O processo de aprendizagem está a ser maravilhoso.
Sou filha de professora, por isso tenho muitas noções (ainda que muito gerais) dos métodos de ensino básico: sempre gostei de ajudar a minha Mãe a planificar as aulas, a organizar os trabalhos dos alunos, sempre gostei de a visitar em sala e sempre que a visitava tentava participar.
Quando conheci o Professor do António, estava cheia de medo porque sabia que o método usado não era o convencional. Eu conhecia o método. Sabia que ele não iria ter manuais nem TPC's nem fichas. Sabia que ele não ia aprender o aeiou nem encher páginas de letras i's só porque sim. Sabia que era ele quem ia decidir o que aprender e com que ritmo. Sabia que ia ter meninos do 1º e 2º ano na mesma sala de aula. Ainda assim, fui com medo que o meu "bebé" não se adaptasse.
Apesar desse receio, que passou na primeira reunião individual com o Professor, nunca duvidei que era aquilo que eu queria para o meu filho. Que eu queria para nós: que o seu ritmo fosse respeitado, que a curiosidade fosse espicaçada, que ele seria provocado e levado a pensar muito mais além. Nunca duvidei do Colégio (que já conhecemos e que ele já frequenta desde o primeiro ano de vida), nunca duvidei do método (que ele já pratica desde que entrou no Colégio) e, acima de tudo, nunca duvidei do Professor que, apesar de ser novo no Colégio, foi por ele escolhido criteriosamente. Logo, para mim, foi a melhor escolha.
Todos os domingos, o Professor envia por mail o "resumo da semana": uma mail (enorme) com tudo o que os miúdos fizeram, programaram, deixaram por fazer. Todos os domingos fico com a ideia clara do ambiente que se viveu naquela sala, quase ouço as suas dúvidas, quase vejo os olhos atentos, os dedos no ar, os lápis roídos nas pontas. Isto para mim vale ouro porque tenho um filho que não fala do que se passa na escola. Nunca falou.
Talvez tenha errado na profissão. Talvez devesse ter seguido os conselhos da minha Mãe e seguido a profissão dela. Talvez.
Por agora, estou a adorar vê-lo a aprender.