30/10/2013

Quando é que eu morro?

A pergunta foi feita assim de chofre, sem rede, sem preparação nenhuma. Nunca pensei que surgisse tão cedo: quatro anos, minha gente, acabados de fazer! Preparados para adormecer, a cabeça só devia ter coisas bonitas para criar sonhos bonitos e noites descansadas. Como raio foi aparecer esta pergunta?

- Mamã, quando é que eu morro?

E eu, sem perceber se ele sabia o que estava a perguntar, estava com medo de dar mais informação do que aquela que ele estava a pedir ou estava preparado para ouvir. 

- O que é morrer, António?
- É o que os peixes fazem quando ficam fora de água. Tu vais morrer?
- Vou.
- E o Papá?
- Também?
- E a Manu? E o Avô? E a Dadá? E a Vovó Paula?...
- Vamos todos morrer, sim. Mas ainda falta muuuuuuuito tempo!

Optei por dizer a verdade, apesar de não ter o dom da adivinhação e não saber exactamente quando é que vamos todos quinar. Achei melhor não especificar mais nada lembrando da regra de ouro: não responder mais do que é perguntado.

- E quando eu morrer, vou partido?
- Hã??
- Como os peixes! Vou partido?
- Não: vais inteirinho. Queres beber um copo de leite antes de dormir? Vou já aquecer.

Lição a aprender: não levar o mais velho à peixaria nos próximos tempos.

28/10/2013

Imaginação fértil

Ter um filho com imaginação fértil é perguntar-lhe o que fez na escola e ter respostas deste género:

"Fomos passear de autocarro com os amigos, subimos a umas árvores azuis que dão bolachas de chocolate. O Manu comeu só uma porque está muito gordo. Eu comi três."

"Nada. Nem jogos de chão, nem matemática, nem a experiência do feijão dentro do copo, nem fui ao recreio. Hoje não fiz na-da!"

27/10/2013

As pulseirinhas

A propósito deste post, lembrei-me desta história.

O meu filho mais velho gosta de tirar bolas naquelas máquinas irritantes que só nos fazem gastar dinheiro. Só está autorizado a tirar uma bola aos domingos, se o balanço da semana for positivo e se se tiver portado bem. Há uns domingos atrás, fui trabalhar e deixei-o na casa dos Avós. Na tentativa de incutir algum sentido de responsabilidade, dei-lhe uma moeda de 1€ e disse-lhe que podia escolher a bola quando fosse ao café com o Avô. Não largou mais a moeda, mesmo depois de lhe dizermos que podia pôr no bolso até sair de casa. Estava numa excitação que só vê-lo! Comecei a pensar que, se ele reagia assim com a primeira moeda de 1€ que ganhava, talvez fosse bom dar-lhe calmantes quando começasse a trabalhar.
A partir daqui, só conto o que me contaram.
Foram então ao café e o António pôde escolher a máquina das bolas. A escolha era alargada e foi muito pensada e ele lá se resolveu por uma delas. Momentos seguiram de cortar a respiração: a colocação da moeda na ranhura, o girar da alavanca, o compasso de espera e, finalmente e em apogeu, a caída da bola nas mãos da criança. Um excitex total!
Como de costume, levaram a bola para casa onde ia ser aberta em outro momento solene. Normalmente, os brinquedos que estão dentro são pequenos e para não perder são sempre abertas em casa. Quer dizer que o puto ainda teve de esperar 15 longos minutos pelo caminho até casa dos Avós em passo passeio, com a bola na mão e o ar orgulhoso. Gabo-lhe a paciência.
Chegados a casa, abrem a bola e no lugar de um Faísca McQueen ou qualquer outro carro de corrida (ou avião ou escavadora ou whatever), estava uma bonita e vistosa pulseira cor de rosa. O desgosto foi tanto, que o Avô ao ver o neto inconsolável, lhe prometeu outra bola depois do almoço (contrariando as minhas regras, mas é para isso que servem os Avós, certo?).
Quando fui buscá-lo, ele estava a brincar com uma cobra preta de borracha e eu perguntei se tinha sido aquele o brinquedo da bola. Ele foi buscar a pulseira e disse:
- Não! A cobra é de meninos. A bola tinha uma pulseira de princesas para a Mamã que é princesa. 
E foi buscar a pulseira e pôs-me no braço.
Agora, esta é a pulseira que o meu filho mais velho tão ansiosamente aguardou mas não se deixou abater pela desilusão, arranjado-lhe logo um bom destino. E eu, dificilmente terei coragem de a tirar do meu braço.

23/10/2013

Aqui também se fala de coisas sérias (mas só um bocadinho).

