30/05/2007
13/05/2007
05/05/2007
Aula #1
Começou cedo. Aliás, qualquer hora antes do meio-dia de sábado, é cedo demais. E mesmo assim, o professor percebeu que a semana foi difícil e nem se zangou comigo por eu aparecer quase às 11. A manhã estava fresquinha, mas com muito sol. O vento estragava o ambiente, mas ainda bem que ele estava lá, ou punha a aula em risco preferindo ficar a lagartar na areia.
A primeira aventura foi vestir o fato emprestado. Pensei comprar um mas a experiência podia correr mal, e não arrisquei gastar 100 euros numa coisa que poderia nunca mais usar. Eu não sei como é que eles conseguem vestir aquela coisa com tanta rapidez e elegância. Eu demorei quase meia hora, ia caindo duas vezes, e acabei com a transpiração a cair em pingos. Logo ali, naquela primeira meia hora, devo ter perdido 2 quilos. Meninas: para quê aulas de surf, ginásio, jogging no estádio universitário? Basta vestir um fato de surf três vezes por semana e ficamos tonificadas q.b.
Depois deste esforço, só me apetecia acabar o exercício, claro. Mas pusemo-nos a caminho da água. Com o calor que já tinha, a água gelada até soube bem… até começarem a doer-me os ossos dos tornozelos e dos pulsos. E as orelhas. E o nariz. Mas esse friozinho acabou depressa.
Primeira parte da aula: em terra.
- Estás deitada, pões as mãos aqui, o pé direito ali, o pé esquerdo à frente e levantas-te! Vá, experimenta tu.
E eu fiz! As mãos, o pé direito, o pé esquerdo, levantei-me.
- Boa! – dizia ele – Agora repete.
Repeti. Uma vez. Duas. Três.
- Agora, ‘bora lá. Hoje isto não está muito bom, mas para aprender está perfeito.
E eu acreditei! Só de passar a rebentação, já sentia um pulmão a querer sair pela narina, mas um long-board também não é das coisas mais levezinhas que eu já transportei. Chegamos ao spot. Deitei-me na prancha, procurei o sítio onde deveria pôr o pé direito e estava pronta para apanhar a primeira onda. Ele ajudou-me a virar (claro) e ouvi:
- Vem aí a tua onda! Rema! REMA!
Remei, pus as mãos e senti-me a voar por cima da prancha que embicou. Pirolito #1. Fiquei feliz por não ter levado com nada na cabeça e por não ter perdido nenhuma lente de contacto.
Isto repetiu-se por mais não sei quanto tempo. Éramos os únicos na água, e entre o rema para fora, rema para dentro, sobe prancha, pés direitos atrás e muitos “VEM AÍ A TUA ONDA”, engoli tantos pirolitos que senti água dentro do cérebro. Ainda levei muitos raspanetes, porque, não conseguindo pôr-me de pé, achei que de joelhos também servia. Não serve. E que não posso habituar-me a pôr os joelhos, e que assim nunca mais me ponho de pé, e que tenho de remar com mais força, e que quando caio tenho de proteger a cabeça, e que… sei lá! Informação a mais para uma cabeça cheia de água.
Saí. Atirei-me na areia e fiquei a sentir uma ondulação na cabeça. O pulmão ainda estava aqui dentro, mas por pouco tempo. O corpo todo a tremer.
A segunda tentativa não foi muito diferente da primeira. Muitos, mas muitos pirolitos, e nunca consegui pôr-me de pé. Como já não aguentava mais, decidimos acabar a aula. Mas se pensam que a aventura acabou aqui, desenganem-se! Pior que vestir o fato, é despi-lo! Com ataques de riso à mistura, a tarefa ainda se complica mais. Ele cheio de estilo a despir o fato como se fosse um pijama. E eu só ria porque tinha ficado com os braços presos no fato. E ria, ria…
Balanço: estou toda partida. Dói-me todo e qualquer músculo do corpo. Até aqueles que eu não sabia que existiam. De repetir? Claro que sim! Além de uma manhã bem passada em boa companhia, exercício físico nunca fez mal a ninguém. Perfeito perfeito, era não ter engolido tantos pirolitos.
