Há muito tempo que não venho aqui. Quer dizer, venho, mas sinto que tudo o que tenho para escrever não vale a pena ser escrito. Ou vale, mas não vale a pena ser lido.
Estive a pensar mudar a temática da Casca, e passar a escrever um blog mais direccionado para algum dos temas que mais me interesso. Não me lembrei de nada mais interessante do que Mercados Financeiros ou taxas de juro emergentes.
Depois, pensei em manter a temática, mudando apenas o humor: fazer passar mensagens de alegria e esperança. Mas era cansativo encarnar um personagem que não conheço, que nunca fui e que não sei ser.
Confesso que a última coisa que me passou pela cabeça foi apagar a Casca toda. Recuar a Dezembro de 2003, passar toda a minha vida desde essa data e, com um simples clique no rato, apagar tudo. Para isto, não tive tomates.
Acabei por deixar tudo exactamente como estava. Sem tirar ou acrescentar uma palavra, deixando uma imagem com a recordação de uma das noites mais agradáveis dos últimos tempos, com uma das pessoas que eu mais admiro. Achei que, se deixasse ali aquela foto, sem muito texto e sem muita mensagem, as pessoas que lêem a Casca não notassem muito a minha ausência. Pelo menos, não deixava um post contente nem triste. Não espelhava nada de mim. Nem sentimentos, nem medos, nem angústias ou frustrações.
Até que, para meu espanto, senti, quase em simultâneo, duas reacções completamente opostas. Senti que, para uns, acabei por ser esquecida. A visita diária à Casca passou a ser semanal, depois mensal, até que passou a ser rara. Por outro lado, para outros, a Casca parada foi uma desilusão. Bem ou mal disposta, alegre ou triste, cinzenta ou colorida, com mais ou menos sentido, mais ou menos compreensível, o que importava eram as palavras, a maneira de escrever, os sentimentos partilhados com os outros. Sem posts novos na Casca, muita gente que por aqui passa ficou sem qualquer contacto comigo a não ser o mail. Pessoas que eu não conheço, pessoas que vejo de tempos a tempos, pessoas que estão longe. E delas senti a vontade de continuar. Por elas, aqui estou.
Não esperem muitas novidades, posts diários ou mudança do que quer que seja. Não esperem uma Casca mais alegre, mais reaccionária ou mais política. Nem mais festiva, actual ou filosófica. Vai tudo continuar igual. Igualzinho.
A boa notícia é que vai continuar.
Estive a pensar mudar a temática da Casca, e passar a escrever um blog mais direccionado para algum dos temas que mais me interesso. Não me lembrei de nada mais interessante do que Mercados Financeiros ou taxas de juro emergentes.
Depois, pensei em manter a temática, mudando apenas o humor: fazer passar mensagens de alegria e esperança. Mas era cansativo encarnar um personagem que não conheço, que nunca fui e que não sei ser.
Confesso que a última coisa que me passou pela cabeça foi apagar a Casca toda. Recuar a Dezembro de 2003, passar toda a minha vida desde essa data e, com um simples clique no rato, apagar tudo. Para isto, não tive tomates.
Acabei por deixar tudo exactamente como estava. Sem tirar ou acrescentar uma palavra, deixando uma imagem com a recordação de uma das noites mais agradáveis dos últimos tempos, com uma das pessoas que eu mais admiro. Achei que, se deixasse ali aquela foto, sem muito texto e sem muita mensagem, as pessoas que lêem a Casca não notassem muito a minha ausência. Pelo menos, não deixava um post contente nem triste. Não espelhava nada de mim. Nem sentimentos, nem medos, nem angústias ou frustrações.
Até que, para meu espanto, senti, quase em simultâneo, duas reacções completamente opostas. Senti que, para uns, acabei por ser esquecida. A visita diária à Casca passou a ser semanal, depois mensal, até que passou a ser rara. Por outro lado, para outros, a Casca parada foi uma desilusão. Bem ou mal disposta, alegre ou triste, cinzenta ou colorida, com mais ou menos sentido, mais ou menos compreensível, o que importava eram as palavras, a maneira de escrever, os sentimentos partilhados com os outros. Sem posts novos na Casca, muita gente que por aqui passa ficou sem qualquer contacto comigo a não ser o mail. Pessoas que eu não conheço, pessoas que vejo de tempos a tempos, pessoas que estão longe. E delas senti a vontade de continuar. Por elas, aqui estou.
Não esperem muitas novidades, posts diários ou mudança do que quer que seja. Não esperem uma Casca mais alegre, mais reaccionária ou mais política. Nem mais festiva, actual ou filosófica. Vai tudo continuar igual. Igualzinho.
A boa notícia é que vai continuar.