31/12/2011

Se eu hoje puser rímel nos olhos, vai ser o primeiro dia de 2011 que uso maquilhagem, já que não fui a nenhum casamento este ano. O problema é que já não me lembro o que vesti no último casamento e por isso não sei onde pára a carteira que levei naquele dia onde está, com certeza, o rímel.
Por isso, não vou pôr rímel e este ano será o no-make-up-at-all-year.
Bom 2012 a todos!

P.S. - Nota-se muito que não tenho jeito para balanços?

16/12/2011

Assalto ao Centro de Saúde - The Final

A cena passa-se no dia  seguinte às cenas anteriores, pela hora do almoço (agora já não me enganam). A minha senha é logo a primeira a ser chamada, explico a situação, mandam-me para outro guichet onde me entregam a baixa. Assim, sem espinhas.
E também sem uma consulta, sem ser vista por um médico mas com direito a pagar pela consulta que não tive. Se fiquei com o meu problema resolvido? Fiquei. Mas assusta-me aqui o mau funcionamento, o facilitismo e a premissa do "é mesmo assim" que impede que "o sistema" funcione bem.
Estou entre o chocada e o revoltada. Mas... é mesmo assim, certo?

Assalto ao Centro de Saúde - Parte II

A cena passa-se no mesmo dia da primeira parte, depois da minha Mãe me ter ligado a dizer que o Centro de Saúde precisava do meu número de Segurança Social. Como é que ela sabia? Porque tinham ligado para a casa dela. 
Desta vez, só tinha de esperar duas senhas, o que me leva a crer que à hora do almoço é muito mais fácil ir ao Centro de Saúde.
- Boa tarde, eu estive aqui esta manhã para pedir uma baixa.
- Ah, já sei! Tem consigo o seu número de Segurança Social? (mostrei, outra vez, o cartão de cidadão) 'Pére lá. (senhora sai, senhora volta) Pronto, tome lá. Agora venha buscar a baixa amanhã porque o sistema leva cerca de 24 horas a actualizar a informação.
(- É no batch?, pensei eu...)
- Eu volto amanhã, então. Já agora, pode actualizar o número de telefone? É que no vosso sistema ainda está o número de casa dos meus pais, e eu já não vivo com eles há quase 10 anos.
- O sistema só permite um número, filha.
- Certo, então ponha o meu número de telemóvel.
- Não dá.
(Sem querer insistir mais no mesmo assunto, tentei outra abordagem)
- Pode consultar no meu processo o meu agregado familiar, por favor?
- Sim, é você, o António, o YY e a ZZ.
- Mas esses últimos são os meus pais. (daí terem o número de telefone deles) Eu fazia parte do agregado familiar deles, entretanto mudei de casa e de Centro de Saúde, quando voltei a viver neste bairro, já casada e com um filho, por algum lapso, devem ter-me colocado outra vez naquele agregado familiar. Mas somos três: eu, o meu filho e o meu marido.
- E o nome do marido?
- KK
- Ah, mas o seu marido está num Centro de Saúde no Porto!
- Sim, já esteve porque ele nasceu e viveu lá até aos 18 anos. Mas ele já se inscreveu aqui há mais de dois anos.
- Ah, que engraçado. (para o colega do lado) Oh Costa, queres ver aqui isto? (e explica a situação) Se quiser, podemos agora pô-los no mesmo processo.
- Agora?
- Sim!
- Não pode mudar o número de telefone mas pode alterar processos?
- Sim, porque são coisas diferentes. (bate com os dedos no teclado, ri-se para o colega da situação, faz mais uns comentários sobre o "sistema") Já está, filha. Vá lá descansar e volte amanhã para vir buscar a baixa.

Assalto ao Centro de Saúde - Parte I

A cena passa-se num qualquer Centro de Saúde da periferia. Chego pelas 10h e tiro a senha 24. Olho para o monitor e vejo que estão a chamar a senha 86. Cerca de 40 minutos depois, chamam o meu número e eu encaminho-me com a velocidade que três furos e uma cicatriz na barriga me permitem. Este foi o diálogo:
- Bom dia. Eu fui operada na passada sexta feira e vim cá para uma consulta e para me passarem a baixa médica.
- Quem é o seu médico de família?
- Não tenho médico de família.
(a senhora abana a cabeça da esquerda para a direita com um ar muitíssimo dramático)
- Isso que a Senhora está a fazer significa exactamente o quê?
- Para hoje já não tem consulta.
- Muito bem. Então quero marcar uma consulta, por favor.
- Não pode: se não tem médico de família, tem de vir todos os dias até arranjar consulta. Mas venha mais cedo.
- (já a passar-me) Ouça, minha Senhora: eu fui operada há 3 dias e está a custar-me bastante estar aqui de pé. Eu apelo à vossa compreensão para ultrapassarmos esta questão do médico de família até porque eu tenho um prazo para entregar a baixa à minha entidade patronal. Eu só preciso de uma consulta! Não me vai obrigar a vir para aqui amanhã às cinco da manhã, em convalescença! Ou vai?
- Mostre-me lá o papel do hospital. (mostrei) 'Pére lá um bocadinho.
A senhora saiu do guichet e voltou passados uns segundos.
- Mostre-me lá o seu cartão de utente. (mostrei)
Voltou a sair, mais uns minutos e eu já a desfalecer. Voltou.
- Pronto, a Dra. X passa-lhe a baixa. Isto dos hospitais particulares são muito giros mas depois falham nestas coisas, sabe? Venha cá buscar a partir das 17h. Se não puder vir, pode mandar alguém por si. São 2,25€ da consulta.
- Da consulta? Mas a Dra. não vai ver-me?
- Não é preciso, filha. Vá lá para casa descansar.
- E volto às 17?
- Sim, vai levar duas baixas: uma de internamento e outra da recuperação. Quer os 30 dias?
- 30 dias??
- Sim, depois de um internamento tem direito a 30 dias de baixa.
- Mas o papel do hospital só fala em 15 dias!
- Sim, mas tem direito a 30. Quer os 30?
- Não!!! Quero os 15 dias aconselhados pelo cirurgião!
- Pronto, está bem! Até logo, então.

11/12/2011

Não há palavras...

E o que se sofre com a distância de um filho? Foi o pior de tudo...
Cinco dias de internamento, 79 horas de jejum e uma vesícula tirada depois, aqui estou eu. Quase sem conseguir mexer-me, tossir é tarefa impossível (espirrar, então, é de ir às lágrimas), braços e mãos e barriga cheios de furos, mas bem disposta. Que remédio, não?
Continuo com os presentes de Natal todos por fazer, tenho um postal (UM) para enviar pelo correio e nem sei bem como o hei-de fazer e já estou a ver que vão ser as duas semanas de baixa mais atarefadas que existem. Ou então, não: para dizer a verdade vou ter de pedir favores para me comprarem a cartolina, os tecidos, as linhas, as tintas, uma vez que não consigo sair de casa. Ou muito me engano, ou o Natal cá em casa vai ser mais tarde como o dos espanhóis.

04/12/2011

Hoje deu-nos para isto:


Eu: 
Calças e pantufas - Women Secret
Sweat-shirt - Decathlon
Cabelo e maquilhagem - Moi-Même
Ele:
Pijama - Loja de artigos para o Lar e Bebé, no metro dos Restauradores
Meias - H&M
Outros:
Sofá e manta - Ikea
Lenços de papel e CD - Continente