoas que se cruzaram comigo por causa da Casca (algumas ainda se mantém), gosto de perceber que isto nunca deixou de ser o meu cantinho preferido, gosto de nunca ter desistido (apesar de ter ameaçado), gosto de tudo o que partilhei. 
Às vezes, penso que gostava de ser parte mais integrante da blogosfera, mais popular, já que por aqui ando há tanto tempo (éramos tão poucos!!) mas sei que a linha editorial da Casca não é nem nunca será interessante para as massas. Nunca quis escrever coisas que considero banais só para encher chouriços. Nunca foi esse o propósito e nem tenho tempo para isso. Já segui muitos blogs e já desisti de os seguir precisamente por achar que não havia mais valia que pudesse tirar dali (btw, está na hora de fazer uma limpeza ao Feedly). Escrevo apenas aquilo que acho que merece ser partilhado, que eu quero ler no futuro, aquilo que eu quero guardar porque a memória vai perder, com certeza. Se passei a ferro ou não, se vesti azul com amarelo, se comi um pastel de nata inesquecível, isso não interessa para ninguém. Acho eu.
Há quatro anos, tonou-se um baby blog. Ou mais um mummy blog. Nunca prometi que não iria ser assim, até porque acho inevitável. Afinal, a Casca é a minha vida e a maternidade também! Todos os dias penso "é desta que vou escrever todos os dias", mas o corre-corre e a rotina fazem os dias todos iguais e, lá está: não queremos encher chouriços. 
Há ainda muita coisa que não vem para aqui. Algumas ficam nos meus cadernos outras apenas entaladas na garganta. Há lágrimas que não são publicadas, há conquistas guardadas, há vitórias saboreadas a solo. E há as coisas que ponho aqui. Que quero que vocês vivam comigo, que quero partilhar, que quero lembrar no futuro, que quero que os meus filhos saibam e que nunca esqueçam. E isso é a Casca. Tudo o que ponho na Casca sou eu mas eu não sou só a Casca. Sou também a Susana que alguns de vocês vêem todos os dias, uma Mãe descontraída, uma péssima dona de casa, uma mulher que faz os possíveis para ser feliz.

Parabéns a mim!

2 comentários:

Indefectivel disse...

Olá Susana! Gostei muito do teu texto. Mantém-te fiel à à escrita q está muito bem assim. Bjs

inha disse...

Parabéns a ti!
E parabéns à Casca que nos "apresentou", numa altura mais complicada da vida.
O importante foi o dar a volta e acompanharmos o nosso crescimento enquanto pessoas, e o crescimento da família.
Neste último estás à frente, mas eu um dia deste apanho-te ;)
A Casca és tu e é tão bom poder, com a Casca acompanhar o dia a dia da Susana, da mãe e da dona de casa.
Venham mais 10!