Em princípio, amanhã há mais. Ainda não temos a certeza, porque é Dia da Mãe. Mas como eu e o professor de surf temos a mesma Mãe, não há conflitos de interesses e de horários. Novidades das aulas de surf voltam quando conseguir pôr-me de pé em cima da prancha.
A primeira aventura foi vestir o fato emprestado. Pensei comprar um mas a experiência podia correr mal, e não arrisquei gastar 100 euros numa coisa que poderia nunca mais usar. Eu não sei como é que eles conseguem vestir aquela coisa com tanta rapidez e elegância. Eu demorei quase meia hora, ia caindo duas vezes, e acabei com a transpiração a cair em pingos. Logo ali, naquela primeira meia hora, devo ter perdido 2 quilos. Meninas: para quê aulas de surf, ginásio, jogging no estádio universitário? Basta vestir um fato de surf três vezes por semana e ficamos tonificadas q.b.
Depois deste esforço, só me apetecia acabar o exercício, claro. Mas pusemo-nos a caminho da água. Com o calor que já tinha, a água gelada até soube bem… até começarem a doer-me os ossos dos tornozelos e dos pulsos. E as orelhas. E o nariz. Mas esse friozinho acabou depressa.
Primeira parte da aula: em terra.
- Estás deitada, pões as mãos aqui, o pé direito ali, o pé esquerdo à frente e levantas-te! Vá, experimenta tu.
E eu fiz! As mãos, o pé direito, o pé esquerdo, levantei-me.
- Boa! – dizia ele – Agora repete.
Repeti. Uma vez. Duas. Três.
- Agora, ‘bora lá. Hoje isto não está muito bom, mas para aprender está perfeito.
E eu acreditei! Só de passar a rebentação, já sentia um pulmão a querer sair pela narina, mas um long-board também não é das coisas mais levezinhas que eu já transportei. Chegamos ao spot. Deitei-me na prancha, procurei o sítio onde deveria pôr o pé direito e estava pronta para apanhar a primeira onda. Ele ajudou-me a virar (claro) e ouvi:
- Vem aí a tua onda! Rema! REMA!
Remei, pus as mãos e senti-me a voar por cima da prancha que embicou. Pirolito #1. Fiquei feliz por não ter levado com nada na cabeça e por não ter perdido nenhuma lente de contacto.
Isto repetiu-se por mais não sei quanto tempo. Éramos os únicos na água, e entre o rema para fora, rema para dentro, sobe prancha, pés direitos atrás e muitos “VEM AÍ A TUA ONDA”, engoli tantos pirolitos que senti água dentro do cérebro. Ainda levei muitos raspanetes, porque, não conseguindo pôr-me de pé, achei que de joelhos também servia. Não serve. E que não posso habituar-me a pôr os joelhos, e que assim nunca mais me ponho de pé, e que tenho de remar com mais força, e que quando caio tenho de proteger a cabeça, e que… sei lá! Informação a mais para uma cabeça cheia de água.
Saí. Atirei-me na areia e fiquei a sentir uma ondulação na cabeça. O pulmão ainda estava aqui dentro, mas por pouco tempo. O corpo todo a tremer.
A segunda tentativa não foi muito diferente da primeira. Muitos, mas muitos pirolitos, e nunca consegui pôr-me de pé. Como já não aguentava mais, decidimos acabar a aula. Mas se pensam que a aventura acabou aqui, desenganem-se! Pior que vestir o fato, é despi-lo! Com ataques de riso à mistura, a tarefa ainda se complica mais. Ele cheio de estilo a despir o fato como se fosse um pijama. E eu só ria porque tinha ficado com os braços presos no fato. E ria, ria…
Balanço: estou toda partida. Dói-me todo e qualquer músculo do corpo. Até aqueles que eu não sabia que existiam. De repetir? Claro que sim! Além de uma manhã bem passada em boa companhia, exercício físico nunca fez mal a ninguém. Perfeito perfeito, era não ter engolido tantos pirolitos.
Em princípio, amanhã há mais. Ainda não temos a certeza, porque é Dia da Mãe. Mas como eu e o professor de surf temos a mesma Mãe, não há conflitos de interesses e de horários. Novidades das aulas de surf voltam quando conseguir pôr-me de pé em cima da prancha.
Subscrever:
Mensagens (Atom)