27/03/2015

Está a tornar-se grave...

Domingo à tarde, aproveitamos os minis a dormir a sua sesta e jogamos Uno: eu, o António e o Pai. A coisa até corre bem e vamos ganhando um jogo cada um. O pequeno ainda não tem aquela destreza manual que permita manter as suas cartas na mão em leque de modo a conseguir vê-las, por isso vai passando uma a uma com pouco cuidado e nós vamos vendo o jogo dele. 
A páginas tantas, ele tem duas cartas na mão. É a vez dele jogar: coloca na mesa aquela carta que tem todas as cores e que lhe permite escolher qual a cor que quer. Como mandam as regras, depois de jogar essa carta, ele diz:

- Uno!
- Já?? - digo eu - Então, agora tens de escolher uma cor!

Ele olha para a carta que tem na mão, olha para nós, olha para a janela e diz, decidido:

- VERMELHO!

Acho estranho aquela escolha, porque sei que só lhe resta uma carta amarela. Pergunto porquê a sua escolha. 

- Oh Mamã! Porque sou do Benfica, não sabes??

Na alcofa





Está a chegar ao fim! Nem acredito que a Teresinha está quase a fazer um ano. In-tei-ri-nho!
Começou a fazer a adaptação à sala de 1 ano: a primeira manhã correu bem, foi almoçar e dormir a sesta no berçário, voltou para passar mais um bocadinho da tarde e já não quis sair. A adaptação durou assim umas três horas. 
Já se põe de pé em dois segundos, pede colo a toda a hora, come bem, prova tudo. Gatinha pela casa toda sem medos, o que me deixa os nervos em franja a pensar em todos os 19783569 bonecos pequenos espalhados pelo chão deixados pelos manos. Ao terceiro filho, passamos a relativizar o perigo, mas não tanto assim. Ou seja, assustamo-nos com os brinquedos do chão mas não os vamos arrumar.
Está uma doida: não tem medo de nada, atira-se sem saber onde vai cair, detesta ir para a cadeira do carro ou de passeio, come gelatina e bolachas Maria como se não houvesse amanhã. 

19/03/2015

Da relatividade da sorte (ou do azar).

Há uns meses atrás, bati com a traseira do meu carro num poste do estacionamento subterrâneo do Decathlon. Não me lembrei que o poste estava ali, engatei a marcha-atrás, acelerei e PUM!, já foste. Chorei umas duas horas mas estava na fase do pós parto por isso foi desculpável (o choro, não a batida). A porta da bagageira abre, aquilo danificou a porta e o para-choques, o arranjo é coisa para ficar carote, o agravamento do seguro ainda mais carote... Bom, aquilo está assim há uns bons 8 meses.

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No domingo passado, com a família toda no carro, a entrar na 2ª Circular Av. Eusébio da Silva Ferreira, o carro que estava à nossa frente travou bruscamente. O J, que conduzia, teve reflexos rápidos e travou mesmo a tempo de evitar um acidente. Dois segundos depois, ouvimos uma batida atrás. E outra. E nós intactos. 
Saímos para ver se havia feridos e vemos dois carros à nossa frente batidos e, atrás de nós, três carros enfaixados uns nos outros. Nós no meio: intactos. 
O António ficou muito contente porque "até nunca tinha visto um acidente". O Manu perguntou 826 vezes "o qué ito?". A Teresa continuou a dormir.

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Fiquei a pensar nesta coisa da sorte/azar e pensei que fomos uns sortudos em não ter batido em ninguém e ninguém ter batido em nós. 
Vou reformular a frase de cima para não ofender o exímio condutor que é o meu marido.
Fiquei a pensar nesta coisa da sorte/azar e pensei que sou uma sortuda porque tenho um marido que conduz lindamente e evitou o acidente, e também porque somos uns sortudos porque ninguém nos bateu por trás.
Depois pensei naquela manhã de junho, em que bati com violência no poste do estacionamento do Decathlon. E olhei para a bagageira que continua a ganhar ferrugem. E cheguei à conclusão que, afinal, não sou assim tão sortuda.

17/03/2015

Na alcofa.






Não é por ser minha: toda a gente sabe que uma Mãe consegue ser completamente imparcial quando olha para um filho, mas a Teresinha está a bebé mais bonita do mundo. 
Está completamente diferente: já reclama atenção, reclama colo, reclama comida, reclama se algum dos manos lhe tira o brinquedo. Está a sair da casca (que não deixa de ser uma expressão engraçada, dado o nome do blog). Só quer estar de pé, quando tento sentá-la no chão ela põe o rabo para a frente e estica as pernas só para eu não a conseguir sentar! 
Já lhe cortei o cabelo (sim, eu é que cortei) e lá se foram os caracóis. Duvido que voltem a crescer. Desculpem as tias e avós. Mea culpa! Mas está com um ar mais compostinho com aquele cabelo de menino-judeu-refugiado-da-II-Grande-Guerra. Juro que está.
Sete dentes, 75cm, quase 10kg. Uma riqueza da sua Mãe.

P.S.: Desculpem a demora deste mês, mas andaram aí umas viroses esquisitas que afectaram filhos e Mãe e não conseguimos tratar do assunto. Mais vale tarde que nunca, não é o que dizem? 

10/03/2015

Como negociar aos 5 anos.

Depois de deitar os pequenos, peço ao António uma massagem nas costas, que hoje me foram massacradas. Ele faz aquela massagem à maneira dele, que não é mais que umas ligeiras pressões que sabem mesmo bem. Ao fim de meia dúzia de "pressões", fica farto e pede para parar. 
- Mas não fizeste quase nada! Faz lá mais um bocadinho que tenho mesmo muitas dores.  
- Então, só faço mais 30. 

Negócio fechado!

03/03/2015

Estar doente em casa com o mais velho:

- Tens febre?
- Sim. 
- E eu?
- Tu também. 
- Qual é o teu número?
- 39,4. 
- E o meu?
- 39,1. 
- Tu tens mais?
- Sim. 
- Ooooh... ganhaste outra vez.