Normalmente, ponho gasóleo na Galp. E escolho a Galp por duas questões muito simples: porque é muito perto de casa e porque tenho um cartão Galp Frota que me dá um desconto de alguns cêntimos por litro. 
Normalmente também, ponho gasóleo até encher o depósito: quando aquela ceninha da mangueira estala é porque já está cheio, carrego mais uma ou duas vezes para acertar a conta, passo o cartão e já está. No final do mês nem confirmo se as contas estão certas porque tenho mais ou menos a noção de quanto gastei, de quantos depósitos enchi. 
É talvez importante referir que o mau carro faz, no mínimo, 40km por dia e por isso não gastamos assim tão pouco dinheiro em gasóleo.
Ora, nos últimos meses, chamada a atenção pelo meu marido, comecei a conferir também a quantidade de litros que ponho e os litros que eu gasto (há um botão no meu carro que se põe a zero quando enchemos o depósito, não pensem que sou eu que faço as contas á la pata!!). Acabamos, invariavelmente, por encher com 47 litros e o carro, invariavelmente, gasta 43 litros. Mais coisa menos coisa, há sempre uma diferença de sensivelmente 5 litros. Isto em euros é mais que 7. Multiplicando pela quantidade de quilómetros que fazemos diariamente, é uma renda.
Já falamos com os caixas das bombas e "ah e tal que está certificado e coiso". 
Mas isto não acontece só na Galp que está perto da minha casa: tem acontecido em todas as Galp a que vamos, já tentamos a BP, a Prio e uma outra que nem sequer me lembro do nome, que faz uns descontos porreiros aos domingos e, quando calha lá passar, aproveitamos. Ha sempre diferenças em todas.
Com certeza não seremos os únicos a reparar nisto e por isso peço a vossa ajuda, pessoal que lê este apelo, para fazer a mesma verificação e para me dizer qualquer coisa. Pode ser nos comentários do post ou mesmo ali no facebook. É que se formos muitos valerá a pena chamar a atenção da Deco, se é que alguém já não chamou e eu não soube pesquisar o tema.
Agradecida.

20/10/2013

Na alcofa






Outra vez com atraso, por questões técnicas.
Não podemos dizer que o pequeno já gatinha, porque o verbo certo seria rastejar, mas eu acredito que é uma fase transitória e que do arrastar da barriga para o apoio nos joelhos seja um tirinho [sempre ajuda a limpar o chão!!].
Quero acreditar também que quando repete infinitamente o som MA (mamamamamamamamamama...) está a chamar-me. Adora a escola, dá gargalhadas maravilhosas, tem seis dentes (que me estragaram as férias, mas isso agora não interessa nada) e deixou o vegetarianismo. Decisão acertada, direi eu, já que tem uma Mãe que não come e que pouco cozinha legumes. Começa a interagir cada vez mais e é deliciosa a cumplicidade com o irmão. 
Está um bebé grande e robusto, com uns caracóis que, juro, têm vida própria, e um sorriso contagiante. Simpático para todos, não estranha ninguém, adora tomar banho e ouvir música. 

O nosso Manu está o máximo!!

19/10/2013

Não há dois sem três

A verdade é que eu nunca gostei de números pares. Outra verdade é que eu sempre gostei de casas cheias e famílias grandes. Outra verdade ainda, é que tenho um marido que é tão ou  mais maluco que eu.
A notícia deixou-nos um pouco em estado de choque nem sei bem porquê. Há muito que sabemos o que fazer (ou não fazer) para não ter filhos... Apesar de sabermos que uma quinta pessoa nesta casa tornaria as coisas mais trabalhosas, queríamos muito ter mais um filho. E, se era para ter, era já, antes que o corpo se habituasse às noites bem dormidas e aos horários diurnos. 
Por isso, senhoras e senhores, meninas e meninos, temos todo o gosto de apresentar o novo mais novo:




O Homem da Atlântida

Ontem, ao dar banho ao mais novo, lembrei-me desta série que a-do-ra-va: O Homem da Atlântida. Não me lembro nada da história, se a série era boa ou não, mas posso confessar que o Patrick Duffy foi talvez a minha primeira paixão platónica (também por causa do Dallas).
E lembrei-me disto porque o Pequeno Manu chora copiosamente cada vez que sai da banheira. [Talvez ele seja o meu salvador de verões na praia, já que o mais velho tem medo do mar e guincha cada vez que é empurrado para menos de 200m da beira-mar.] Expliquei-lhe que o Mark tinha membranas entre os dedos das mãos para o ajudar a nadar, que tinha guelras e um sinal bem sexy em baixo do olho azul.
Ele parou de chorar. Acho que gostou da história.

18/10/2013

Ao fim de algum tempo, que eu não sei precisar,

mas sei que seguramente foi muito mais do que eu queria, voltamos ao tasco. O pc velhinho morreu (paz à sua alma) e agora jaz nesta mesa à espera que alguém o ressuscite (aka meu marido, que é homem jeitoso para a informática). Entretanto, lembro-me que no último post prometi novidades e piadas e anedotas e episódios e mil coisas que entretanto já a minha memória não conseguiu reter.
O que importa, neste momento, é que eu sou uma sortuda e hoje ganhei um computador novo, daqueles que andava a namorar há séculos, que tem uma maçã e tudo. Btw, estou fã da maçã. Rima e é verdade. E sou a mais feliz. A que tem mais sono, a que está mais cansada, mas a mais feliz por ter um computador da maçã.
Obrigada, Mamã!!!

Weee!!!!

08/10/2013

O tempo... ainda o tempo...

Agora que até tenho tempo para vir mais amiúde, com os miúdos na escola e algum tempo naquele (curto) período entre sair do trabalho e ir buscá-los, que tenho milhões de coisas para partilhar e novidades a crescer, que tenho episódios giros giros (principalmente do mais velho) para revelar, o meu computador pifou. 

Estou feita. 

04/10/2013

Da falta de tempo

Eu até gostava de vir aqui falar-vos das novidades, e das coisas boas e menos boas que têm acontecido por aqui. Falta falar das férias, do regresso ao trabalho, do início de ano do António e da estreia do Manuel na escola.
Mas falta-me tempo. Falta-me mesmo tempo. Claro que ir para a cama antes das 22h todas as noite não ajuda, mas há esta necessidade de dormir que é mais forte que o blogue.
Para terem uma ideia: ontem acabou-se o shampoo cá em casa, eu fui ao Lidl comprar leite, e hoje lavei a cabeça com Quitoso. 

Até breve.