28/09/2004

Gabriel García Márquez

"A mis doce años de edad estuve a punto de ser atropellado por una bicicleta. Un señor cura que pasaba me salvó con un grito: ¡Cuidado! El ciclista cayó a tierra. El señor cura, sin detenerse, me dijo: ¿Ya vio lo que es el poder de la palabra? Ese día lo supe. Ahora sabemos, además, que los mayas lo sabían desde los tiempos de Cristo, y con tanto rigor, que tenían un dios especial para las palabras".

21/09/2004

A pressão

está a ficar insuportável. O peso nos ombros é demasiado para este corpo. Não vejo solução, excepto ouvir e calar. Há valores que não se esquecem, independentemente do que toda a gente diz. E eu não fui educada assim. Seria este o objectivo daquela educação?
Eu não me sinto reprimida. Nem frustrada. Nem sufocada. Sinto-me dependente, e a dependência financeira é a pior, porque é a única que me faz ouvir e calar, o que vai contra a minha natureza. Sinto-me cansada, estafada, absorvida, sem forças, vazia.
Bolas...
Ninguém vive com os pais aos 27 anos!!!
Para o bem da sanidade mental desta família, tenho que sair de casa.

20/09/2004

Este post é para ti.

Sim, para ti.
Não penses que eu me esqueço de ti. Às vezes parece, porque ando distante, com mais gente para dar atenção, com mais trabalho a ocupar-me o tempo. Mas eu não esqueço nunca. Não esqueço que a nossa amizade é mais forte que qualquer muralha, que o tempo que já "desperdiçaste" comigo foi muito importante para a minha capacidade de ultrapassar alguns dos meus maus momentos, que tudo o que partilhamos - segredos, conversas, opiniões, músicas e tantas, tantas horas - fez-me acreditar que ia ter a tua companhia para sempre.
Fazes-me muita falta. As nossas brincadeiras, as nossas piadas, as gargalhadas, os silêncios, até. Esta separação tem-me custado muito. Pelas razões que toda a gente sabe e mais aquelas que só nós sabemos. Mas, principalmente, pelas razões que só nós sabemos.
Só quero que percebas que eu ainda estou aqui. À distância de um toque, de uma mensagem, de um telefonema. Quero que saibas que não vou faltar; só que, às vezes, tens de ajudar-me, porque eu também ainda não consigo adivinhar coisas. E só te peço uma coisa: dá uma hipótese. Não vais arrepender-te e é muito importante para mim.

Gostava tanto de partilhar contigo o que estou a viver...

14/09/2004

Comecei a trabalhar.

A primeira semana já passou. Somos poucos, as funções estão bem definidas desde o primeiro dia, há ponto para picar (ao contrário de muita gente, sou apologista deste tipo de controle porque, normalmente, eu sou o mexilhão que se lixa), enfim, uma coisa bem estruturada e organizada.
É um trabalho muito vocacionado para as artes plásticas e antiguidades. Como sempre gostei de ser rato de biblioteca, trabalhar numa galeria de arte não vai ser nada difícil.
Enfim, as perspectivas são boas. Isto, somado à comemoração do primeiro mês de namoro (é hoje, é hoje), são razões para dizer que a vida anda a correr-me bem. Para melhorar, só falta recomeçar o Curso de Espanhol. As aulas começam na próxima segunda.
Que emoção!

Ao que parece,

e com a preciosa ajuda dos meninos do Apdeites, lá consegui resolver o meu problema de escrita. Bom, resolver, não resolvi, mas consegui fintar bem a cena, e agora publico posts com o BlogThis!, em vez de os publicar no blogger.com. Já não tenho as mariquices das cores, dos diferentes tipos de letras, dos diferentes tamanhos de letras e outros que tais, mas também não se pode ter tudo. Um dia destes, vou vencê-lo pelo cansaço. Tanta vez fiz correr o antivírus, tanto spy-ware instalado, tanta pesquisa, tantas horas de sono perdidas, que um dia ainda vou vencer esta máquina.
Ai vou, vou.

06/09/2004

Ele há coisas...

Mãe: Já mataste o vírus no teu computador?
Eu: Não, ainda não consegui.
Mãe: E faz o quê, esse vírus?
Eu: Basicamente, faz com que haja erros nas páginas da Internet. Inclusivamente, não me deixa escrever no blog. Tive que arranjar um truque para poder escrever.
Mãe: Isso não é do vírus! Isso é porque já o encheste. Escreves tanto que já lhe gastaste a memória!

05/09/2004

Findos os posts lamechas,

a volta à realidade.
Amanhã, (re)começo a trabalhar. A desvantagem é ser um part-time. A vantagem é que vou poder acabar o curso de espanhol, vou ter tempo para fazer mais coisas de que gosto, mais tempo para mim.
Não consigo esconder a falta de entusiasmo...

04/09/2004

Não sei o que dizer...

Tenho a folha branca do caderno à minha frente e não consigo escrever nem uma palavra. O que estou a sentir é tão grande que não cabe nesta folha. Não cabe neste caderno azul. Nem neste quarto, nesta casa, nesta cidade, no país, no mundo. Foram três semanas que não cabem em nenhum calendário.
Não estava à tua procura. Já não esperava que aparecesses. A sério: pensava que, com a minha idade, já não fosse possível viver uma paixão tão quente, tão forte, tão intensa. A vida já tinha deixado de ter destino. Limitava-me a vivê-la.
Tu apareceste assim, de repente, sem avisares, sem pedires licença, numa noite em que a alegria se misturou com o álcool e o instinto fez o trabalho todo. Naquela noite, decidimos ir ver as estrelas na praia, mas o dia já estava a nascer. Eu estava perdida nos meus medos, na minha solidão acompanhada quando me lembrei de olhar para o lado. Tu estavas ali, a olhar para mim. Há dias que estavas ali, e eu nunca te tinha visto. Ficámos horas a olhar o céu clarear, o farol ali atrás, os outros a dormir, a tua mão na minha e o nosso silêncio. Não houve perguntas, não houve porquês, não houve palavras. O olhar disse tudo e um beijo fez-me ter 15 anos outra vez.

Hoje, volto a ter 27. Mas o sonho continua e eu não quero acordar nunca.
É tão bom saber que estás aqui, ao meu lado.
É tão bom...